O ato das mulheres em São Paulo neste domingo (8) - Dia Internacional da Mulher - promete levar milhares de pessoa, comprometidas com a causa da igualdade de direitos, para as ruas da metrópole. A concentração acontece no prédio da Gazeta, na Avenida Paulista, a partir das 10h. “Estaremos nesse ato defendendo mais respeito às mulheres em todos os seus direitos como o de poder decidir sobre suas vidas, sem serem molestadas”, realça Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB. Os militantes da CTB se encontrarão às 9h em frente ao Bradesco mais próximo da Gazeta, na altura da Casa das Rosas (Av. Paulista, altura do nº 37).Ela ressalta que “apesar dos muitos avanços, principalmente nos últimos 12 anos, as mulheres ainda ganham 30% a menos que os homens, além de sofrerem assédio no trabalho, no transporte público e na rua”. A bancária sergipana destaca os avanços das questões para a emancipação feminina no país, mas ressalva que ainda há muito por fazer. De acordo com ela, pesquisas recentes mostram dados alarmantes. Os levantamentos apontam que 3 a cada 5 mulheres já sofreram violência, em 70% dos casos dentro dos próprios lares. Mais de 50 mil foram estupradas em 2014 e todos os dias mulheres são assassinadas por questões de gênero.
Por isso, “se faz necessário ensinar as pessoas a respeitarem umas às outras e isso só pode ser feito com um amplo trabalho de educação que envolva todas as instituições”, defende Ivânia. “O movimento sindical pode elevar esse paradigma levando para as ruas todos os dias as bandeiras da igualdade de direitos e do resepeito ao próximo”, preconiza. “Já conquistamos a Lei Maria da Penha que tem produzido efeitos importantes, assim como o Disque 180 e o Programa Mulher, Viver Sem Violência, do governo federal, que criou a Casa da Mulher Brasileira, mas precisamos avançar”, diz.
O Brasil é o sétimo país no ranking da violência contra a mulher. Para Ivânia, é uma questão cultural que se combate com políticas públicas abrangentes, que propiciem espaço para todas e todos, sem distinção. "Só não pode haver espaço para a violência e para o ódio", reforça. “As mulheres vão para as ruas neste 8 de março, no Brasil todo, para mostrar que querem mais liberdade, mais democracia, mais justiça, em suma querem fazer valer a voz feminina nas decisões que afetam a vida das brasileiras e brasileiros", acentua.
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