A Central Única dos Trabalhadores manifesta a sua mais irrestrita solidariedade aos seis imigrantes haitianos baleados na Baixada do Glicério, no centro de São Paulo, reitera sua luta contra o racismo e a xenofobia e exige das autoridades a imediata apuração do atentado e a punição exemplar dos culpados.
De acordo com testemunhas, antes de executar o crime no dia 1º de agosto, um ocupante do carro que disparou os tirou teria gritado “Haitianos, vocês roubam os nossos empregos”. A ignorância das palavras e a brutalidade da ação fala por si.
Posteriormente, em sua procura desesperada por socorro médico, as vítimas foram recusadas em duas unidades de saúde, antes de serem atendidas, o que revela o racismo institucionalizado, que deve ser combatido e rigorosamente punido.
É completamente inconcebível que em um país que deve a sua grandeza à energia e dedicação de gerações de imigrantes, seres humanos tenham sido enviados para casa com as balas no corpo e agonizando de dor.
Desde o terremoto de 2010, que matou mais de 300 mil pessoas no Haiti, nossa Central, suas Confederações, Federações e Sindicatos, têm ampliado os laços com os que aqui chegam, além de firmar parcerias para contribuir com a reconstrução do país, pois entendemos que a solidariedade deve ser exercida em plenitude, reafirmando hoje e sempre os valores maiores da Humanidade.
Vagner Freitas, presidente da CUT
Antonio Lisboa, secretário de Relações Internacionais da CUT
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