sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Conselho Nacional de Entidades prepara debate da 2ª Plenária Intercongressual da CNTE


Nesta quinta-feira (6/8), o Conselho Nacional de entidades (CNE) da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação se reuniu no Hotel Nacional, em Brasília, para debater, entre outros assuntos, a valorização dos educadores, tema da segunda plenária intercongressual da entidade, que vai reunir mais de 500 trabalhadores em educação. O evento, que discute piso salarial para todos os educadores, terá transmissão ao vivo no site da CNTE.

Roberto Franklin de Leão, presidente da CNTE, explica que a plenária foi convocada para fazer um debate a respeito do plano de carreira e do piso salarial para os profissionais de educação, de acordo com o que está estabelecido no PNE: “A CNTE organizou e vai concluir o debate com a formulação daquilo que será nosso projeto de piso e carreira para os profissionais de educação, uma proposta única para professores e funcionários da educação”.

Marta Vanelli, secretária geral da CNTE, explica que será apresentado um valor articulado com os elementos de carreir a, após uma análise nacional: “Nós estamos trazendo todos os conceitos que consolidamos do piso do magistério para o piso dos profissionais da educação. O valor é resultado de um estudo e vem em cumprimento à meta 17 do PNE, de equiparação salarial com os demais servidores públicos. É um debate rico e polêmico, mas vamos aprovar as melhores diretrizes de carreira para apresentar e aprovar no Congresso e depois vamos lutar, em cada estado e município, para que elas sejam implementadas”.

O CNE fez, ainda, uma análise da conjuntura do País, considerada complexa: “Essa questão toda acontece num momento da conjuntura brasileira que está bastante tensa, para dizer o mínimo. O caminho da plenária é o da defesa intransigente da democracia, do respeito ao processo eleitoral que aconteceu, da defesa do patrimônio nacional, leia-se aí a Petrobras, que hoje é o centro de uma ação no sentido de desmoralizá-la, de torná-la uma empresa inviável, para que seja feito aquilo que os neoliberais querem: vender a nossa grande estatal. Achamos que todas as coisas erradas na Petrobras têm de ser apuradas e os culpados têm que sofrer a sanção prevista na lei, mas tem que, evidentemente, ser culpados”, aponta Leão.

Este 6 de agosto também é o primeiro dia nacional dos profissionais da educação. A data foi sancionada em dezembro do ano passado e se refere à sanção da lei 12.014, que definiu os funcionários de escola como profissionais da educação. Edmilson Lamparina, secretário de funcionários da CNTE, destaca que é preciso comemorar: “Essa é uma data muito importante porque é uma dívida histórica que a educação tem com esses profissionais que sempre estiveram à margem, dentro da escola, de discriminação e outras coisas mais, então o resgate dessa história, a valorização desse profissional no espaço escolar”.

Foi discutido o Calendário de Mobilização da categoria, que, além de acompanhar a agenda das centrais sindicais, vai organizar um grande ato neste segundo semestre, com a ocupação do Congresso Nacional. Leão lembra que o movimento não para, com greves e reivindicações em todo o País: “Hoje nós temos greve, por exemplo, no Acre, e passamos o primeiro semestre com grandes greves, como as de SP e PR. Tem também o caso de Alagoas, no qual, mais uma vez, a Justiça ameaça o sindicato com multa exigindo a volta dos trabalhadores. Mas nós vamos continuar defendendo a escola pública, a lei do piso e a nossa proposta de plano de carreira e de piso para todos os profissionais da educação”.

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