Em resposta às tentativas conservadoras e golpistas de retirada de direito e precarização do trabalho, a CTB, em parceria com a CUT e movimentos sociais organizados, vai realizar, na próxima quarta-feira (15), uma paralisação nacional nas principais capitais do país.
O movimento popular e democrático é principalmente contra o Projeto de Lei
4330/2004, aprovado na noite desta quarta-feira (8), pelo Plenário da
Câmara dos Deputados. Após 11 anos em tramitação, o texto base da proposta
que escancara a terceirização no país de forma irrestrita recebeu 324 votos
favoráveis, 137 contra e 2 abstenções. Os destaques do texto serão votados
na próxima terça-feira (14).
Para o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, o projeto é a sepultara
da carteira de trabalho. “O PL 4330 legitima o contrato fraudulento, os
baixos salários, as condições insalubres e precárias de trabalho. Não se
concebe ter um projeto de desenvolvimento nacional que não leva em
consideração o trabalho”, argumentou.
Adilson Araújo ressalta que a paralisação também é em defensa dos direitos
sociais, da democracia e dos trabalhadores. “Vamos levantar bem alto a
bandeira da valorização do trabalho. É preciso ganhar ruas, praças e
avenidas de todo o país e dizer NÃO à precarização. Vamos juntos derrotar o
PL 4330 que institucionaliza o trabalho precário no Brasil”, enfatiza o
presidente.
Vagner Freitas, presidente da CUT, explica que a paralização é uma resposta
ao Congresso Nacional e ao presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), pela aprovação da terceirização. “Essa será a nossa resposta a
esse projeto que tira direitos. Esse Congresso conservador, mantido pelos
empresários, só representa o patrão. Se não nos manifestarmos, se não
formos para a rua, vão tirar todos os nossos direitos”, denuncia.
A proposta das Centrais é construir um grande movimento para unir a
esquerda, os movimentos sociais e os partidos do campo democrático e
popular. A CTB orienta os trabalhadores e trabalhadoras e os sindicatos
filiados para protestarem contra essa agenda regressiva e conservadora, que
tenta detonar com os direitos da classe trabalhadora, nas principais e
grandes empresas a favor da terceirização. Em São Paulo, as paralisações
serão nos bancos, na Fiesp - principal entidade a defender o projeto de
precarização do trabalho, entre outros.
Daiana Lima, de Brasília
Fonte: Portal CTB
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