sexta-feira, 15 de maio de 2015

MEC e CNTE (Confederação dos Trabalhadores em Educação) conversam sobre os rumos da Educação no Brasil


O novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, recebeu nessa quarta-feira, dia 13/5, membros da diretoria da CNTE para discutir pautas da educação. O presidente da CNTE, Roberto Leão, apresentou demandas da categoria. Entre os temas discutidos com o ministro estão o reajuste do piso salarial, o cumprimento do PNE e o documento Pátria Educadora.

Leão pediu que o MEC interceda junto a estados e municípios para avançar nas negociações locais com os educadores: "Os exemplos de São Paulo, Santa Catarina e o massacre do Paraná mostram a queda de braço que vivemos", afirmou.

A CNTE solicita a manutenção do critério de atualização anual do valor definido por lei, para garantir ganho real ao piso. Também exige a regulamentação dos royalties de petróleo e do fundo social destinando recursos para a remuneração do magistério. Foi discutida, ainda, a necessidade de ampliação do investimento do Profuncionário e de fortalecimento do Forum Nacional de Educação.

Janine Ribeiro reiterou a legitimidade da pauta da educação: "Não posso prometer recursos, uma vez que estamos em crise econômica, mas deixamos claro que as questões da educação serão conduzidas sempre em negociação com a categoria", disse o ministro.


Em relação ao Plano Nacional de Educação, a CNTE quer o cumprimento do calendário de regulamentação das 20 metas, em especial as de 15 a 20, com destaque para a regulamentação do Sistema Nacional da Educação, a implantação do Custo Aluno Qualidade e a composição do Fórum Permanente de Acompanhamento da Atualização do Piso: "Saímos da reunião com algumas afirmações dele no que diz respeito principalmente ao fortalecimento do Fórum de Acompanhamento do Piso Salarial e do PNE, com a disposição de iniciar o acompanhamento desse fórum logo. É bom, porque vai tratar da meta 17 do PNE, que estabelece a questão da equivalência do salário dos professores", explicou Leão.

Outro tema do encontro foi o documento Pátria Educadora, elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE) e que pretende lançar as bases do Governo Federal sobre as políticas de reformulação da educação básica no País. Para a CNTE, deve-se ampliar o debate coma sociedade, em sintonia com as resoluções das conferências nacionais de educação e respeitando o calendário do PNE.

Segundo o presidente, é necessário manter o diálogo com o governo: "É preciso que a gente converse muito ainda. Foi importante porque nós nos conhecemos o ministro e apresentamos alguns pontos, mas espero que numa próxima oportunidade ele tenha mais tempo para nos ouvir".

Participaram o presidente da CNTE, Roberto Leão, o secretário de assuntos educacionais, Heleno Araújo, a secretária de assuntos internacionais, Fátima Silva, o secretário de funcionários, Edmílson Lamparina, o secretário de política sindical, Rui Oliveira, a secretária de organização, Marilda de Abreu Araújo, e os secretários executivos José Valdivino de Moraes, Alvísio Jacó Ely e Candida Beatriz Rossetto.

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