Impressiona, a todos/as, o nível de exposição midiática negativa a que o ex-presidente Lula tem sido submetido em razão de supostas irregularidades em seu patrimônio, com destaque para uma cota-parte em condomínio cuja propriedade de um apartamento tríplex parece associar-se mais à família Marinho, da Rede Globo (conforme noticiado em vários sites de repórteres independentes), do que propriamente a Lula, e de suposta obra em sítio que o ex-presidente frequenta no interior de São Paulo.
Dado o nível da perseguição institucional e midiática – que culminou na ação violenta, injusta e ilegal, desta manhã de 4 de março, em que Lula foi levado coercitivamente para depor na Polícia Federal de SP –, tudo leva a crer, sobretudo com a derrocada do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que as esperanças do impeachment da presidenta Dilma restou substituída pelo desgaste à possível candidatura de Lula em 2018 (embora o impeachment jamais tenha sido descartado). Daí a necessidade de atacar a reputação do maior líder político do país, com claro objetivo de desgastar sua imagem e de fortalecer as candidaturas de oposição ao atual governo.
De antemão, esclarecemos que não somos contra investigações de pessoas, até porque ninguém está acima da Lei. O problema são os excessos e a suposição lançada fartamente na mídia de que no Brasil apenas um partido político rouba! É a seletividade das investigações da Operação Lava Jato que aliena a sociedade e abre caminho para o golpe de Estado!
Assim como em outras oportunidades e mantendo sua posição apartidária – até porque a direção desta Entidade é composta por pessoas filiadas a mais de um partido político, todos do campo progressista –, a CNTE manifesta seu compromisso com o projeto de país justo e igualitário, pautado em políticas de inclusão social e na geração de emprego e renda para a classe trabalhadora.
Aproveitamos para reiterar nosso compromisso com a lisura no trato da coisa pública, por parte de todos os governos em exercício no país, razão pela qual consideramos grave e oportunista a seletividade nas atuais investigações da operação Lava Jato e em outras correlatas, que se concentram apenas num partido político e em suas lideranças. Inúmeras acusações (com provas) sobre políticos e empresários ligados à oposição ao atual governo federal não têm merecido o mesmo tratamento investigatório, o que torna suspeito o trabalho dos órgãos, instituições e poderes envolvidos nessas operações com poder de polícia.
Com a devida isenção de quem apoia medidas governamentais em prol da classe trabalhadora e condena as que visam retirar direitos, expressamos nosso DESAGRAVO ao ex-presidente Lula, principalmente ao legado de seu governo, que neste momento tenta-se apagar por meio de acusações sem o mínimo respaldo comprobatório.
Diante do resultado parcial das investigações contra Lula, que não comprovaram quaisquer irregularidades cometidas pelo ex-presidente, achamos necessário, como forma de manter ilibada sua reputação e de seu governo, listar alguns dos maiores feitos dos 8 anos em que governou o Brasil.
Lula foi RESPONSÁVEL por:
Retirar mais de 20 milhões de pessoas da miséria e elevar mais de 30 milhões à classe média;
Retirar o Brasil do mapa da fome das Nações Unidas, com o programa Bolsa Família e outras políticas correlatas;
Criar mais de 8 milhões de empregos formais (com carteira assinada);
Ter fortalecido as relações internacionais do Brasil, em especial com os países da África e da América Latina;
Ter quitado a dívida do Brasil com o FMI e ter criado o maior saldo em reservas externas da história do País (mais de R$ 300 bilhões);
Elevar a escolaridade de negros, brancos e indígenas, tanto na educação básica como no ensino superior;
Ter criado políticas de cotas raciais e sociais para acesso à universidade e ao emprego público;
Ter dado oportunidade às famílias pobres de colocarem seus filhos na universidade pública ou privada;
Ter criado a Lei do pré-sal, que posteriormente assegurou recursos para a educação e a saúde (hoje a Lei 12.858 corre risco de ser revogada pelo Congresso Nacional);
Ter criado mais de 250 novos Institutos de Educação Profissional e Tecnológica (com Dilma chegou a 354 unidades) e 10 novas universidades públicas (sendo que Dilma criou mais 8), além de centenas de novos campi universitários;
Ter quadruplicado o investimento público em educação, com amplo repasse de verbas federais para estados e municípios por meio do Fundeb;
Ter avalizado o reconhecimento dos funcionários escolares como profissionais da educação, com garantia de piso salarial e diretrizes nacionais de carreira, ambos pendentes de regulamentação constitucional;
Ter criado o piso salarial profissional nacional do magistério e ter proposto a obrigatoriedade das matrículas escolares de 4 a 17 anos.
Fonte: Portal CNTE
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