quarta-feira, 15 de agosto de 2018

MEC quer aprovar BNCC a toque de caixa para acabar com ensino médio



A sindicalista se refere à determinação divulgada pelo MEC na terça-feira (24) para as escolas de ensino médio discutirem a proposta de BNCC do ministério e do Conselho Nacional de Educação, no dia 2 de agosto.

“O governo mostra claramente o seu objetivo de acabar com a qualidade da educação pública e tirar os filhos das classes mais pobres da escola e mais ainda tirar a possibilidade de ingresso no ensino superior”, afirma Marilene.

Ela acentua também as polêmicas causadas pelas propostas de BNCC, que levou até ao pedido de demissão do então presidente da comissão responsável pelo encaminhamento dos debates, César Callegari.

Isso porque a proposta do CNE, endossada pelo MEC, determina Língua Portuguesa e Matemática como únicas disciplinas obrigatórias, as outras ficam divididas em áreas de conhecimento.

Segundo a Conferência Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), existem no Brasil cerca de 28 mil escolas de ensino médio, com 509 mil professores. Marilene conta que todos “serão consultados em um único dia sobre um projeto que transfigura totalmente esse nível de ensino”.

Por isso, a CNTE orienta as educadoras e educadores a promoverem o debate mais amplo possível em suas escolas para “derrotarmos essa proposta curricular que prejudica tanto o magistério quanto os estudantes e a sociedade”, reforça a professora baiana.

Mesmo com o aparente recuo do ministro da Educação, Rossieli Soares, que admite mudanças na BNCC, após as inúmeras críticas, o movimento educacional mantém-se em estado de alerta e promete resistência.

“São mais de 500 páginas e o governo quer que os profissionais da educação discutam em algumas horas?”, questiona Marilene. Ela indica também a necessidade de ampliação do debate, inserindo a comunidade escolar nas discussões, mas “com tempo hábil para entender todas as propostas”.

Ela questiona ainda a reforma do ensino médio (Lei 13415/2017) e a Emenda Constitucional 95, que prejudicam a educação pública tremendamente. “As políticas desenvolvidas pelo governo golpista são mesmo de destruição”.

Tanto que o número de inscritos para realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2018 é o menor desde 2011. Apenas 5.513.662 tiveram a inscrição confirmada. Em 2014, foram 8,7 milhões e em 2016, 8,6 milhões, que tentaram o ingresso no ensino superior pelo Enem.

“Isso mostra os efeitos dos projetos do MEC”, afirma Luiza Bezerra, secretária da Juventude Trabalhadora da CTB. “Mais de 170 mil jovens abandonaram a graduação por falta de condições, o Fies (Financiamento Estudantil) está inviabilizado para quem realmente precisa e o ProUni (Programa Universidade Para Todos) se exaurindo aos poucos. A finalidade parece ser a privatização”.

Para Marilene, “o objetivo de tornar o ensino médio meramente tecnicista visa manter um exército de reserva sem muita qualificação para manter os salários baixos e uma consciência crítica nula”. Por isso, a não obrigatoriedade de disciplinas fundamentais como Filosofia, Sociologia, Artes, entre outras, além disso, diz ela, "a possibilidade de contratação de profissionais por 'notorio saber', pode acarretar danos irreversíveis à qualidade na educação".

(Portal Vermelho, 27/07/2018)

Fonte: Portal da CNTE

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

PARALISAÇÃO NACIONAL - 10/08/2018



CONVOCAÇÃO PARALISAÇÃO NACIONAL 10/08/2018


A APLB - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, Delegacia Costa Sul Eunápolis, vem através da sua representante legal, CONVOCAR toda a categoria dos Trabalhadores/as da Educação para uma Assembleia Geral em adesão à PARALISAÇÃO NACIONAL  no dia 10/08/2018 (sexta – feira), com concentração na Praça Frei Calixto, a partir das 7h.

Pauta Nacional da CNTE:

Em defesa da democracia e do petróleo para a educação;
Pela revogação da Emenda Constituição 95/2016.

Pauta Local:

Resultado da reunião da APLB Sindicato e com o Governo Municipal realizada no dia 08 de agosto sobre os avanços na Carreira e o Imposto de Renda;

O que ocorrer

Atenciosamente,

Jovita Lima Silva Santos
Diretora


quinta-feira, 2 de agosto de 2018

APLB SINDICATO EUNÁPOLIS -- TRABALHADORES/AS EM EDUCAÇÃO PARALISAM SUAS ATIVIDADES EM 31/07


EDUCAÇÃO NÃO É MERCADORIA!!!



PARALISAÇÃO DE 24 HORAS DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS EM EDUCAÇÃO DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE EUNÁPOLIS – 31/07/2018.

Fotos - Ronaldo Oliveira

A APLB - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, Delegacia Sindical Costa Sul Eunápolis, realizou uuma ASSEMBLEIA GERAL no dia 24 de julho de 2018, para discutir  a seguiinte Pauta: Reforma das escolas; Reposição das aulas dos CEMEIS e Paulo Freire; Processos de enquadramento, incentivos e mudança de nível; Fundo Municipal de Educação; Diários de classe; Eleição de diretores; BNCC; Escolha do livro didático e contra a unificação. 

Após  a discussão   de  cada  item da pauta, a Categoria decidiu por fazer uma PARALISAÇÃO E MOBILIZAÇÃO DE 24 HORAS, com concentração na Praça da Centauro, das 7h às 13h, com o objetivo de chamar a atenção  da sociedade eunapolitana e,  principalmente,  o Governo Municipal para a  situação em  que se encontra da Educação municipal. 
Lembramos que o movimento é de todos/as e com todos/as para o fortalecimento da categoria contra a violação de direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação e de toda comunidade escolar.









































 APLB SINDICATO EUNÁPOLIS.


segunda-feira, 16 de julho de 2018

Eleição da APLB-Sindicato nos dias 23 e 24 de julho de 2018, das 8h às 21 horas.




INFORMATIVO ESPECIAL DA ELEIÇÃO DA
APLB-SINDICATO 2018.


APLB: SINÔNIMO DE FORÇA E  DE LUTA!

No dia 22 de maio teve início o processo eleitoral da APLB-Sindicato, com a publicação do Edital de Convocação da Eleição no Jornal “A Tarde”, jornal de grande circulação, para conhecimento público. Cumprindo rigorosamente o disposto no Estatuto da entidade. Além disso, o referido Edital foi afixado em murais nas sedes do sindicato, capital e interior, em locais visíveis para todos os visitantes, como também postado no Portal da entidade.

Desse modo,  a APLB-Sindicato esclarece: 

A APLB-Sindicato, por ser uma entidade de base estadual e estar organizada em quase todo território baiano, constitui um sindicato representativo da categoria que cumpre um papel estratégico sob o ponto de vista da organização, da influência social e da intervenção política. Consequentemente, com essa configuração, consolidou-se como um sindicato que representa os trabalhadores em educação da rede pública estadual e municipais em todo o Estado da Bahia, e por se tratar de uma grande entidade, tanto do ponto de vista geográfico como da qualidade de sua atuação, obviamente, para eleger a direção estadual precisa ter uma chapa completa, com candidatos nos diversos cargos, seja na executiva e na diretoria regional, da capital e do interior; 

A eleição para a direção da APLB-Sindicato foi tratada, desde o início do ano, em diversos fóruns, como nas assembleias, reuniões e com registros nos informativos. Além do mais, foi tema de discussão no Conselho Geral da APLB que culminou na aprovação do Plano de Lutas apontada como tarefa prioritária para o ano de 2018; 

O Estatuto da APLB-Sindicato sempre esteve disponível no Portal da APLB-Sindicato para consulta dos associados. O Estatuto define no seu Capitulo VII – Eleição e Mandatos – todas as informações pertinentes à realização do pleito. O Regulamento e o Regimento da eleição, instrumentos que detalham o processo eleitoral, à luz do determina o Estatuto, foi publicado nos murais das sedes do sindicato, capital e interior; 

A partir do dia seguinte ao da publicação do Edital de convocação da Eleição, datado de 22 de maio, a Comissão Eleitoral se encontra à disposição, para receber inscrição de chapas (no prazo regimental); para atender a todos os interessados, prestar todos os esclarecimentos, fornecer documentos solicitados; 

Como previsto no Edital de Convocação da Eleição, a data final para o recebimento de inscrições de chapas ocorreu em um sábado, ou seja, dia 02 de junho, excluindo o feriado de Corpus Christi (31/05). Desse modo, o prazo foi prorrogado para o primeiro dia útil subsequente ao vencido, ou seja, segunda-feira, dia 04 de junho. 

Nesta etapa do processo eleitoral, vários associados estiveram presentes na sede da entidade, quando foram prontamente atendidos pela Comissão Eleitoral, cujos documentos comprovam essa afirmativa; 

Duas chapas solicitaram inscrição: Chapa “LUTAR E RESISTIR!” e CHAPA “APLB UNIDA – SINDICATO É PRA LUTAR”. Entretanto apenas a Chapa “LUTAR E RESISTIR!” foi homologada, por ter cumprido todos os trâmites legais. A Chapa “APLB UNIDA – SINDICATO É PRA LUTAR”, perdeu seu objeto, em virtude da desistência de 12 (doze) candidatos que formalizaram o pedido de retirada de seus nomes junto à Comissão Eleitoral, deixando-a incompleta; 

Em processo que antecede a impugnação da chapa, a Comissão Eleitoral cumpriu integralmente o que estabelece as normas eleitorais, ou seja, ofereceu 48 (quarenta e oito) horas para que as chapas inscritas fizessem correções, caso fosse necessário, além de mais 48 horas após a publicação das chapas, o direito a fazer substituições de até 20% (vinte por cento) do total de candidatos da sua composição;

Lamentavelmente, não houve nenhuma manifestação por parte da chapa “APLB UNIDA – SINDICATO É PRA LUTAR” em atender aos prazos estabelecidos. A Comissão Eleitoral, sem alternativa, foi obrigada a impugnar, em vista da incompletude na sua composição. 

Assim, a “Chapa 1 – Lutar e Resistir!”, por atender aos requisitos exigidos no Estatuto da entidade, nos Regimento e Regulamento da Eleição, foi homologada e concorrerá sozinha ao pleito;

  DEMOCRACIA E VERDADE CAMINHAM JUNTAS!

O país atravessa um momento de grande disputa entre dois projetos: o do campo democrático popular, da defesa da democracia; da exigência pelo cumprimento das leis, especialmente da Carta Magna; da luta para que a educação seja prioridade, especialmente no cumprimento das Metas do Plano Nacional de Educação e dos Planos de Carreira, enfim da defesa dos direitos dos trabalhadores.

O outro projeto é o da direita ultraliberal e autoritário implementado pelo governo Temer, contra o povo, onde retira os direitos dos trabalhadores, dilapida o patrimônio nacional, e impõe medidas na tentativa de enfraquecer as organizações sindicais e os movimentos sociais.

Obviamente, o trabalhador em educação se identifica com o projeto que resgata a democracia no nosso país. Prefere o lado da unidade das forças democráticas e progressistas em torno do programa convergente que possa tirar o país da profunda crise em que se encontra; da defesa de um Projeto Nacional de Desenvolvimento onde promova o bem estar do povo brasileiro, com a retomada do crescimento econômico, a geração de mais emprego e renda, a redução das desigualdades sociais. Fica também do lado da unidade dos trabalhadores em educação para enfrentarem os adversários políticos e não permitirem que destruam as organizações sindicais e sociais.

É nessa perspectiva que convidamos todas e todos a fortalecerem a APLB-Sindicato, entidade classista, patrimônio da categoria, que sempre esteve nas trincheiras da luta junto com as centrais sindicais, movimentos sociais, levantando as bandeiras gerais dos trabalhadores, e as corporativas, exigindo dos governos estadual e municipais remuneração digna, condições  adequadas de trabalho, valorização profissional, visando ampliar e elevar a qualidade da educação, que se torne  verdadeiramente pública, gratuita, laica e de qualidade social para todos e todas. 

Neste sentido, conclamamos todas e todos os trabalhadores em educação sindicalizados que exerçam o seu direito de votar, mostrando aos adversários políticos que prevalece o BOM SENSO, A UNIDADE, A DEMOCRACIA E A FORÇA DE UMA CATEGORIA QUE SEMPRE FOI PROTAGONISTA NA LUTA POR UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA E IGUAL PARA TODOS (AS).

EXERÇA O SEU DIREITO DE VOTAR! NOS DIAS 23 E 24 PROCURE A URNA FIXA DA SUA ESCOLA.  SE NÃO HOUVER URNA FIXA, VOTE QUANDO A ITINERANTE PASSAR NA SUA ESCOLA.

PELO FORTALECIMENTO DA APLB-SINDICATO!
POR UM PAÍS LIVRE E SOBERANO!
FORA TEMER E SEUS ALIADOS!
  

Notícias anteriores.

Veja abaixo o edital de convocação de eleições da Diretoria Executiva e Conselho Fiscal da APLB-Sindicato, mandato 2018-2022, publicado no jornal A Tarde do dia 23 de maio de 2018 (quarta-feira):

APLB – SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DAS REDES PÚBLICAS ESTADUAL E MUNICIPAIS DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR, FUNDAMENTAL E MÉDIO DO ESTADO DA BAHIA.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ELEIÇÕES DA DIRETORIA EXECUTIVA SINDICAL COLEGIADA E CONSELHO FISCAL – MANDATO 2018-2022


APLB – SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DAS REDES PÚBLICAS ESTADUAL E MUNICIPAIS DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR, FUNDAMENTAL E MÉDIO DO ESTADO DA BAHIA (CNPJ 14.029.219/0001-28), com sede na rua Francisco Ferraro, n. 45, Nazaré, Salvador/BA, por seu coordenador, convoca todos os associados em dia com suas obrigações sindicais, para participarem de eleição para os cargos da Diretoria Executiva Sindical Colegiada e Conselho Fiscal, titulares e suplentes, (mandato com início em 15/10/2018 e término em 15/10/2022). A votação será realizada nos dias 23 e 24 de julho de 2018, das 08:00 às 21:00 horas, havendo urnas fixas na sede do sindicato, nas Delegacias e Núcleos Sindicais, sendo que a Comissão Eleitoral poderá estabelecer outros locais com urnas fixas, bem como urnas itinerantes e seus roteiros. A inscrição de chapas deverá ser realizada no prazo de 10 (dez) dias, contados a partir do dia seguinte ao da publicação deste edital, de segunda a sexta-feira, no horário das 8:00 às 12:00 e das 14:00 às 18:00 horas, na sede desta entidade, mediante requerimento protocolado perante os membros da Comissão Eleitoral (únicos responsáveis por receber e prestar informações sobre o processo eleitoral), devendo o requerimento estar acompanhado dos documentos previstos nas normas legais e nas normas internas que regem o processo eleitoral, a saber, Estatuto Sindical, Regulamento Eleitoral e Regimento Eleitoral, que estão afixados no mural destinado à publicação de todos os atos Comissão Eleitoral, na sede da entidade. No mural serão publicados todos os atos da Comissão Eleitoral que funcionará na sede desta entidade Sindical, inclusive a publicação das chapas inscritas, a abertura de prazo para impugnação e notificações das chapas. A Comissão Eleitoral é composta pelos seguintes membros: Maria Rosa Silva de Souza, Ailton de Jesus Araújo e Roberto José Santana. Salvador/BA, 22 de maio de 2018.

Rui Oliveira, Coordenador.

terça-feira, 29 de maio de 2018

Eleição da APLB-Sindicato 2018.


APLB – SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DAS REDES PÚBLICAS ESTADUAL E MUNICIPAIS DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR, FUNDAMENTAL E MÉDIO DO ESTADO DA BAHIA.



 EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ELEIÇÕES DA DIRETORIA EXECUTIVA SINDICAL COLEGIADA E CONSELHO FISCAL – MANDATO 2018-2022.
APLB – SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DAS REDES PÚBLICAS ESTADUAL E MUNICIPAIS DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR, FUNDAMENTAL E MÉDIO DO ESTADO DA BAHIA (CNPJ 14.029.219/0001-28), com sede na rua Francisco Ferraro, n. 45, Nazaré, Salvador/BA, por seu coordenador, convoca todos os associados em dia com suas obrigações sindicais, para participarem de eleição para os cargos da Diretoria Executiva Sindical Colegiada e Conselho Fiscal, titulares e suplentes, (mandato com início em 15/10/2018 e término em 15/10/2022). A votação será realizada nos dias 23 e 24 de julho de 2018, das 08:00 às 21:00 horas, havendo urnas fixas na sede do sindicato, nas Delegacias e Núcleos Sindicais, sendo que a Comissão Eleitoral poderá estabelecer outros locais com urnas fixas, bem como urnas itinerantes e seus roteiros. A inscrição de chapas deverá ser realizada no prazo de 10 (dez) dias, contados a partir do dia seguinte ao da publicação deste edital, de segunda a sexta-feira, no horário das 8:00 às 12:00 e das 14:00 às 18:00 horas, na sede desta entidade, mediante requerimento protocolado perante os membros da Comissão Eleitoral (únicos responsáveis por receber e prestar informações sobre o processo eleitoral), devendo o requerimento estar acompanhado dos documentos previstos nas normas legais e nas normas internas que regem o processo eleitoral, a saber, Estatuto Sindical, Regulamento Eleitoral e Regimento Eleitoral, que estão afixados no mural destinado à publicação de todos os atos Comissão Eleitoral, na sede da entidade. No mural serão publicados todos os atos da Comissão Eleitoral que funcionará na sede desta entidade Sindical, inclusive a publicação das chapas inscritas, a abertura de prazo para impugnação e notificações das chapas. A Comissão Eleitoral é composta pelos seguintes membros: Maria Rosa Silva de Souza, Ailton de Jesus Araújo e Roberto José Santana. Salvador/BA, 22 de maio de 2018.

Rui Oliveira, Coordenador.




segunda-feira, 7 de maio de 2018

APLB Sinddicato reafirma compromisso com a Educação e participa da 3ª COEED – Conferência Estadual de Educação da Bahia 2018





A Professora Marilene Betros, vice-coordenadora da APLB-Sindicato recebeu certificado de Menção Honrosa da 3ª COEED BA “pelas contribuições na construção e consolidação das política educacionais do Estado da Bahia, como membro do Fórum Estadual de Educação do Estado da Bahia”.

A 3ª Conferência Estadual da Educação do Estado da Bahia foi encerrada nesta sexta-feira, 4, no Hotel Fiesta, em Salvador. Além da vice-coordenadora Marilene Betros, diretores da Executiva e de Delegacias e Núcleos do Interior participaram do evento. 


Fotos: Getúlio Lefundes

A APLB-Sindicato segue a orientação do Fórum Nacional Popular de Educação e da Coordenação Executiva da CONAPE 2018 e participa ativamente do COEED 2018, no Hotel Fiesta, em Salvador. Além da vice-coordenadora Marilene Betros, diretores da Executiva e de Delegacias e Núcleos do Interior estão presentes no evento que acontece entre os dias 3 e 4 de maio (quinta e sexta-feira). 

A 3ª COEED/CONAE e as terceiras conferências municipais, coordenadas pelos seus respectivos Fóruns de Educação representam mais um importante passo para a consolidação dos processos de participação, bem como para o monitoramento e avaliação dos respectivos Planos Nacional de Educação, fundamentais para a ampliação e garantia do direito à educação pública, de qualidade [social], laica e inclusiva.

A Conferência Nacional Popular de Educação é uma convocação à retomada da democracia no País e das vozes da sociedade civil organizada, por meio dos movimentos sociais e das entidades educacionais; uma reafirmação do compromisso com uma educação verdadeiramente transformadora. Estamos buscando, ainda que com grandes desafios, viabilizar nossa participação na CONAPE 2018. Para mais informações, consulte o link da CONAPE 2018.


As discussões e deliberações da 3ªCOEED/CONAE têm como referencial o Documento-Referência, elaborado e aprovado pelo FNE/FEE-BA. O tema central da 6 Conferência é “A Consolidação do Sistema Nacional de Educação (SNE) e o Plano Nacional de Educação 6 (PNE): monitoramento, avaliação e proposição de políticas para a garantia do direito à educação de qualidade [social], pública, gratuita e laica”, que será discutido a partir dos seguintes eixos temáticos:

I – O PNE na articulação do SNE: instituição, democratização, cooperação federativa, regime de colaboração, avaliação e regulação da educação;

II – Planos decenais e SNE: qualidade, avaliação e regulação das políticas educacionais;

III – Planos decenais, SNE e gestão democrática: participação popular e controle social;

IV – Planos decenais, SNE e democratização da Educação: acesso, permanência e gestão;

V – Planos decenais, SNE, Educação e diversidade: democratização, direitos humanos, justiça social e inclusão;

VI – Planos decenais, SNE e políticas intersetoriais de desenvolvimento e Educação: cultura, ciência, trabalho, meio ambiente, saúde, tecnologia e inovação;

VII – Planos decenais, SNE e valorização dos profissionais da Educação: formação, carreira, remuneração e condições de trabalho e saúde;

e VIII – Planos decenais, SNE e financiamento da educação: gestão, transparência e controle social.

APLB contribui com as discussões



A 3ª COEED/CONAE teve prosseguimento no período da tarde, com a atuação firme da APLB-Sindicato. O debate do Eixo VII, que aborda sobre Planos decenais, SNE e valorização dos profissionais da Educação: formação, carreira, remuneração e condições de trabalho e saúde, teve como mediadora a Profª Marilene Betros, vice-coordenadora da APLB, que fez sua intervenção no debate falando sobre o Plano Estadual de Educação (PNE), para uma plenária formada por professores da capital e interior do estado.
Os palestrantes foram o Dr. Romilson Martins Siqueira (PUC/GO) e a Dra. Maria Luiza Vaz Masson (TRASSADO/UFBA).


terça-feira, 24 de abril de 2018

Parabéns para a APLB-SINDICATO – 66 anos de uma luz que nunca se apaga – 1952 – 2018


APLB SINDICATO: Coletividade, Trabalho, Luta, Força, Resistência e União


A APLB completa 66 anos de fundação, em 24 de abril de 2018, em uma união significativa com os trabalhadores em Educação. Da certeza desta unicidade e comunhão de pensamentos e objetivos é possível afirmar que comemoramos Bodas de Ébano, pois o termo bodas é oriundo do latim e significa “promessa”. Uma promessa que foi construída desde 1952, naquela noite de 24 de abril de 1952, quando onze educadores assinaram a ata de sessão da fundação da Associação dos Professores Licenciados do Brasil – Secção da Bahia (APLB-BA).

A APLB-Sindicato na condição de entidade representativa da educação no Brasil é o 3º maior sindicato do Brasil na área da educação, com um universo de 70 mil sócios e estruturada em todo o Estado da Bahia. Em todos estes 66 anos tem sido uma referência de luta para o movimento sindical classista.

O processo de desenvolvimento da estrutura da APLB é razão direta das ações e conquistas efetivas da categoria no percurso de sua História, em que se vinculam intimamente as reivindicações econômicas, as questões pedagógicas e as formas de organização. Os reajustes e a ampliação dos direitos são conquistas dos sindicatos, que organizam e mobilizam os trabalhadores, esclarecem  sobre suas lutas, realizam greves, apresentam propostas, negociam e conseguem bons acordos.

Para o coordenador-geral da APLB-Sindicato, o professor Rui Oliveira é importante que todos estejam organizados em torno da defesa dos interesses da classe. Ele destaca que é importante que sejamos mais participativos nas assembleias e nas negociações, mas que também sejamos firmes e com olhares voltados para a sociedade como um todo:  “Conservadorismo, intolerância, machismo e pouca capacidade de diálogo. Temos que cultivar a paixão pela palavra, pela tolerância e por uma sociedade mais justa. A violência contra pobres e pretos da periferia vitima vários brasileiros todos os dias. São Marielles, Marias, Pedros e Paulos que são brutalmente assassinados. Agora, além de tiros, vivemos uma fase difícil, de intolerância, mas acreditamos que o diálogo e a mobilização ainda são o melhor caminho”, afirma Rui. 

APLB-Sindicato presente!

A APLB-Sindicato sempre esteve na luta tanto por uma educação pública, gratuita e de excelente qualidade, quanto por um país livre, sem golpes e com respeito ao Estado de Direito. São 66 anos de luta e resistência para evitar a repetição de 64 dos anos de chumbo.

Após 1968, depois do AI-5, a APLB marcou seu nome na história ao lutar corajosamente contra a discriminação entre contratados e efetivos. A luta salarial era indiscutível, pois os contratados recebiam salários bem inferiores aos efetivos. Então, a greve de 1978 foi um marco na história da APLB. Professoras e professores paralisaram suas atividades de ensino no Estado da Bahia, no mês de junho.

Em 1979, uma nova paralisação, revelava a forte presença dos trabalhadores em educação na defesa por pontos específicos, mas também na luta ao exigir a volta da democracia e das eleições diretas no País, incluindo o enfrentamento em favor de uma assembleia nacional constituinte.

Em 1989, a associação se transforma em Sindicato, para consolidar os direitos conquistados pela categoria dos trabalhadores em educação. Manteve a antiga sigla da associação, uma marca forte e com uma História que só orgulha toda a classe trabalhadora.

Nos dias atuais a APLB-Sindicato não foge à luta e ocupa as ruas com bandeiras, cartazes e carro de som, alertando sobre as reformas Trabalhista e da Previdência que tiram os direitos historicamente garantidos e da aposentadoria de milhões de brasileiros e brasileiras, sobretudo os mais pobres e as mulheres.

A entidade mantém-se na luta pela liberdade e democracia, mantendo acesa a chama das novas ideias, da força, ousadia e principalmente a união. A nossa luta não pode parar! Lembrando as palavras do ex-presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, no dia em que ocorreu a sua prisão de forma arbitrária: “Eu não pararei porque eu não sou mais um ser humano. Eu sou uma ideia. Uma ideia misturada com a ideia de vocês”. (Luís Inácio Lula da Silva).

*Saiba mais sobre a história da APLB-Sindicato: https://www.aplbsindicato.org.br/nossa-historia/

sexta-feira, 13 de abril de 2018

ATENÇÃO! ATENÇÃO! COMO VERIFICAR A LEGALIDADE DE MESTRADOS OU DOUTORADOS QUE ESTÃO SENDO OFERTADOS NO INTERIOR E NA CAPITAL DA BAHIA?



A APLB-Sindicato informa aos docentes que desejam realizar Mestrado ou Doutorado em Educação para posteriormente dar entrada na progressão funcional que o MEC e a CAPES tem um setor específico para informar a legalidade dos cursos de Pós-graduação Strictu Sensu. Dessa forma, salientamos que, para haver a legalidade do curso, o MEC exige que as aulas sejam ministradas na região onde a Universidade tem autorização de funcionamento  do curso. Ocorre que há instituições que têm autorização para Mestrado Profissional e, mesmo assim, oferecem vagas em regiões onde não tem autorização. CUIDADO! Algumas prefeituras tem identificado tais diplomas e estão dizendo que os docentes que utilizaram esses títulos, deverão ressarcir o recurso recebido. 

Endereço eletrônico para consulta da CAPES:  cna@capes.gov.br           Pelo telefone: 0800616161   Ou acessar a Plataforma Sucupira
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terça-feira, 20 de março de 2018

A APLB EUNAPOLIS REALIZARÁ PARALISAÇÃO COM MOBILIZAÇÃO DA CATEGORIA NESTA QUINTA-FEIRA 22 DE MARÇO.



JUNTOS SOMOS FORTES, UNIDOS SOMOS IMBATÍVEIS!!!


CONVOCAÇÃO




A APLB - Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia  Delegacia Costa Sul Eunápolis, vem através da sua representante legal, CONVOCAR toda a categoria dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação, para participarem da paralisação e mobilização no dia 22 de março de 2018, às 7h30min, na Câmara Municipal de Vereadores de Eunápolis, EM DEFESA DOS DIREITOS DA CLASSE E DA EDUCAÇÃO PÚBLICA DE EUNÁPOLIS, conforme ficou decidido pela Categoria em Assembleia Geral realizada no dia 19 de março de 2018,  na Escola Municipal Anésia Guimarães.

Jovita Lima Silva dos Santos
                Diretora









quarta-feira, 7 de março de 2018

Professor Rui Oliveira participa, no México, do 18º Congresso da Federação Internacional de Sindicatos da Educação (FISE)



FISE, CNTE-SNTE e a FSM realizam o congresso em  4 e 5 de março de 2018 na Cidade do México, México, com sua rica história militante ao longo dos séculos. Vamos tentar ser dignos das esperanças dos professores e das necessidades da educação no mundo moderno.
Veja no vídeo e nas fotos a seguir. Mais abaixo, texto e links sobre o evento.



A crise capitalista global, as guerras imperialistas, as organizações econômicas internacionais e as associações atacam os direitos de todos os trabalhadores e, claro, também os direitos dos professores.
Os problemas da educação e dos professores são cada vez mais agudos. O encolhimento das unidades escolares, as demissões dos professores, as reduções salariais, as violações dos sindicatos e dos direitos trabalhistas, a limitação das liberdades sindicais e democráticas, os ataques policiais contra professores que demonstram são algumas das medidas implementadas pela maioria dos governos nos cinco continentes.
O conteúdo da educação a todos os níveis está sendo adaptado à decisão da OCDE que quer que a educação seja uma mercadoria. Uma mercadoria que dá dinheiro à capital, mas que busca principalmente privar os alunos da classe trabalhadora da formação da consciência de classe e conhecimento sobre a verdade histórica e científica que inevitavelmente reforça a luta contra a exploração do homem pelo homem.

Os professores progressistas em todos os cantos do mundo estamos preocupados com a baixa qualidade da educação oferecida às novas gerações de crianças. Os pais também estão compreensivelmente preocupados sobre se seus filhos recebem conhecimentos essenciais e qualificações úteis nas escolas. Professores e pais, ambos estamos preocupados com as contínuas privatizações na educação. O setor educacional é de importância estratégica e a educação deve ser gratuita, pública e obrigatória para todos.
Em muitos cantos dos cinco continentes, estudantes e crianças menores de idade são mortos nas salas de aula pelos bombardeios e pelos conflitos militares, milhares de crianças se tornam imigrantes e refugiados para escapar das áreas onde os imperialistas produzem pobreza e guerras.

Nestas circunstâncias, é necessário acelerar e coordenar a ação dos sindicatos de professores. Defender a mão-de-obra, o salário, os direitos de segurança social dos professores em todos os níveis e simultaneamente para exigir educação benéfica e condições de ensino dignas em edifícios seguros, com o equipamento logístico apropriado. Queremos ensinar a verdade e o conhecimento científico às crianças. Para fornecer-lhes as ferramentas para avançar em suas vidas. Ensinar-lhes a respeitar a história do seu país, a cultura, as tradições e costumes de outros povos. Ensinar internacionalismo, solidariedade, coletividade, a necessidade de atitude militante em sua vida. Ensinar a amar os filhos do mundo, independentemente da sua cor, religião, sexo e idioma.

Após o bem sucedido e dinâmico 17º Congresso da FSM realizado em Durban, África do Sul, em que participaram 1.300 delegados de 112 países em todo o mundo, entendemos que é necessário ter uma melhor coordenação, compartilhar experiências, fortalecer a solidariedade entre os sindicatos, para aumentar as iniciativas militantes, para organizar e aumentar o espírito de luta de todas as organizações setoriais que pertencem à família grande, militante e internacionalista da FSM, como o FISE.

Estamos organizando o 18º Congresso do FISE em 4-5 de março na Cidade do México, no México. Neste congresso convidamos todos os sindicatos de professores que defendem os interesses da nossa classe, cada união que se opõe ao ataque à educação e aos professores. O 18º Congresso do FISE será um congresso militante democrático que elegerá a nova liderança. Lá, vamos discutir sobre os sérios problemas dos trabalhadores na educação e decidiremos o plano de ação e o fortalecimento do FISE para os próximos cinco anos.

Convidamos todos os sindicatos de professores militantes, independentemente da sua posição ideológica e política, para se juntarem a nós, para acompanhar o movimento militante dos professores, para lutar por um futuro melhor para todos nós. Para um futuro sem guerras e sem a barbaridade capitalista.

Entenda mais…

Desde que os trabalhadores começaram a se organizar no Século XIX, consideraram a organização internacional como peça chave para, o sindicalismo. A famosa frase de Marx e Engels, “trabalhadores do mundo, unam-vos” (1848) e a criação da Associação Internacional de Trabalhadores em 1864, são provas do sentimento internacionalista e da importância que a solidariedade internacional desde que o trabalho começou a se organizar.

A Federação Sindical Mundial (FSM), fundada em 1945, no bojo da derrota do nazi-fascismo e do avanço das lutas revolucionárias, sofreu duro golpe com a dissolução do bloco soviético no final dos anos 80. Hoje, a FSM se apresenta como polo aglutinador dos que se contrapõem às concepções conciliadoras e burocráticas, reafirmando o seu caráter classista. Portanto, o sindicalismo classista do mundo todo, precisa reagrupar suas forças empreendendo iniciativas para restabelecer o protagonismo internacional e fortalecendo a FSM.

A Federação Internacional de Sindicatos da Educação (FISE), é parte da FSM, foi fundada em julho de 1946, em uma conferencia em Paris, com a tarefa de unir os sindicatos e as organizações dos profissionais de todas as categorias e níveis da educação no mundo. Esta é uma grande tarefa que requer a unidade dos trabalhadores em educação dos cinco continentes. O Congresso Mundial de Educação veio num momento delicado para a economia mundial. A reestruturação de um setor tão importante para o desenvolvimento de uma nação é fundamental para o enfrentamento da luta de forma mais unificada e organizada.

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Entidades da educação fazem manifesto contra mais uma tentativa de ingerência do MEC!




As entidades abaixo relacionadas contestam o conteúdo dos editais Capes n. 6 e 7/2018, que tratam do novo Programa de Residência Pedagógica(PRP) e do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), respectivamente.As propostas para os dois programas articulam-se à atual política de formação docente do MEC, empenhada em submeter os programas de formação inicial (cursos de Licenciatura) à nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Repudiamos qualquer associação desses programas à BNCC, caracterizada pelo estreitamento curricular e cujo processo de elaboração, discussão e aprovação tem sido alvo de críticas contundentes das entidades acadêmicas e científicasdesde 2015. Nosso repúdio e preocupação se dão por diversas razões, das quais destacamos primeiramente duas:a imediata vinculação da BNCC com as avaliações em larga escala, haja vista a estrutura codificada que marca a escrita desse documento, já voltada para a quantificação e padronização dos futuros testes;e a indução, no caso do Ensino Médio, ao privilegiamento de apenas duas disciplinas, conforme anunciado recentemente, com vistas à adequação da BNCCa exames como o PISA.

Ante a impossibilidade de obrigar os cursos de Licenciatura das Instituições de Ensino Superior (IES) a reescreverem os seus projetos pedagógicos, felizmente ainda resguardados pela autonomia universitária, o Programa de Residência Pedagógica é a estratégia do MEC para enxertar a BNCC nos programas de formação inicial, cujo custo para a qualidade da formação docente nas IES será muito mais alto do que os recursos financeiros porventura recebidos.

O PRP tem como um de seus objetivos centrais “promover a adequação dos currículos e propostas pedagógicas dos cursos de formação inicial de professores da educaçãobásicaàsorientações da BNCC”, e consiste em uma proposta de reformulação do atual modelo de Estágios Supervisionados dos cursos de Licenciatura das IES públicas e privadas sem fins lucrativos.Sublinhamos que a vinculação do Programa de Residência Pedagógica à BNCC fere a autonomia universitária, ao induzirnas IES projetos institucionais de formação que destoam das concepções de formação docente presentes nos seus próprios projetos pedagógicos, violando o preconizado no Parecer e na Resolução CNE/CP n. 2/2015, que definem as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada de Professores no Brasil.

A vinculação dos programas de formação inicial das IES à Baseé uma tentativa deampliaro escopode controle da BNCC, que de referencial curricular da educação básica passa tambéma ditar asações e articulações institucionais das IES no âmbito da formação docente, que já são objeto das Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial e continuada (2015). Na prática, isso representa a transferência do controle das ações de formação docente das IES diretamente para o MEC/Capes, asubstituiçãodasDiretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de Licenciatura por um programa de distribuição de bolsas controlado externamente às IES.

A política de formação do MEC/Capes parte do princípio de que os cursos de Licenciatura são “muito teóricos”, e a solução oferecida – o Programa de Residência Pedagógica – é reorientá-los para a aplicação prática da BNCC. Se por um lado o edital inclui, entre as “abordagens e ações obrigatórias” do PRP, “a apropriaçãoanalítica e crítica da BNCC nos seus princípios e fundamentos”, por outro exige a elaboração de “atividades que envolvam as competências, os conteúdos das áreas e dos componentes, unidades temáticas e objetos de estudo previstos na BNCC, criando e executando sequênciasdidáticas, planos de aula, avaliaçõese outras açõespedagógicas”.

A nosso ver, tal perspectiva incorre em uma visão reducionista da formação de professores, que em vez de implementar no processo formativo a necessária unidade teoria-prática, que não pode ser dicotomizada, propõe uma desvinculação definitiva de teoria e prática, reduzindo a formação docentea um “como fazer” descompromissado de uma concepção sócio-históricae emancipadora. Isso prejudica a qualidade da educação básica das crianças e jovens brasileiros, esvaziando-a de sua função social e cidadã.

A perspectiva de imersão profissional nos espaços escolaresfoi defendida em diversos momentos pelas entidades científicas, pelas instituições formadoras e por entidades político-organizativos da área, considerando a importância e a luta histórica no campo da educação para o encurtamento das distâncias entre os programas de formação inicial nas IES e as escolas, mas jamais da forma como essa imersão é proposta por MEC/Capes. Também consideramosa remuneração das atividades de estágio de docência em escolas públicas uma estratégia importante para estimular a escolha dos estudantes pela carreira docente e contribuir para a sua permanência no Ensino Superior. No entanto, a defesa do modelo proposto pelo Programa de Residência Pedagógicafica totalmente comprometida pela exigência de que as Instituições de Ensino Superior aceitem a BNCC como eixo norteador dos cursos de Licenciatura.

O discurso de MEC/Capes que celebra a sinergia entre escola e universidade encobre o fato de que oPrograma de Residência Pedagógica é uma tentativa de desconstrução de projetos de formação inicial comprometidos com a docência como atividade intelectual e criadora. Isso tem efeitos profundamente desprofissionalizantesnos cursos de Licenciatura, seja por induzir que estudantes em processo de formação sejam responsáveis por aulas nas escolas, seja porque a vinculação do Programa com a BNCCvisa formar professores para uma docênciareprodutivista, desprovida de autonomia intelectual e incapaz de reconhecer as diferentes realidades em que os processos educativostomam forma e lugar.

Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd)
Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (ANFOPE)
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE)
Fórum Nacional de Diretores de Faculdades, Centros de Educação ou Equivalentes das Universidades Públicas Brasileiras (FORUMDIR)
Associação Nacional de Política e Administração da Educação (ANPAE)
Associação Brasileira de Currículo (ABdC)
Centro de Estudos Educação e Sociedade (CEDES)
Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação (FINEDUCA)
Campanha Nacional pelo Direito à Educação
Ação Educativa
Movimento Nacional em Defesa do Ensino Médio (MNDEM)
Rede Escola Pública e Universidade (REPU)

Fonte: Portal CNTE