quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Mulheres protestam contra desmonte promovido por João Doria nas políticas de combate à violência

“Com o golpe à democracia, a violência contra as mulheres vem aumentando. Imagina se na maior cidade do país, um prefeito elitista e reacionário acaba com todos os órgãos de combate à violência e com as políticas de atendimento às vítimas de agressão”,
 Gicélia Bitencourt

Além de levar ovada em Salvador, o prefeito de São Paulo, João Doria Junior, enfrenta manifestações da população descontente com os cortes de sua gestão em importantes conquistas de setores essenciais para a melhoria de vida das pessoas.

Nesta quarta-feira (9), os estudantes ocuparam a Câmara de Vereadores contra as limitações ao Passe Livre. As mulheres organizaram um movimento contra o desmonte que o prefeito vem fazendo no combate à violência às mulheres.

As Mulheres Contra o Desmonte das Políticas de Enfrentamento à Violência se concentram nesta quinta-feira (10), às 14h, na rua Riachuelo, 115, em frente ao Ministério Público com caminhada até à sede da Prefeitura Municipal, no centro da capital paulista.

“Com o golpe à democracia, a violência contra as mulheres vem aumentando. Imagina se na maior cidade do país, um prefeito elitista e reacionário acaba com todos os órgãos de combate à violência e com as políticas de atendimento às vítimas de agressão”, diz Gicélia Bitencourt, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB-SP.

Logo que assumiu o mandato, Doria extinguiu a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres e criou dentro da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, uma Coordenação de Políticas.

“Isso já se refletiu nos serviços e equipamentos disponíveis para atender e dar suporte às vítimas”, afirma Bitencourt. Ela cita o caso da Casa da Mulher Brasileira de São Paulo já está pronta, mas não funciona porque não tem verba.

“O dinheiro para a Casa da Mulher Brasileira está em Brasília e o prefeito não faz nem menção de pedir”, reforça a sindicalista. Além disso, os Centros de Cidadania da Mulher e o Centro de Referência da Mulher estão ameaçados.

Bitencourt diz ainda que a manifestação também protestará contra as constantes violações dos direitos humanos promovidas pela prefeitura de São Paulo. “As ações do Doria contra os moradores de rua e na cracolândia são políticas de ‘higienização’ que remontam à ideologia do nazismo”.

E para piorar, o prefeito corta R4 3,5 milhões nos Centros de Defesa e Convivência da Mulher. “Os cortes orçamentários feitos por ele mostram o caráter elitista e misógino de sua administração, além de limitar o Passe Livre de jovens, ele quer aumentar a idade dos idosos terem esse direito”, diz Bitencourt.

Ela finaliza argumentando que “a CTB se soma a todas as entidades em defesa dos direitos das mulheres para combater com todas as forças a retirada de conquistas importantes para melhorar a vida das pessoas em São Paulo. Nenhum direito a menos”.

Serviço

O que: Mulheres contra o desmonte das políticas de enfrentamento à violência na cidade de São Paulo

Onde: Em frente ao Ministério Público, rua Riachuelo, 115, com caminhada até a Prefeitura de São Paulo

Quando: Quinta-feira (10), às 14h

Fonte: Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy⁠⁠⁠

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