quarta-feira, 29 de junho de 2016

APLB-SINDICATO NA FESTA CÍVICA DO 2 DE JULHO


NÃO AO GOLPE! EM DEFESA DA DEMOCRACIA!

A APLB-Sindicato convoca a categoria para participar da festa cívica do 2 de Julho, data magna da Independência da Bahia. O momento é de defesa da democracia brasileira, ameaçada por golpe e mutretas.

A concentração será no Largo da Soledade, próximo da estátua de Maria Quitéria, às 8 horas.

GRANDIOSIDADE DA APLB-SINDICATO

 Nivaldino Félix - Coordenador do Departamento de Funcionário da APLB-Sindicato (DEFE)




Pelo o que nós sabemos da realidade do mundo sindical na Bahia e no Brasil, podemos afirmar que a entidade que mais mobilizou  a sua base social foi a APLB-Sindicato, tanto as redes municipais  como na rede estadual.

A APLB é tão grandiosa que mesmo diante de um regime militar brutal que se instalou em nosso país participou de todos os momentos de luta com os setores democráticos que fizeram a resistência à ditadura militar. A entidade fez greve em todos os governos que se instalaram na Bahia nos governos de ACM. Mesmo na época da ditadura, a APLB fez mais de 12 greves. E nos governos de João Durval  5 greves, de Waldir Pires e Nilo Coelho 5 greves, no de Paulo Souto 4 greves, e nos de Wagner  5 greves sendo que a última foi de 115 dias. E a greve no Governo Rui Costa vai se dar se ele não cumprir o acordo que fez com a APLB, da promoção.

Portanto, nossa entidade dá uma prova inequívoca de que é  uma entidade que pratica o bom combate contra os patrões. que em nosso caso são os gestores dos municípios  e do  Estado, claro que os críticos ácidos não reconhecem nada disso já que o objetivo é criticar por criticar. Não estamos nos eximindo de possíveis erros, que são inerentes principalmente para quem comanda uma entidade com mais de 80 mil sócios, mas temos plena certeza de que acertamos mais do erramos. Senão esta entidade já tinha sucumbido.

As memoráveis batalhas travadas contra a exploração dos trabalhadores em educação esta registrada em sua história, história essa que ninguém pode acabar ou negar, por que foi feita com muito sacrifício por  todos aqueles que passaram e comandaram esta entidade  ao longo desse tempo.

No interior, nossos núcleos  e delegacias mobilizam os trabalhadores em educação o ano todo, o que resulta em  muitas  greves em defesa dos interesses dos profissionais da educação, tanto faz professores como  os funcionários, nessas batalhas no interior muitas vezes são ameaçados de morte por prefeitos truculentos, mas a coragem é a combatividade das nossas guerreiras no interior não se deixa intimidar, rompendo o medo e muitas vezes conquista excelentes vitórias junto com a categoria.

Muitos não sabem que a APLB-Sindicato está implantada nos 417 municípios da Bahia, é a maior entidade do Norte e Nordeste e uma das maiores do Brasil, é uma força política paralela, a única que pode enfrentar qualquer governo, vimos isto na memorável greve de 115 dias, dos 417 municípios a rede Estadual parou em 390, o que demonstra o poder que tem nossa entidade. Naquele período aonde o Wagner ia era vaiado nas cidades do interior. Vejam as mobilizações mais recentes, no total foram 33, aqui vamos pontuar algumas:

Mobilização para votação do Plano Estadual da Educação; participação na caminhada em direção a TV Bahia contra o golpe, participação 1º de maio na Barra, mobilização em defesa da educação publica, recuperação da gratificação de periferia dos professores que tinha sido atingido pela retirada, foram muitas reuniões no subúrbio, participamos de diversos atos contra o golpe, fizemos manifestação na Praça da Piedade pela a retirada da PL257/16, participamos da caminhada pela democracia, participamos em Brasília do dia Nacional d mobilização com mais de 200 pessoas em Brasília, greve nacional 15, 16,17, participamos da caminhada do dia internacional  da mulher, fizemos dois conselhos da para definir o plano de luta da entidade, mobilizamos e fizemos um ato na Praça da Piedade. Ajudamos a implantar em 110 municípios do Estado o curso do Profuncionário para os não docentes curso este do Ministério da Educação, recentemente realizamos com mais de 400 dirigentes Estadual o 1º Seminário Informativo de Comunicação o que foi um sucesso, conseguimos recentemente a reclassificação que significa devolução de dinheiro para os aposentados.

Acho e é correto que em toda instituição democrática tenha oposição, o que é bom para quem dirige, mas não aceitamos oposição que queira destruir a entidade, sem levar em conta o que esta entidade representa para a história do movimento dos trabalhadores em educação.

Nivaldino Felix

Diretor de Imprensa da APLB

Membro do Conselho de Entidades da CNTE

Coordenador do Departamento de Funcionário da APLB-Sindicato (DEFE)

Ser Professor: significações e motivações

"A essência dessa nova postura está na democracia, na distribuição do poder. Mudança da hegemonia para discussão, do monopólio para o diálogo que gera transformações sociais, da “mão única” para o pensar em conjunto."(RIGO, Marivana da Silva¹; MEGGIOLARO, Tiago Henrique²)



RIGO, Marivana da Silva¹; MEGGIOLARO, Tiago Henrique²


Introdução

Os processos de ensino-aprendizagem, as metodologias e os paradigmas da área da Educação vêm passando ao longo dos últimos anos por mudanças significativas, acompanhadas por alterações sobre a compreensão acerca do ser professor e de seu papel no processo educativo.

Segundo Gadotti, “ser professor é viver intensamente o seu tempo com consciência e sensibilidade” (2003, p. 17). Isso implica criatividade, dinamismo, bom humor, crença, além de continuamente procurar avaliar e renovar o fazer docente. É importante valer-se de contínua pesquisa, para qualificar-se e ter maiores condições de proporcionar aos educandos subsídios para enriquecer suas interações.

Ser professor é aprender com os estudantes, à medida que as construções acontecem em conjunto. É aliar docência com discência, como afirma Freire: “Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” (1998, p. 25). Portanto, aprender em conjunto é pesquisar para suprir dúvidas, discutir e procurar nessa dialética alçar a patamares mais altos de conhecimento. Ensino e pesquisa devem trilhar um mesmo caminhar, numa atitude processual de investigação.

O processo de pesquisa exige dedicação, e esta necessita da motivação, não só dos estudantes, mas também dos professores que se utilizando, por exemplo, das experiências proporcionadas pela formação continuada, evitam a estagnação numa mesma forma de ensinar e conceber a educação. A formação continuada torna-se motivação que deve acontecer além da graduação específica, através de grupos de estudo, que questionem “como deslocar o foco filosófico de sujeito cognoscente e ativo, voltado para dentro de sua própria consciência, para o sujeito disposto ao agir comunicativo. O foco passa a ser a compreensão mútua entre sujeitos que procuram entender-se sobre os fatos e as situações” (Maldaner, 2000, p. 26). Um processo educativo crítico, ético, criativo, construtor de autonomia se funda no diálogo, exigência radical para constituição do mesmo numa experiência permanente de libertação.

Formação continuada, planejamento e colaboração na re-elaboração dos currículos escolares e do projeto político pedagógico, permite ao professor auxiliar no crescimento dos estudantes.

A elaboração deste artigo justifica-se pelas mudanças metodológicas e paradigmáticas que vêm transformando e re-significando o ser professor. Analisam-se de maneira reflexiva concepções sobre o que é ser professor e o que motiva professores em exercício a continuar se dedicando ao magistério.

Deste modo, pesquisar sobre o que é ser professor e as motivações deste parece questão fundamental na formação acadêmica, daqueles que pretendem exercer o magistério. Quem busca um dia ensinar, também deve buscar o aprendizado, e aprender exige reflexão.

O educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando que, ao ser educado, também educa. Ambos assim, se tornam sujeitos do processo em que crescem juntos e em que os “argumentos de autoridade” já não valem (…) ninguém educa ninguém, como tão pouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo (Freire, 2005, p. 79).

A essência dessa nova postura está na democracia, na distribuição do poder. Mudança da hegemonia para discussão, do monopólio para o diálogo que gera transformações sociais, da “mão única” para o pensar em conjunto.

O objeto de investigação desse artigo situa-se em torno das seguintes questões de pesquisa: 1) o que é ser professor hoje? 2) O que motiva a ser professor? Através desses questionamentos, objetivou-se compreender as significações do ser professor, enfocando a importância docente na formação e no crescimento do estudante como sujeito crítico e consciente; analisar o que motiva um grupo de professores a dedicarem-se ao exercício do magistério e verificar suas concepções acerca do ser professor; entender o que motiva um grupo de acadêmicos a investir a seguir tal caminho, bem como o que significa para eles ser professor. Em relação aos estudantes do Ensino Fundamental, pretende-se compreender suas concepções sobre o que significa ser um “bom” professor, assim como, o que os motiva a dedicar-se (ou não) ao estudo.


Diretoria da APLB-Sindicato Salvador apresenta demandas da categoria em audiência com o secretário estadual de Educação

REUNIÃO DA DIRETORIA EXECUTIVA DA APLB SALVADOR COM O NOVO SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA, WALTER PINHEIRO.

No retorno das festividades juninas a diretoria da APLB-Sindicato marcou presença em audiência com o novo secretário estadual de Educação, Walter Pinheiro, nesta segunda-feira (27). 

Sempre em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras em educação, o encontro agendado pela Aplb contou com a presença de membros da sua diretoria, a coordenadora interina Marilene Betros e o novo secretário estadual de Educação, Walter Pinheiro.

O objetivo foi o de apresentar as demandas da categoria definidas durante o Congresso Estadual da Aplb e traçar novos rumos para o fortalecimento da pauta, inclusive com relação à Campanha Salarial. Na reunião ficou definido o agendamento de novos encontros para debater os pontos da pauta e discutir condições para que a secretaria possa atender às demandas apresentadas pela APLB- Sindicato. Confira abaixo na vídeo-reportagem da TV APLB. Clique na imagem.


sexta-feira, 10 de junho de 2016

URGENTE: A EDUCAÇÃO EM RISCO

A plataforma do governo interino de Michel Temer, pautada no programa “Uma Ponte para o Futuro” (que remonta o nefasto passado neoliberal), visa claramente suplantar o projeto político que a duras penas tentava reparar dívidas históricas com a população majoritariamente sofrida do Brasil.




 EDUCAÇÃO EM RISCO

A plataforma do governo interino de Michel Temer, pautada no programa “Uma Ponte para o Futuro” (que remonta o nefasto passado neoliberal), visa claramente suplantar o projeto político que a duras penas tentava reparar dívidas históricas com a população majoritariamente sofrida do Brasil. Confira quais medidas já representam ameaça concreta ao direito à educação pública e às conquistas dos trabalhadores e das trabalhadoras em educação na última década.

FIM DA VINCULAÇÃO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES PARA AS POLÍTICAS SOCIAIS 

O Congresso Nacional avalia, neste momento, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 143/2015, que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 2023 e cria o mesmo instrumento de desvinculação nos estados (DRE) e nos Municípios (DRM). Embora a educação esteja fora dessa PEC, em particular, as políticas de saúde sofrerão cortes de 25% nos atuais orçamentos. Porém, recentemente, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já anunciou que o governo Temer proporá a desvinculação de todas as receitas orçamentárias, inclusive as da educação. E isso significará menos verbas para a escola pública!

FIM DAS RECEITAS DO PETRÓLEO PARA A EDUCAÇÃO E A SAÚDE

 As leis 12.351 e 12.858 que destinam recursos do Fundo Social e dos royalties do petróleo para a educação e a saúde estão prestes a ser revogadas com a aprovação do PLS 131/15, do senador José Serra (PSDB-SP e atual ministro de Relações Exteriores) e do PL 6.726, do deputado Mendonça Filho (DEM-PE e atual ministro da Educação). Essa medida, junto com os demais cortes orçamentários que se avizinham, inviabilizará por completo a meta 20 do PNE, que prevê investir 10% do PIB na educação.

 PRIVATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E SUPERIOR

 O repasse das gestões administrativa, pedagógica e financeira das escolas públicas para Organizações Sociais e a política de vouchers para o ensino médio, entre outras parcerias público-privadas, serão a tônica da política do MEC para a educação básica. Já na educação superior, a “Ponte para o Futuro” orienta a cobrança de cursos de pós-graduação e extensão nas universidades públicas. 

CORTE NA POLÍTICA DE ACESSO À UNIVERSIDADE E À EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

O governo interino de Michel Temer já anunciou cortes em programas de expansão das matrículas em nível superior, como Prouni e FIES, e a retração dos investimentos para a construção de novas Universidades e Institutos Federais de Educação Profissional e Tecnológica (IFES). Na última década foram construídas 18 universidades públicas, 173 novos campi universitários e 422 IFES. Ainda assim, o Brasil está longe de garantir a presença massiva de jovens e adultos na educação profissional, superior e tecnológica (metas 11 e 12 do PNE). O novo governo também fará cortes substanciais no Pronatec. 

AMEAÇA AO PISO DO MAGISTÉRIO E À POLÍTICA SALARIAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS

 A partir de 2017 não há mais garantia de ganho real para o piso salarial nacional do magistério, seja em função de o Congresso Nacional finalizar a tramitação do projeto que vincula o reajuste do piso ao INPC (repondo apenas a inflação), seja pelo congelamento dos planos de carreira dos servidores públicos que se pretende instaurar com a aprovação do PLP 257/2016, que trata da renegociação das dívidas dos Estados com a União e da reforma da Lei de Responsabilidade Fiscal, com mais arrocho salarial aos servidores públicos.

 MAIS MERITOCRACIA E MENOS DIREITOS NAS CARREIRAS DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO

 A “Ponte para o Futuro” já anunciou que a política remuneratória dos profissionais da educação (limitada ao magistério), a partir de agora, se concentrará em bonificação e certificação profissional, atrelada aos resultados dos estudantes em testes de proficiência. Não há nenhuma perspectiva de avanço nas políticas de valorização profissional pretendida pela CNTE e seus sindicatos filiados, a exemplo da regulamentação do piso e das diretrizes nacionais para os planos de carreira de todos os profissionais da educação (professores, especialistas e funcionários), com maior aporte de recursos do governo federal a estados, DF e municípios.

 FIM DA APOSENTADORIA ESPECIAL DO MAGISTÉRIO

 Em breve o ministério da Fazenda (e da Previdência Social) anunciará uma nova reforma previdenciária válida tanto para os empregados da iniciativa privada como para os servidores públicos. Em suma, as mudanças na legislação se pautam na elevação da idade mínima de homens e mulheres para 65 anos, sem diferenciação de sexo, na limitação da aposentadoria rural e no fim da aposentadoria especial do magistério.

 INANIÇÃO DAS METAS DO PNE E DESPREZO À PARTICIPAÇÃO SOCIAL

 Para que o Plano Nacional de Educação saia do papel é preciso, além de mais recursos financeiros, regulamentar no tempo correto uma série de medidas como o Sistema Nacional de Educação, o Custo Aluno Qualidade, o Piso e as Diretrizes de Carreira para todos os profissionais da educação. Contudo, esses temas não fazem parte do programa “Uma Ponte para o Futuro” e não há garantias de que serão implementados, devendo, portanto, a mobilização da categoria e da sociedade ser fortalecida em torno deles. Também a participação social no processo de construção do PNE e de outras políticas públicas corre sério risco com a opção do governo interino em constituir equipes de “notáveis” para elaborar as políticas educacionais, a exemplo da que preparou o atual programa de governo.



Dia mundial contra o trabalho infantil tem apoio da CNTE

"A CNTE avalia que é preciso conscientizar a população para combater essa prática.[...]" "[...] O objetivo é sensibilizar pais, professores, agentes públicos e toda a sociedade para combater o trabalho infantil”Claudir Magalhães, Secretária Executiva da CNTE.

Comemorado no dia 12 de junho, o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil tem como objetivo destacar os perigos e os riscos que muitas crianças trabalhadoras são expostas e as políticas necessárias para enfrentar essa prática.

Combater o trabalho de crianças e adolescentes é um dos compromissos da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). A Confederação participa da Comissão Nacional e do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, que promovem todos os anos campanhas para lembrar a data.

Em 2016, a campanha aborda a participação da mão de obra de crianças e adolescentes nas cadeias produtivas. Muitas vezes esse trabalho fica oculto entre os prestadores de serviço da empresa que comercializa o produto final e o objetivo é dar visibilidade a essa situação irregular. As cadeias produtivas de vestuário, avicultura e construção civil foram escolhidas para ilustrar a campanha no Brasil.

A CNTE avalia que é preciso conscientizar a população para combater essa prática. E para isso produziu um Jornal Mural com informações sobre o tema, para ser debatido no ambiente escolar. O material foi distribuído nas escolas públicas de todo o país.

“A CNTE tem o compromisso junto com todas as suas entidades filiadas em todo o Brasil de trabalhar o Dia 12 de junho, nas escolas. O objetivo é sensibilizar pais, professores, agentes públicos e toda a sociedade para combater o trabalho infantil”, ressaltou a Secretária Executiva da CNTE Claudir Magalhães.

De acordo com dados do IBGE mais de 3 milhões de crianças entre 5 e 17 anos, trabalham no Brasil. Mais de 70 mil têm, no máximo 9 anos. Além de terem baixa remuneração, uma em cada quatro crianças deixa a escola e muitas estão submetidas às formas mais degradantes de trabalho.

Diante destes dados alarmantes o Tribunal Superior do Trabalho (TST) lançou, esse ano, a campanha “Trabalho infantil – você não vê, mas existe”. A campanha é composta de vídeos e spots que estão disponíveis, no site do tribunal, para serem veiculados em rede nacional de rádio e televisão, redes sociais e cinemas da rede Cinemark.

Segundo a Ministra do TST e uma das gestoras nacionais do Programa de Combate ao Trabalho Infantil da Justiça do Trabalho, Kátia Magalhães, a campanha visa sobretudo a conscientização de todos os cidadãos sobre o tema.

“Muitas vezes nós não temos consciência que a roupa que nós estamos usando pode ter sido alinhavada com mãos de criança, o carvão que a gente usa no nosso churrasco de final de semana, pode estar sendo feito com a exploração de pequenos. O fato de você não vê, ou de se recusar a ver que isso existe não vai mudar a realidade. É através da ação e não da omissão que nós vamos conseguir ter bons frutos”, ressaltou a ministra. 

Leia o Jornal Mural da CNTE na íntegra

Conselho Nacional de Entidades se reúne em Brasília

“A implementação da meta 19 do PNE, que diz respeito a toda a população brasileira e não somente aos trabalhadores em educação, está em risco e sob ataque do governo interino, por isso a importância de estarmos reunidos aqui hoje”. Roberto Leão - CNTE

Nos dias 9 e 10 de junho, o Conselho Nacional de entidades (CNE) da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) se reúne no Hotel Nacional, em Brasília, para debater, entre outros assuntos, “Gestão Democrática da Educação: Desafios na regulamentação da meta 19 do Plano Nacional de Educação (PNE). A meta diz que deve-se assegurar condições para esta gestão democrática no prazo de dois anos, a partir da aprovação do Plano, que ocorreu em junho de 2014.

O Presidente da CNTE, Roberto Leão, ressaltou que o evento não é apenas coorporativo, mas trata de assuntos que interessa a toda a sociedade. “A implementação da meta 19 do PNE, que diz respeito a toda a população brasileira e não somente aos trabalhadores em educação, está em risco e sob ataque do governo interino, por isso a importância de estarmos reunidos aqui hoje”.

Com a presença de 40 entidades filiadas, a mesa de debates da manhã foi aberta pela doutora em Educação e professora da Universidade de Brasília (UnB), Catarina de Almeida. 

"O desafio de se implementar a meta 19 é na verdade o de se implementar todas as outras metas, porque não é possível falar em gestão democrática sem falar em qualidade da educação, combate ao preconceito racial e religioso, debate de gênero, condições de trabalho, salário e carreira", afirmou Almeida.

No período da tarde, os participantes puderam discutir a “Conjuntura Política e Educacional”. A mesa foi apresentada pela vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carmen Foro, pelo professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Gaudêncio Frigotto e pela professora da Universidade de Brasília (UnB), Olgamir Amancia.

Segundo Frigotto, a reunião está ocorrendo num momento decisivo do país. “Nós estamos passando, sem dúvida, a situação mais crítica do Brasil dos últimos 100 anos. Esse golpe que estamos vivendo une o que de pior existe, porque conjumina a privatização econômica e de pensamento da sociedade e a venda do país” afirmou.

“É de fundamental importância a CNTE organizar esse debate e fazer uma análise da conjuntura atual e os reflexos disso na educação do Brasil, que é a política das mais importantes para o desenvolvimento do país, para a inclusão social e para garantir direitos”, disse Carmen Foro.

Para a professora Olgamir Amancia, o Brasil vive um momento gravíssimo e de profunda instabilidade do ponto de vista da retirada dos direitos conquistados pelos trabalhadores. “É necessário nos posicionar e reafirmar que a Educação é um direito e não uma mercadoria”.

O Coordenador do Fórum Nacional de Educação (FNE) e Secretário de Assuntos Educacionais da CNTE, Heleno Araújo, convocou todos os trabalhadores em educação para participarem de uma grande mobilização, organizada pela Frente Brasil Popular, amanhã (10), às 17h, na frente do Museu Nacional, em Brasília.

Confira mais fotos do evento na página da CNTE no Facebook

Fonte: Portal da CNTE 

terça-feira, 7 de junho de 2016

Reajuste de Temer não beneficia a maioria dos servidores públicos

CUT defende e sempre defendeu reajuste aos servidores públicos



O governo ilegítimo de Michel Temer aprovou na última quinta-feira (01) os projetos de lei (PL´s) que trazem reajustes abaixo da inflação para a maioria dos servidores do Executivo. Entretanto, o que não ficou claro e nem foi divulgado na grande imprensa, é que a maioria desses projetos foi um acordo firmado entre servidores e o governo da presidenta Dilma Rousseff, em agosto de 2015. 

Os projetos estavam desde o ano passado à espera de aprovação na Câmara dos Deputados, e só não foram votados por conta do agravamento da crise política liderada pela oposição e pelo ex-presidente da casa, Eduardo Cunha (PMDB). Isso significa que os PL’s seguem para votação sem a necessidade de passar pelas comissões.

O secretário de Finanças da Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) e secretário-adjunto de Relações de Trabalho da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Pedro Armengol,  explica que, para agradar ministros e juízes, o presidente ilegítimo colocou no pacote esta demanda que já estava “equacionada” com a presidenta Dilma.
“Pegaram essa demanda que estava resolvida, que era um acordo com a maioria dos servidores do poder Executivo, inclusive o governo já tinha encaminhado e que não foi aprovado na Câmara por conta da crise política. Não houve nenhuma orientação do governo da presidenta Dilma para não aprovar esses projetos. Não teve essa orientação. Os projetos estavam lá, o governo não retirou”, afirma.

De modo geral, para a maioria do Executivo, os acordos preveem reajuste de 10,8% dividido em dois anos (ago/2016 e jan/2017) e mudanças na regra da média da gratificação para fins de aposentadoria que serão escalonadas em três etapas entre 2017 e 2019. Todos estão previstos em orçamento e seguem agora para o Senado onde a Condsef vai acompanhar  aprovação. 

De acordo com o dirigente, essa medida de Temer não tem nenhum benefício para a categoria. “A maioria não teve nenhuma recomposição das perdas inflacionárias que foram atingidos principalmente por esses cinco projetos que atinge um milhão de servidores. Esse aumento dos ministros de 16% não tem nada a ver com a maioria absoluta dos servidores”.


Armengol afirma ainda que não se pode generalizar e colocar nesse pacote todo o judiciário.“Temos que registrar os servidores do judiciário, exceto juizes e ministros, estavam há oito anos sem recomposição inflacionária. Então, não podemos “crucificar” como estão fazendo com os servidores do Judiciário. ​

4º Seminário Internacional o Mundo dos Trabalhadores e seus Arquivos tem sete palestrantes estrangeiros

Encontro discutirá documentos que compõe mundo do trabalho.


O 4º Seminário Internacional o Mundo dos Trabalhadores e seus Arquivos, que começa nesta quarta-feira (8/6) e vai até sexta-feira (10/6), em São Paulo, contará com a presença de sete palestrantes estrangeiros. Os convidados, que vêm da Espanha, Chile, Paraguai, Guatemala e Argentina, vão contribuir com suas experiências relacionadas ao tema central do evento neste ano: "Memória, Verdade, Justiça e Reparação".

“São discussões interessantíssimas para todos que atuam nos âmbitos dos arquivos e direitos humanos”, destaca Antonio Jose Marques, coordenador do Centro de Documentação e Memória Sindical (CEDOC) da CUT. “Também queremos, com isso, mostrar que os trabalhadores devem organizar e manter os seus arquivos, preservar a sua memória e a sua história”, acrescenta.

Dos sete convidados internacionais, dois da Espanha. A conferência de abertura será feita pelo arquivista Ramon Alberch Fugueras, professor da Universidade Autônoma de Barcelona e especialista em arquivos, memória e direitos humanos. O objetivo, segundo Marques, é mostrar que a existência de arquivos organizados e acessíveis permite gerar políticas de reparação para as vítimas dos regimes repressivos.

“Esta apresentação dará ênfase à necessidade de se elaborar políticas públicas para os arquivos dos direitos humanos e como o Estado deve potencializar instituições de memória”, explica. Por fim, adianta Marques, Fugueras fará uma reflexão sobre a legislação de arquivos e direitos humanos. “É necessário superar políticas governamentais que levam ao esquecimento e a impunidade”, ressalta Marques.

Rubén Vega Garcia é historiador e professor da Universidade de Oviedo. Foi diretor da entidade responsável pelos arquivos históricos da Comisiones Obreras, central sindical espanhola, na região de Asturias, Espanha. Ele abordará a ditadura de Franco (1939-1975), um regime estreitamente ligado aos interesses das oligarquias industrial, financeira e dos grandes proprietários de terras, e contra os interesses dos trabalhadores. Mostrará que na Espanha, a repressão atingiu principalmente as organizações dos trabalhadores, que foram a maioria dos presos, torturados e mortos.

Os outros cinco convidados internacionais são da América Latina e trarão experiências sobre a recuperação de arquivos, constituição de instituições de arquivos e memória, as experiências das Comissões da Verdade em seus países e o papel dos empresários no apoio as ditaduras.

María Luisa Ortiz Rojas, do Museu da Memória e dos Direitos Humanos do Chile, abordará como foi tratada as Comissões da Verdade em seu país e o tema arquivístico. Também fará uma reflexão sobre o acesso aos arquivos no processo de memória, verdade, justiça e reparação e participação do público.

Rosa Palau, do Centro de Documentação e Arquivo para a Defesa dos Direitos Humanos, abordará a ditadura no Paraguai e o chamado “Arquivos do Terror”. Segundo Marques, esses arquivos do terror provam as atrocidades e o controle do governo sobre a população, além de evidenciaram as políticas de cooperação entre as ditaduras do Cone Sul na repressão aos trabalhadores, e que ficou conhecida como “Operação Condor”.

Velia Muralles é arquivista do Arquivo Histórico da Polícia Nacional da Guatemala, país que passou por conflito e ditaduras (1960-1996), onde morreram mais de 200 mil pessoas. O Arquivo da Polícia Nacional, encontrado de modo fortuito, destaca Marques, comprova a participação do Estado na repressão e morte dos trabalhadores e da população em geral. “Agora, esses arquivos, organizados e acessíveis, trazem informações fundamentais para o exercício de direitos individuais e coletivos, principalmente a justiça e para recuperar a dignidade das vítimas, seu familiares e do povo da Guatemala”, detalha o coordenador do CEDOC.

Por fim, o seminário contará com a participação de duas especialistas argentinas. Valéria Barbuto é diretora da Associação Memória Aberta, uma ação coordenada de entidade de direitos humanos. “O seu trabalho mostrará como o patrimônio documental é fundamental para a memória das lutas e resistência dos trabalhadores”, avalia Marques, destacando a necessidade de aprofundar ações de memória e direitos humanos com a participação de sindicatos, associações de trabalhadores.

Victoria Basualdo é uma historiadora internacionalmente reconhecida e que se dedica a pesquisar a ditadura argentina e a participação das empresas no apoio ao regime. Entre outras discussões ela mostrará o resultado de uma importante investigação sobre a responsabilidade empresarial em crimes de violações de direitos humanos e de repressão aos trabalhadores, uma discussão que começa a ser feita no Brasil.

Resumos das palestras e das comunicações

A Comissão Organizadora do 4º Seminário Internacional o Mundo dos Trabalhadores e seus Arquivos divulgou os resumos das conferências, palestras e das comunicações. No caderno de resumos das conferências e palestras constam 19 trabalhos que serão apresentados no seminário. O caderno de resumos das sessões de comunicações é formado por 40 trabalhos e está dividido em quatro sessões temáticas. 

Professores contam como estupro é debatido em sala de aula

 “Se você não tem um profissional de educação com uma cabeça bem trabalhada para essas questões, que tipo de educação vai passar para essas crianças?”. Souza.



O estupro coletivo ocorrido no Rio de Janeiro contra uma adolescente de 16 anos, em 21 de maio, reacendeu a discussão sobre a violência sexual contra a mulher. Temas como gênero, machismo e questões culturais e comportamentais da sociedade foram levados para as salas de aula.

O G1 ouviu oito professores, de português, história e biologia, para saber o que eles pensam a respeito e como trabalham essas questões nas escolas.

A mulher na literatura

Flávia Aparecida da Silva leciona língua portuguesa no ensino estadual e municipal de Itumbiara, no interior de Goiás. Ela acredita que são iniciativas individuais dos professores que podem suscitar reflexões e debates sobre a cultura do estupro em sala de aula. “Quando o assunto surge, não vejo como perda de tempo. É uma discussão social, ética, moral. A escola precisa abraçar essas questões, sim. Piadas sexistas, por exemplo, já motivam uma conversa”, diz. “Minhas alunas se interessaram pelo que ocorreu no Rio de Janeiro. Elas têm de 15 a 17 anos, vivem em uma cidade em que casos como esse são abafados”, diz.

Quanto ao conteúdo da disciplina, Flávia analisa com seus alunos obras da literatura brasileira para entender a forma como a mulher é vista em diferentes épocas. “Já discuti com eles sobre as personagens de José de Alencar, em Senhora, Diva e Lucíola, mostro qual o papel delas no século XIX e comparo com nossos tempos atuais”, diz.




























Trote feminista

Larissa Vieira, professora de biologia de uma escola estadual na zona oeste de São Paulo, já fez intervenções em sala de aula depois de vivenciar casos de assédio. “Meninos comentaram comigo do meu corpo. E devem ter feito o mesmo com outras alunas. Parei a aula, fiz a discussão sobre o fato de a mulher poder usar a roupa que ela quiser e ser respeitada”, conta. No Dia da Mulher, a escola organizou um “trote feminista”: meninas levaram cartazes em que pediam para ser respeitadas. “Aproveitamos esse material para discutir o assunto, várias meninas se abriram”, completa.

Comentários feitos durante as aulas também motivam o debate sobre o respeito à mulher. Larissa já ouviu frases como “respeita porque ela tem namorado” ou “respeita porque ela é professora”. “Intervi e falei: é ‘respeita porque é mulher”, diz. Nesta semana, ela estava dando aula sobre reprodução sexuada. Um dos alunos comentou: “é a menina do Rio?”. “Expliquei que o caso está sendo investigado, que a menina estava desacordada”, conta. Para relacionar à biologia, Larissa irá abordar os temas de castração química, natureza do homem e produção de testosterona, para desmistificar questões como “homem não se aguenta”.

Liberdade, Igualdade e Fraternidade

A professora de história Lícia Mascarenhas afirma sempre relacionar as questões de gênero com a disciplina em suas aulas na turma do 2º ano do ensino médio do Colégio Estadual Maria Pereira das Neves, em Niterói (RJ), e do 8º ano do Colégio Municipal Irene Barbosa Ornellas, em São Gonçalo (RJ). Ela usa como motivação datas como o Dia Internacional da Mulher e o Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças para retomar personagens históricas, exibir filmes e realizar debates entre os alunos.

Partindo do gancho da Revolução Francesa, que tem o lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, Lícia retomou o debate após a notícia do estupro coletivo. “Peguei o lema como exemplo. Questionei até onde vai a liberdade das pessoas, se existe igualdade de gênero, falei sobre a cultura do estupro da qual os alunos nunca tinham ouvido falar”.

Segundo Lícia, a melhor forma de debater com os alunos é deixar eles exporem seus pensamentos e depois discuti-los. “O momento trouxe à tona a discussão. Os alunos ficam mobilizados. Mesmo no caso dos alunos que têm visões em que acreditam que a menina se colocou naquela situação, o fato de discutir já é importante. É importante demais que isso seja feito através de filmes, perguntas, textos, da maneira que for”.

'Papo controverso'

Miguel Malheiros é professor de história do 2º ciclo do ensino fundamental, na escola municipal Professor Souza Carneiro, no bairro Penha Circular, no Rio de Janeiro. Ele conta que havia planejado a aula para abordar a Segunda Guerra Mundial e a crise econômica, mas mudou os planos. “Tive uma conversa sobre gênero. A intenção é comprar a briga contra a campanha que existe de culpabilizar a vítima. O crime de estupro é o único em que a sociedade discute que ocorreu porque a vítima mereceu. Este pensamento é um retrocesso”, afirma.

“A vontade de nós, homens, que somos aliados na luta contra machismo, é de pedir desculpas pelo o que aconteceu. É possível e necessário levar essa discussão para a escola. Além de professores, somos educadores”, completa.

A escola funciona em tempo integral e uma das atividades extracurriculares oferecidas é uma aula chamada “Papo controverso”, em que se discutem questões sobre gênero, machismo, xenofobia e homofobia. Houve tanta procura pelo módulo que a escola vai oferecê-lo também no próximo semestre.

Aborto e senso crítico

O tema é discutido também nas aulas de biologia. O professor Fernando Cologneze Pinheiro, do Colégio Objetivo, em São Paulo, estabelece relação entre o conteúdo da disciplina e temas atuais. “Sempre que termino de ensinar embriologia, discuto a questão do aborto com os alunos. E isso esbarra no feminismo, que acho importante”, conta.

Fernando também reforça aos estudantes que é preciso ter senso crítico para debater. “Não existe o ‘sim, porque sim’, ‘não, porque não’. Quero que eles busquem argumentos. Não é para usarem a biologia como forma de justificar comportamentos machistas”, diz.

Sobre especificamente o tema do aborto, o professor prepara um projeto para abordar o assunto com os alunos. Por enquanto, procura mostrar a eles a importância da empatia. “Me assusta que jovens em idade escolar justifiquem o que aconteceu no Rio de Janeiro. Trabalho com o ‘imagina se fosse você, se olhassem suas fotos no Facebook e fizessem um julgamento’”, relata.

Além da biologia

O professor Mário Sérgio Souza dá aulas de biologia no Colégio Estadual Júlia Kubitschek, no Rio de Janeiro, que trabalha com a formação de professores de creche, pré-escola e classes até o 5º ano.

No primeiro dia de aula, propõe um “levantamento de concepções prévias” a seus alunos recém-saídos do ensino fundamental para descobrir o que pensam sobre determinadas questões, como violência de gênero e aborto. “A partir do levantamento, trabalho questões específicas. A questão do machismo pode ser mais forte em uma turma, a identidade de gênero pode aparecer com mais frequência em outra”, diz.

Segundo ele, relacionar os assuntos com a disciplina não é complicado. “A biologia é a própria vida. O ser vivo envolve uma série de questões sociais, psicológicas, que vão além da biologia tradicional. Trabalho o currículo oficial e também a formação humanística”, afirma.

Para Souza, é fundamental entrelaçar os temas com a disciplina, uma vez que ele trabalha com pessoas que lidarão com crianças mais tarde. “Se você não tem um profissional de educação com uma cabeça bem trabalhada para essas questões, que tipo de educação vai passar para essas crianças?”.

Biografias das funcionárias da escola

Em Iturama, interior de Minas Gerais, a professora Cristiane Machado também ensina língua portuguesa e desenvolve um projeto sobre o empoderamento feminino: Mulheres que Brilham. Os alunos escreveram minibiografias de todas as funcionárias mulheres da Escola Estadual M. S. de Lourdes. “Eles descreveram a importância de todas, da moça da portaria até a diretora”, conta. No encerramento do ano passado, Cristiane organizou um sarau, com música e poesia relacionadas à mulher antiga e contemporânea.

“Em uma cidade de 40 mil habitantes, cresci ouvindo que mulher não podia sair porque ia ficar falada. Que homens é que precisariam ‘pegar’ todas. A escola está tentando discutir isso, mas também precisamos de uma mudança nas famílias ”, conta.

Apresentação de “Carta Negra” encerra Seminário



SEMINÁRIO NACIONAL DE COMBATE AO RACISMO

JÁ FALEI 10.639 VEZES QUE O RACISMO É CRIME!

CARTA NEGRA


O Seminário de Combate ao Racismo da CNTE foi encerrado, no sábado (4), com uma plenária na qual foi apresentada a “Carta Negra”. O documento que foi aprovado pelos trabalhadores e trabalhadoras em educação, presentes no evento, afirma que eles irão permanecer em marcha pelo bem viver, pela democracia, pela igualdade racial, pela vida da juventude negra, pelo estado laico, pela liberdade religiosa, por uma educação antirracista, antissexista, antiLGBTfóbica, antimachista e pela superação das desigualdades.
Também foram realizadas oficinas simultâneas, para apresentar estratégias e ferramentas de combate ao racismo por meio da educação. Entre os temas estavam “Comunicação e expressão/diálogo antirracista: como fazer?”; “Literatura: contar e cantar histórias pra vencer o racismo”; “Da menina bonita do laço de fita às Tranças de Bintou” e “Instrumentos Musicais: uma nova leitura pra combater os preconceitos na escola”.
Para o professor em Educação de Jovens e Adultos da Rede Municipal de Ensino de Goiânia, Delmo da Silva, que ministrou a Oficina sobre instrumentos musicais, “usar a música como uma forma de liberdade de expressão e como uma visão de mundo é uma ótima ferramenta de combate ao racismo, dentro das escolas”.

“Eu acredito que a arte é a salvação de tudo e usar a música e a contagem de histórias como recursos no ambiente escolar é fundamental para mexer com a cabeça dos alunos e fazer com eles revejam seus próprios conceitos, ressaltou a professora pós-graduada em Arte, Madu Costa, que foi palestrante da oficina “Literatura: contar e cantar histórias para vencer o racismo.

A minuta com as sugestões apresentadas foi lida e aprovada pelos participantes. Agora o documento final será encaminhado à CNTE.




quinta-feira, 2 de junho de 2016

DESINCOMPATIBILIZAÇÃO

“Trazemos no corpo
O mel do suor
Trazemos nos olhos
A dança da vida
Trazemos na luta, a Morte vencida
No peito marcado trazemos o Amor”
(D. Pedro Casaldáliga, Pedro Tierra / Milton Nascimento, “Missa dos Quilombos”)








BOM DIA, COMPANHEIRAS E COMPANHEIROS DA EDUCAÇÃO!!!


A Professora Jovita Lima Silva dos Santos, Diretora da APLB Sindicato Delegacia Costa Sul - Eunápolis/BA, comunica à todos os Filiados desta entidade que, a partir de hoje, 02 de junho de 2016, está se desincompatibilizando( Se afastando ) do seu Cargo de Diretora desta Delegacia por um período de quatro(04) meses, assumindo portanto, o seu Vice-diretor o Sr. Egnaldo Alves Correia.

Jovita Lima Silva dos Santos, 
Diretora Licenciada