“A implementação da meta 19 do PNE, que diz respeito a toda a população brasileira e não somente aos trabalhadores em educação, está em risco e sob ataque do governo interino, por isso a importância de estarmos reunidos aqui hoje”. Roberto Leão - CNTE
Nos dias 9 e 10 de junho, o Conselho Nacional de entidades (CNE) da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) se reúne no Hotel Nacional, em Brasília, para debater, entre outros assuntos, “Gestão Democrática da Educação: Desafios na regulamentação da meta 19 do Plano Nacional de Educação (PNE). A meta diz que deve-se assegurar condições para esta gestão democrática no prazo de dois anos, a partir da aprovação do Plano, que ocorreu em junho de 2014.
O Presidente da CNTE, Roberto Leão, ressaltou que o evento não é apenas coorporativo, mas trata de assuntos que interessa a toda a sociedade. “A implementação da meta 19 do PNE, que diz respeito a toda a população brasileira e não somente aos trabalhadores em educação, está em risco e sob ataque do governo interino, por isso a importância de estarmos reunidos aqui hoje”.
Com a presença de 40 entidades filiadas, a mesa de debates da manhã foi aberta pela doutora em Educação e professora da Universidade de Brasília (UnB), Catarina de Almeida.
"O desafio de se implementar a meta 19 é na verdade o de se implementar todas as outras metas, porque não é possível falar em gestão democrática sem falar em qualidade da educação, combate ao preconceito racial e religioso, debate de gênero, condições de trabalho, salário e carreira", afirmou Almeida.
No período da tarde, os participantes puderam discutir a “Conjuntura Política e Educacional”. A mesa foi apresentada pela vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carmen Foro, pelo professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Gaudêncio Frigotto e pela professora da Universidade de Brasília (UnB), Olgamir Amancia.
Segundo Frigotto, a reunião está ocorrendo num momento decisivo do país. “Nós estamos passando, sem dúvida, a situação mais crítica do Brasil dos últimos 100 anos. Esse golpe que estamos vivendo une o que de pior existe, porque conjumina a privatização econômica e de pensamento da sociedade e a venda do país” afirmou.
“É de fundamental importância a CNTE organizar esse debate e fazer uma análise da conjuntura atual e os reflexos disso na educação do Brasil, que é a política das mais importantes para o desenvolvimento do país, para a inclusão social e para garantir direitos”, disse Carmen Foro.
Para a professora Olgamir Amancia, o Brasil vive um momento gravíssimo e de profunda instabilidade do ponto de vista da retirada dos direitos conquistados pelos trabalhadores. “É necessário nos posicionar e reafirmar que a Educação é um direito e não uma mercadoria”.
O Coordenador do Fórum Nacional de Educação (FNE) e Secretário de Assuntos Educacionais da CNTE, Heleno Araújo, convocou todos os trabalhadores em educação para participarem de uma grande mobilização, organizada pela Frente Brasil Popular, amanhã (10), às 17h, na frente do Museu Nacional, em Brasília.
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Fonte: Portal da CNTE
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