Lá se vão 64 anos desde aquela noite de 24 de abril de 1952, quando onze educadores assinaram a ata de sessão da fundação da Associação dos Professores Licenciados do Brasil – Secção da Bahia (APLB-BA).
A APLB percorreu os anos 50 com suas reivindicações, dificuldades várias, devido à falta de sede própria, mas manteve-se firme. Vieram os anos 60 e a entidade não se dobrou à ditadura militar instalada no país em 1964. Nos anos 70, as manifestações e lutas se intensificaram. Nos anos 80 a entidade toma novo impulso, há uma grande renovação de quadros que, juntos aos antigos e bravos militantes, dão uma verdadeira injeção de ânimo no sindicato, principalmente em 88 e 89 após a promulgação da Constituição Federal. É nesse contexto que os professores discutem nova formação estrutural para transformar a associação em sindicato, o que ocorreu em 1989. A sigla APLB foi mantida como marca e pela tradição, acompanhada de Sindicato dos Trabalhadores em Educação.
Dos anos 90 aos dias atuais as conquistas foram muitas e estão pontuadas nos boletins impressos, nas redes sociais e no site do sindicato. O processo de desenvolvimento da estrutura da APLB é razão direta das ações e conquistas efetivas da categoria no percurso de sua História, em que se vinculam intimamente as reivindicações econômicas, as questões pedagógicas e as formas de organização.
A APLB-Sindicato deu mostras recentemente, com o abalo sofrido por nossa democracia – devido a tentativa injusta de tirar do poder a primeira mulher presidente do Brasil – que está na luta tanto por uma educação pública, gratuita e de excelente qualidade, quanto por um país livre, sem golpes e com respeito ao Estado de Direito. São 64 anos de luta para evitar a repetição de 64 dos anos de chumbo.
Quem se esquece do tenebroso 64? Hoje, o Brasil ainda sofre consequências dos desmandos e dos equívocos que uma ditadura promove. E a que golpeou nosso país causou muitos males. Numa ditadura a corrupção só aumenta, pois não existem os controles que a sociedade civil faz, que outros órgãos dentro da estrutura do Estado pode fazer. A APLB-Sindicato mantém-se na luta pela democracia, lembrando Voltaire “eu discordo do que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo”.
Fonte: Portal da APLB SALVADOR
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