sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Base Nacional Comum Curricular deve ter a cara do Brasil, diz dirigente da CTB

 “A CTB acredita que a base é muito importante, mas não aceita a criação do texto por uma comissão especial, distante do movimento dos educadores” Marilene Betros



Após criar uma comissão especial com 116 integrantes, de 35 universidades, o Ministério da Educação (MEC) divulgou em setembro passado a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e agora anuncia a plataforma basenacionalcomum.mec.gov.br para as pessoas enviarem suas contribuições ao texto preliminar.

A consulta pública do MEC possibilita às pessoas efetuarem cadastro e criarem login para enviarem suas sugestões. Saiba como enviar sua contribuição aqui. Participe enviando sugestões até o dia 15 de março.

Marilene Betros, dirigente da CTB, entende ser muito importante a criação dessa base nacional, mas critica a forma como foram encaminhadas as discussões. “A CTB acredita que a base é muito importante, mas não aceita a criação do texto por uma comissão especial, distante do movimento dos educadores”, reclama.

Ela acha interessante a divulgação do site para a participação dos interessados. Mas rebate a criação de parâmetros curriculares nacionais por um grupo pequeno “sem a ampla participação de estudantes, trabalhadores da educação e da sociedade civil organizada”.

A professora Ailma Maria de Oliveira, presidenta da CTB-GO acredita ser "fundamental conclamar a participação da sociedade no que intetessa à formação dos estudantes e melhorias estruturais e pedagógicas para a formulação de um sistema nacional de educação capaz de fomentar uma educação pública de qualidade".

Para ela, o canal aberto para a participação popuplar na formulação da BNCC "precisa ser melhor divulgado".

A presidenta da União Brasileira de Estudantes Secundaristas, Camila Lanes, defende uma base curricular que “transforme a educação e dessa forma acabe com a grande evasão escolar, que “infelizmente cresce a cada ano no país”.

Para ela, a educação precisa “ser mais humana, ter formação crítica dos estudantes. Não apenas uma formação para o mercado de trabalho ou para o vestibular”.

Além da discussão pública pelo site criado pelo MEC, a base será debatida em todas as unidades da federação. Após os debates, o texto final será enviado para apreciação do Conselho Nacional de Educação.

“Nós vivemos num país continental, por isso, precisamos discutir com muita serenidade”, diz Marilene. Para ela, “é muito importante a criação de uma base que respeite a diversidade nacional”.

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