terça-feira, 16 de junho de 2015

APLB marca presença no encontro dos Coordenadores Nacionais do Projeto DST/Aids


Belo Horizonte/MG recebeu, entre os dias 08 e 10 de junho, mais um encontro do coletivo DST/AIDS da CNTE. Este é o sétimo ano que o grupo de trabalho se reúne e a principal pauta do encontro, além de continuar capacitando os coordenadores, é analisar o cenário atual da epidemia e construir estratégias de sensibilização para o 1º de dezembro, que é o Dia Mundial da Luta contra a Aids. Estivaram representando a APLB-Sindicato as diretoras Valdice Edington e Gercyjalda Rosa da Silva.

Enquanto no Brasil a doença tem uma leve tendência de queda, entre os jovens de 15 a 24 anos, o número de casos está aumentando. Em sete anos, o crescimento foi de 40% nessa faixa etária, que tem mais parceiros, se protege menos e não tem noção clara do perigo da doença.

Convidada para orientar os trabalhos, Maria Adrião, consultora do UNICEF, utilizou uma dinâmica de diálogo, para expor o cenário nacional da Aids, atrelado aos direitos sexuais e reprodutivos de jovens, incluindo aqueles vivendo com HIV/Aids.

Com algumas oficinas propostas na série de fascículos Adolescentes e Jovens para a Educação entre Pares do SPE, o grupo respondeu a algumas provocações, visando aprofundar o conhecimento sobre os temas presentes em toda a sociedade, e que muitas vezes são tratados de maneira equivocada ou com preconceitos, na perspectiva de adolescentes e jovens.

“Temos que combater o pouco reconhecimento de direitos sexuais e reprodutivos dos adolescentes e jovens que, muitas vezes, têm acesso às informações de forma inadequada, além de enfrentarem barreiras no acesso aos insumos de prevenção e aos serviços de saúde”, enfatiza a consultora.

A professora Fátima Silva, secretária de Relações Internacionais da CNTE e Coordenadora desse coletivo, apresentou as artes criadas para serem trabalhadas ao longo deste ano em todas as ações de sensibilização e mobilização. Ao todo são cinco peças de comunicação (banner, camiseta, cartaz, faixa e folder) que vão contribuir para uma melhor visibilidade e abordagem do tema junto ao público alvo.

Os coordenadores tiveram uma sessão de cinema, com exibição do filme “E a banda continua a tocar”. Dirigido por Roger Spottiswoode, o filme retrata os primeiros anos da AIDS nos Estados Unidos, desde uma doença desconhecida, até a identificação do vírus HIV, e proporcionou momentos de reflexão para finalizar a programação do primeiro dia do encontro.

O segundo dia (9/6) de encontro do coletivo DST/AIDS da CNTE foi dedicado a aplicação das três oficinas que os coordenadores trabalharam em grupo na segunda-feira (8/6). Em sua saudação, a Secretária Geral da CNTE, professora Marta Vanellli, ressaltou o papel de vanguarda que os sindicatos têm assumido na construção de políticas públicas para enfrentamento às DST/Aids. “A CNTE sempre tem se posicionado nessa temática, tanto que nos empenhamos para dar abrangência nacional ao Projeto DST/Aids e para transformar políticas de governo em políticas de Estado. Ganhamos muita capilaridade através da atuação de nossos sindicatos e assim levantamos a bandeira da prevenção, conscientização e de luta contra todo tipo de preconceito no nosso País”, avaliou.

De forma lúdica e participativa, o coletivo tratou o tema do combate às DST/Aids abordando sexualidade e saúde reprodutiva, as relações de gênero e a diversidade sexual. A metodologia aplicada pela coordenadora dos trabalhos, Maria Adrião, propiciou o exercício de como fazer a discussão dessas temáticas nas escolas e mesmo nos sindicatos. “Não podemos perder de vista o marco dos Direitos Humanos. Temos que considerar todos os recortes sociais para fazermos um combate eficaz a essa epidemia, pois não somos seres meramente biológicos, e a construção do que é gênero passa pelo nosso mundo social e histórico”, lembrou.

A reunião em Belo Horizonte contou com a participação das diretoras da CNTE Fátima Silva, Marta Vanelli, Marilda de Abreu Araújo, Lirani Maria Franco, Iêda Leal de Souza e Isis Tavares Neves. E estão representadas dezessete (17) entidades afiliadas: SINTEAL/AL, APLB/BA, APEOC/CE, SINPRO/DF, SINTEGO/GO, SINPROESEMMA/MA, SIND-UTE/MG, SINTEP/MT, SINTEPE/PE, SINPROJA/PE, SINDIUPES/ES, SINTE/PI, APP/PR, SINTERO/RO, AFUSE/SP, APEOESP/SP e SINTET/TO.

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