terça-feira, 17 de outubro de 2017

Educadores debatem Projeto DST/Aids da CNTE


“Mesmo ainda precisando melhorar, o SUS representa avanços e é referência ao buscar tratar o indivíduo e as famílias na perspectiva da integralidade”, destaca a educadora.

Nos dias 16 e 17 de outubro, representantes de 21 sindicatos afiliados da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação/CNTE se reúnem em Brasília para discutir os novos rumos do Projeto DST/Aids, promovido pela instituição e que há onze anos mobiliza a categoria acerca do tema. Este ano, o grupo reflete e define estratégias sobre a ampliação do foco de trabalho para a defesa da saúde pública, e se organiza para a mobilização do 1º dezembro, Dia Mundial de Combate à Aids. O conceito "Aids: perigo à vista – Além da camisinha, chegou a hora de lutar pelo direito à saúde", permeará o material de divulgação e a cartilha, lançada durante o evento na capital do país.

“O encontro proporciona a reflexão sobre os anos de realização do projeto e traz a formação sobre o Sistema Único de Saúde. Planejaremos o trabalho em defesa da saúde pública e da manutenção dos programas de DST e demais iniciativas do SUS”, lembra Fátima Silva, secretária geral da CNTE. Na visão da educadora, o projeto é fundamental diante do cenário político atual, com viés conservador na abordagem das questões de gênero, saúde e prevenção, na escola e no currículo, e com o retrocesso das políticas públicas.

A iniciativa da CNTE fortalece, segundo Fátima, o incentivo ao protagonismo dos sindicatos na discussão das políticas, na formação dos professores sobre a temática e na participação ativa na mobilização do 1º de dezembro. Dentre os desafios, estariam os recursos financeiros, o tempo dedicado às formações e a compreensão de que, nas questões de saúde, é imprescindível o envolvimento de toda a sociedade.

Dentro da programação do encontro, além da retrospectiva da caminhada dos participantes no Projeto DST/Aids da CNTE, os coordenadores dialogaram com Estela Scandola sobre o funcionamento do SUS e do programa federal de DST/Aids. “Mesmo ainda precisando melhorar, o SUS representa avanços e é referência ao buscar tratar o indivíduo e as famílias na perspectiva da integralidade”, destaca a educadora.

Outro ponto de pauta da reunião, na tarde do dia 17, será a apresentação e análise da cartilha voltada à sensibilização de educadores e estudantes para o Dia Mundial de Combate à Aids. A publicação, elaborada pela CNTE, também produzida em formato de CD, traz informações sobre o Sistema Único de Saúde, a transmissão, prevenção, testagem e tratamento do HIV/Aids, bem como dados sobre a epidemia no país, doenças sexualmente transmissíveis, informações sobre direitos sexuais e o papel da escola, e o HIV/Aids na luta sindical.

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