domingo, 23 de julho de 2017

Política educacional e igualdade de gênero marcam encontro da IEAL na Guatemala


“Nós mulheres devemos ter a mesma responsabilidade em casa do que os homens, a mesma oportunidade de trabalhar que os homens, ganhar o mesmo salário que os homens e devemos poder participar e tomar decisões no sindicato da mesma forma que os homens”, explicou Fátima Silva.

Representantes do Comitê e Escritório Regionais da Internacional da Educação para a América Latina (IEAL) realizaram reunião, na segunda quinzena de julho, com dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação da Guatemala (STEG) para revisar aspectos da política pública educativa da região e a rota a seguir a partir do contexto sócio-histórico latino-americano atual.

Estiveram no encontro, Fátima Silva, secretária geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e vice-presidente do Comitê Regional da IEAL; Combertty Rodríguez, coordenador do Escritório Regional; Joviel Acevedo, presidente do STEG, Gabriela Sancho, coordenadora da IEAL, além de integrantes da estrutura da STEG.

Os participantes analisaram a conjuntura histórica guatemalteca e abordaram as problemáticas relacionadas aos poucos investimentos e à privatização na educação e refletiram acerca dos baixos recursos em serviços básicos, como a saúde. Além disso, destacaram situações de perseguição a sindicatos. Como aspectos positivos, mencionaram a reivindicação da cultura dos povos indígenas, a capacidade sindical de interlocução nos diferentes governos e o trabalho dos integrantes do STEG.

Fátima Silva e Combertty Rodríguez, dentro da agenda, contextualizaram a situação política na América Latina. "Vimos a chegada dos governos populares democráticos, em diferentes países, e a reação dos setores conservadores e de direita. Como resultado, houve vários golpes de estado, alguns militares e outros por meios técnicos. Em geral, observamos o avanço, com muita força, desses setores, que chegaram ao poder para destruir as conquistas dos governos populares democráticos. A política social se debilitou e, se não fazemos movimentos para realizarmos nossas propostas como sindicato, seguirão se debilitando”, enfatizou a secretária geral da CNTE.

Construção da política de gênero 

A IEAL também realizou reunião com mulheres dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação da Guatemala para a formulação da Política de Igualdade da organização. O encontro foi na Cidade de Guatemala, no último dia 17.

O grupo trocou múltiplas experiências sobre desigualdade de gênero, vivenciadas na família, comunidade e trabalho, e as formas como foram superadas. O diálogo teve Gabriela Sancho como facilitadora e a participação de Combertty Rodríguez e Fátima Silva. As informações do debate subsidiarão a nova Política.

“Nós mulheres devemos ter a mesma responsabilidade em casa do que os homens, a mesma oportunidade de trabalhar que os homens, ganhar o mesmo salário que os homens e devemos poder participar e tomar decisões no sindicato da mesma forma que os homens”, explicou Fátima Silva.

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