terça-feira, 25 de abril de 2017

A APLB SINDICATO PROMOVE ATO ECUMÊNICO EM SALVADOR







 APLB promove Ato Ecumênico, na terça-feira (25)




Em luta contra as reformas da Previdência e trabalhista, a APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia vai promover um Ato Ecumênico em Defesa da Nação e dos Brasileiros, no próximo dia 25 de abril (terça-feira), às 9h, na Fundação João Fernandes (antigo Clube Cruz Vermelha), Largo do Campo Grande.

 O ato deverá reunir diversas denominações religiosas e movimentos sociais. A APLB acredita que o testemunho de fé ajudará a direcionar a luta em defesa do estado Democrático de Direito, dos direitos dos cidadãos e dos trabalhadores brasileiros. O encontro se pautará pela busca da justiça, da paz social e da dignidade humana.

A APLB-Sindicato entende que os direitos sociais constituem-se na garantia da dignidade do ser humano e cabe ao Estado proteger e garantir esses direitos estabelecidos na Constituição Federal, proporcionando aos brasileiros e brasileiras o exercício  da sua cidadania, por meio da educação, saúde, alimentação, trabalho, segurança,  moradia,  assistência social.  

“São direitos básicos, inalienáveis que estão sendo maldosamente retirados por um governo insensível aos reclamos do povo. Isso resultará na ampliação da condição de miséria para o nosso povo, o que trará graves consequências sociais”, destaca o professor Rui Oliveira, coordenador-geral da APLB.

A APLB SINDICATO COMEMORA 65 ANOS DE MUITAS LUTAS E HISTÓRIA


Moção de Aplauso à APLB




Publicado em Segunda, 24 Abril 2017 09:50

A APLB foi fundada em 24 de abril de 1952, motivada pela ideia desafiadora da formação de uma Associação que defendesse os interesses dos/as trabalhadores/as da educação, criando um espírito de classe. A APLB, a partir de então, foi se fortalecendo, lutando contra as adversidades, ampliando sua atuação, sobrevivendo por mais de seis décadas aos ataques da classe dominante, motivada pela defesa da luta dos/as educadores/as.

Acompanhou as mudanças sociais e políticas, se adequou às exigências da organização da classe trabalhadora, se articulou em todo o Estado da Bahia e em nível nacional, passou a ser uma entidade sindical forte, com atuação ampla e referenciada no espírito de classe.

Sua atuação, desde o princípio tem como objetivo a defesa, construção e fortalecimento da educação pública de qualidade, que oportunize uma cultura crítica da sociedade e enraíze a consciência de educandos e educadores com vistas a um país justo e igualitário.

Queremos, na comemoração de 65 anos de existência dessa combativa entidade, nos aliar à merecida festividade, com a certeza de que a APLB-Sindicato continuará sua luta intransigente em defesa dos/as educadores/as baianos e brasileiros, da educação pública de qualidade e da classe trabalhadora.

Parabéns, APLB-Sindicato!

Brasília, 24 de abril de 2017.
Diretoria Executiva

sexta-feira, 21 de abril de 2017

APLB SINDICATO EUNÁPOLIS PARABENIZA A PROFESSORA JOVITA LIMA



PARABÉNS, PROFESSORA JOVITA!!!

Eu sou aquela mulher
a quem o tempo muito ensinou.

Ensinou a amar a vida
e não desistir da luta,
recomeçar na derrota,
renunciar a palavras
e pensamentos negativos.
Acreditar nos valores humanos
e ser otimista. Cora Coralina










Hoje, 21 de abril, a APLB Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, em especial  a APLB Delegacia Costa Sul Eunápolis, está em festa. Pois a Diretora Sindical JOVITA LIMA, está completando mais um ano de vida e, consequentemente, mais um ano de LUTA em defesa dos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação. 

A Professora Jovita Lima, Mãe, Esposa, Avó, MULHER. Referência para os Movimentos Sociais do Extremo Sul da Bahia e para a APLB Sindicato. 


Que suas forças sejam renovadas a cada dia e a cada momento que novos desafios se apresentarem! Uma homenagem da APLB Sindicato Delegacia Costa Sul Eunápolis.
Por Ronaldo Oliveira

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Sindicatos internacionais apoiam Greve Geral do dia 28 de Abril


De igual maneira, as medidas apresentadas pelo governo na chamada “reforma da previdência social” conduzem a uma precarização sem limites da seguridade social, com prejuízos econômicos, sociais e humanos para a geração atual e futura de trabalhadores homens e mulheres.



Federações internacionais articulam ações de apoio às paralisações

Apreensivas com o que está ocorrendo com as legislações dos direitos trabalhistas e previdenciários no Brasil, as federações internacionais de trabalhadores da Construção e Madeira (ICM), metalúrgicos, químicos e têxtil (IndustriALL) e servidores públicos (ISP) estão articulando em suas entidades de base, manifestações e ações de apoio à Greve Geral do dia 28 de Abril no Brasil.

“Nesse dia, os sindicatos da ICM estarão entregando cartas de protesto nas Embaixadas do Brasil em vários países, em conjunto com os sindicatos afiliados à Internacional de Serviços Públicos (ISP) e IndustriALL Global Union, outras federações sindicais internacionais mobilizadas em apoio aos trabalhadores brasileiros”, informa o representante da ICM para América Latina e Caribe, Nilton Freitas.

No lugar das reformas, defende a ICM, seria mais adequado que o governo estivesse buscando os meios para retomar as milhares de obras paralisadas em todo o país, cujos investimentos altíssimos já realizados estão se deteriorando. “Enquanto isso, cerca de 13 milhões de pessoas perderam seu emprego e a arrecadação pública, evidentemente, despenca, reduzindo a capacidade fiscal do Estado em prejuízo da segurança pública, da saúde, da educação”, destaca o secretário-geral da ICM, Ambet Yuson.

Confira baixo a nota da ICM:

Brasil: solidariedade internacional à Greve Geral 28 de abril 

A Internacional de Trabalhadores da Construção e da Madeira (ICM) vem acompanhando com muita apreensão as iniciativas legislativas promovidas pelo governo brasileiro no âmbito da previdência social e das relações de trabalho.

Causa especial preocupação, a aprovação em caráter de urgência pela maioria parlamentar do governo na Câmara, de proposta legislativa que regulamenta a subcontratação de mão de obra e serviços (a chamada “terceirização”), de forma totalmente irrestrita e sem a garantia de direitos para os trabalhadores empregados nas chamadas atividades-fim da empresa.

De igual maneira, as medidas apresentadas pelo governo na chamada “reforma da previdência social” conduzem a uma precarização sem limites da seguridade social, com prejuízos econômicos, sociais e humanos para a geração atual e futura de trabalhadores homens e mulheres.

Não bastassem essas medidas depreciativas da proteção social e trabalhista, o governo do Senhor Michel Temer ataca frontalmente as organizações sindicais de trabalhadores ao propor uma “reforma” trabalhista que levará ao enfraquecimento dos sindicatos e da negociação coletiva no Brasil, resultando em redução de salários, benefícios e direitos no médio e longo prazo.

Tudo ao contrário daqueles compromissos assumidos pelo Estado brasileiro junto ao sistema das Nações Unidas, de promover a redução da pobreza e a melhoria das condições de vida e de trabalho dos seus cidadãos.

O atual governo, aparentemente dirigido pelos interesses do “mercado”, age contra o seu povo e, em especial, contra a classe trabalhadora. Em razão disso, a ICM está convocando a todos os seus afiliados na América Latina e Caribe para ações de solidariedade com a GREVE GERAL NACIONAL que as entidades sindicais brasileiras planejam realizar no próximo dia 28 de Abril – Dia Internacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças no Trabalho -, em defesa de suas condições de trabalho e de vida e contra a terceirização irrestrita e precarizadora.

No dia 28 de abril, os sindicatos da ICM estarão entregando cartas de protesto nas Embaixadas do Brasil em vários países, em conjunto com os sindicatos afiliados à Internacional de Serviços Públicos (ISP) e industriALL Global Union, outras federações sindicais internacionais mobilizadas em apoio aos trabalhadores brasileiros.

De acordo com o Secretário Geral da ICM Ambet Yuson “os sindicatos têm um papel central em reclamar por humanidade no mundo do trabalho. Os trabalhadores estão colocados de frente com governos e empregadores que facilitam, colaboram e até mesmo implementam violações dos direitos humanos e trabalhistas. Seria mais adequado que o governo estivesse buscando os meios para retomar as milhares de obras paralisadas em todo o país, cujos investimentos altíssimos já realizados estão se deteriorando. Enquanto isso, cerca de 13 milhões de pessoas perderam seu emprego e a arrecadação pública, evidentemente, despenca, reduzindo a capacidade fiscal do Estado em prejuízo da segurança pública, da saúde, da educação”.

“Por isso” – continua Yuson -, “os afiliados no Brasil aprovaram no começo do ano a Campanha Emprego Já – Queremos trabalhar, pela retomada das obras paralisadas e do Programa Minha Casa Minha Vida”. E também já alertavam que estavam sob ataque. Mas, os trabalhadores brasileiros não estão sós: em toda parte do mundo, a grande família da ICM estará se levantando em seu apoio e solidariedade no próximo 28 de abril.

Todo apoio à greve geral do dia 28 de abril de 2017! Solidariedade Internacional já! Contra a precarização! Contra a redução de direitos previdenciários! Contra o enfraquecimento dos sindicatos e da negociação coletiva! A ICM é luta e solidariedade.


Para presidente da CTB, urgência na votação revela medo do governo diante da Greve Geral


"Se eles pensam que esse ataque vai amortecer as mobilizações populares, estão muito enganados”, declarou o dirigente.


CINTHIA RIBAS CRIADO: 20 ABRIL 2017

Na última quarta-feira (19) foi aprovado o regime de urgência do substitutivo ao projeto de lei da reforma trabalhista. Com o novo cenário, o texto poderá ser votado dia 25 na Comissão Especial.

Para Adilson Araújo, presidente nacional da CTB, a urgência da votação se deve ao medo da base aliada do governo diante da Greve Geral que promete paralisar o país no dia 28 de abril. "Se eles pensam que esse ataque vai amortecer as mobilizações populares, estão muito enganados”, declarou o dirigente.

“O povo brasileiro vai se levantar, com muito mais força e determinação e realizar a maior Greve Geral da história deste país. Ocuparemos Brasília e trabalharemos diuturnamente para denunciar, um a um, os responsáveis pela destruição dos empregos e dos direitos trabalhistas, previdenciários e sociais dos trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou Adilson.

Prova desta afirmação é a crescente adesão de inúmeras categorias à greve geral do dia 28 de abril contra as reformas trabalhistas, da Previdência e Terceirização ilimitada. 


Confira a agenda do Abril de Lutas:

25/04 Terça-feira

06h - Manifestação no Aeroporto de Brasília

10h - Manifestação na Câmara dos Deputados - Votação da Reforma Trabalhista

26/04 - Quarta-feira

09h - Vigília na Câmara dos Deputados

28/04 - Greve Geral

01/05 - Manifestações em todo brasil

02/05 - Ocupa Brasília - Concentração em Brasília com acampamento e manifestações permanentes no Congresso Nacional contra a subtração de direitos e a precarização do trabalho e contra o desmonte da Previdência Pública.

Placar da Previdência

Outra ferramenta de pressão utilizada pelas Centrais é o Placar da Previdência. Criado por jornalistas, ativistas digitais e hackers em conjunto com entidades do movimento social e sindical, o site visa denunciar os parlamentares que são favoráveis à reforma da Previdência.

A população poderá se informar pelo site e enviar mensagens por e-mail e para redes sociais reivindicando a rejeição da proposta de reforma.


Clique AQUI para acessar o Placar da Previdência.



Fonte: Portal CTB com agências

terça-feira, 18 de abril de 2017

“Temer não vai ser só o algoz dos policiais ou dos professores, será o algoz de toda a população brasileira”. Beatriz.


CNTE participa de debate sobre a reforma da Previdência no Senado



Publicado em Terça, 18 Abril 2017 12:53
beatriz senado

Na manhã desta terça-feira (18), a secretária de Organização da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e coordenadora geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTEMG) – entidade filiada à CNTE –, Beatriz da Silva Cerqueira, participou de audiência pública no Senado Federal. A ocasião tratou de debater as reformas previdenciária e trabalhista e os impactos para policiais e professores.

Aplaudida em diversos momentos de sua fala, Beatriz iniciou sua explanação ao afirmar: “Temer não vai ser só o algoz dos policiais ou dos professores, será o algoz de toda a população brasileira”. A partir disso, ela continuou com a contextualização dessa reforma, que, como disse, “destruirá a nossa profissão. Será uma profissão cada vez mais de passagem”. Segundo Beatriz, enquanto a democracia não for restabelecida no país, os cidadãos continuarão a enfrentar reformas, projetos de leis e propostas de emendas à Constituição com a retirada de direitos dos brasileiros.

Em toda a sua fala, a secretária da CNTE enfatizou que não há uma disputa de categorias com esse desmonte proposto pelo atual governo. “Se cada um olhar só para a sua categoria, todos nós perderemos e teremos um Estado que vai olhar menos para o cidadão e mais para o sistema financeiro. Nós disputamos qual será o estado brasileiro para as próximas décadas, para os nossos filhos e netos. Nós só derrotaremos essa reforma enquanto estivermos juntos”, ressaltou.

Beatriz Cerqueira apontou que não há legitimidade nessas propostas de mudanças. “Este Congresso não foi eleito para ser constituinte, não foi eleito par rasgar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ou para revisar a Constituição Federal. Dever-se-ia, então, estabelecer uma Assembleia Constituinte para fazer uma nova Constituição. O povo não outorgou legitimidade para essas reformas”, enalteceu.

Outro ponto frisado pela professora é o engodo de que o presidente Michel Temer se utiliza ao falar de generosidade e regalias de determinadas categorias para terem seus direitos retirados ou cerceados com a PEC 287. Segundo Beatriz, não há quaisquer privilégios para professores, policiais ou trabalhadores rurais no atual texto constitucional. “O governo mente à população ao dizer que combate privilegiados. Eu, professora, não sou privilegiada. Apenas é preciso trabalhar de forma desigual os desiguais, e isso não configura qualquer privilégio. A nossa posição, inclusive, não é sair da reforma porque essa reforma é ruim para todo mundo. Nós reivindicamos que essa reforma não seja aprovada, porque, caso seja, meus alunos, minha mãe, toda a população será prejudicada. Nós queremos a retirada, a rejeição dessa PEC 287”, concluiu.

Para Beatriz, essa reforma significa 49 anos de sala de aula para chegar à aposentadoria integral. “É a destruição da nossa profissão porque ninguém tem condições de ficar quase cinco décadas em uma sala de aula para ter as condições ideais para se aposentar. Por isso, iniciamos uma greve nacional da educação em 15 de março e esperamos que, no dia 28 de abril, tenhamos a maior greve geral da história recente do nosso país. Essa é a linguagem que esse governo compreende, a das ruas. Nós temos um recado: se votar [a favor da reforma da Previdência], não volta. Nós gastaremos toda a nossa energia, vida, saliva e saúde para contar a cada cidadão o que o deputado votou, pois ele estará votando contra a população brasileira. Nós faremos a aposentadoria compulsória desses parlametares”, resumiu.

Em seguida, foi a vez do secretário de Assuntos Jurídicos e Legislativos da CNTE e diretor de Políticas Sociais do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (SinproDF), entidade também filiada à CNTE, Gabriel Magno Pereira Cruz. Ele endossou toda a fala da Beatriz Cerqueira e apontou que a escola talvez seja o espaço da sociedade que mais enfrentará as consequências da aprovação da reforma da Previdência: “Além dos professores, temos, nas salas de aula, o filho do pedreiro, do médico, do produtor rural. Vamos conviver com os impactos das reformas todos os dias e anos”.

A audiência foi a 14ª reunião extraordinária da Comissão Permanente de Direitos Humanos e Legislação Participativa e foi presidida pelo senador Paulo Paim. A ocasião contou com a participação de economista, assessor institucional da Polícia Civil do Distrito Federal e representantes da Polícia Rodoviária Federal e da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), além da presença das senadoras Fátima Bezerra e Regina Sousa, ambas também professoras.

A Comissão da Reforma da Previdência (PEC 287/16) transferiu para esta quarta-feira (19) a apresentação do parecer do relator, deputado Arthur Oliveira Maia. O presidente da comissão, deputado Carlos Marun, participou na manhã desta terça-feira (18) de um café da manhã no Palácio da Alvorada com o presidente Michel Temer, ministros de Estado e deputados da base aliada do governo.

APLB SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA - 65 ANOS DE LUTA: ESTE É O MEU SINDICATO.


 Lá se vão 64 anos desde aquela noite em que onze educadores assinaram a ata de sessão da fundação da Associação dos Professores Licenciados do Brasil – Secção da Bahia (APLB-BA).




Nossa História
A História da APLB-Sindicato

Lá se vão 64 anos desde aquela noite em que onze educadores assinaram a ata de sessão da fundação da Associação dos Professores Licenciados do Brasil – Secção da Bahia (APLB-BA). Graças ao livro (Movimento dos Professores da Rede Pública na Bahia -1952-1989), de autoria de Nilda Moreira Santos, Professora Mestra da Universidade Católica do Salvador (UCSal) feito como trabalho de Mestrado, é que tomamos conhecimento dos feitos da entidade e dos principais passos de sua fundação.


Desde a década de 1940 fomentava-se no País a ideia de criação de associações em defesa do monopólio do ensino secundário para os licenciados, informa Ramakrishna Bagavan dos Santos, professor de matemática formado na primeira turma da Faculdade de Filosofia em 1945 (de acordo com o trabalho de dissertação de Mestrado de André Luís Mattedi Dias “Profissionalização dos Professores de Matemática na Bahia: as Contribuições de Isaías Alves e de Martha Dantas”).

Ramakrishna era o grande articulador dessa ideia na Bahia. E naquela quinta-feira, 24 de abril de 1952, que ficaria marcada para sempre, ele colocaria seu nome de deus do panteão hindu na ata de fundação da APLB.

“Nessa época eu, Raimundo Mata e Acácio Ferreira criamos a Associação dos Professores Licenciados, a APLB”, afirma.

No mesmo trabalho de dissertação de André Mattedi, Ramakrishna lembra de momentos memoráveis da novíssima entidade. “Uma certa vez, quando o governo nomeou 40 professores não licenciados, Raimundo Mata publicou uma página inteira no Diário de Notícias analisando a posição do governo”. Sem dúvida, principalmente para a época em que isso era realmente novidade, a atitude foi desafiadora.
Mais ousada ainda foi a expansão da ideia de Ramakrishna. Ele percorreu boa parte do Brasil com o objetivo de criar outras entidades de professores. “Eu era o presidente da Associação nessa época e tinha ido a São Paulo manter contatos no sentido de criar outras APLB em outros estados, de forma que nós pudéssemos formar uma força nacional”.

Estatuto

Os objetivos definidos na ata de fundação inspiraram o primeiro estatuto da entidade, elaborado em 26 de abril de 1957, registrado no Cartório de Títulos, sob protocolo n° 27296, registro n° 1417, Livro 19-A e publicado no Diário Oficial do Estado em 1959, quando da sua reorganização:

“Sociedade civil com sede em Salvador, capital do estado da Bahia, que se destina: a) criar o espírito de classe entre os licenciados por Faculdade de Filosofia; b) pugnar pelos mais elevados ideais da cultura e progresso; c) lutar pelos direitos e regalias que são facultados aos licenciados por Faculdades de Filosofia; d) ser órgão representativo, judicial e extrajudicialmente de todos os licenciados por Faculdade de Filosofia a ela filiados”.

Esses objetivos, definidos pela Associação, estavam fundamentalmente vinculados aos objetivos da Faculdade de Filosofia criada na década de 30. O Decreto-Lei n° 1190 de abril de 1939, determinava, no seu Capítulo VIII – Das Regalias Conferidas aos Diplomados, que a partir de janeiro de 1943 os colégios deveriam iniciar a admissão dos professores qualificados por aquela instituição de ensino superior.

Havia uma relação umbilical entre a Associação e o Diretório Acadêmico de Filosofia. As raízes da organização da categoria se confundem com o movimento dos formandos da primeira turma de Licenciatura em Filosofia, gerando o fato da própria fundação da APLB – Secção Bahia.

Entidades nacionais

Sobre a formação de entidades nacionais, Ramakrishna explica: “A coisa foi muito mal orientada no começo. Da mesma forma, um decreto de 1939 criava a Faculdade Nacional de Filosofia, abrindo margem para serem criadas em outros estados. Na Bahia só foi criada em 43. E diziam que a partir de 1º de dezembro de 43 só poderiam ser professores os formados na Faculdade de Filosofia. Mas no governo de Getúlio Vargas não foi feito isso com as faculdades de Filosofia. Teve a de São Paulo, teve a do Rio de Janeiro, mas não houve estímulo para a criação nos outros estados. Ao mesmo tempo, a Lei exigia que a partir de 1º de janeiro de 1943 os professores fossem formados pelas faculdades. O número de professores formados não satisfazia às necessidades em determinadas áreas, mas em outras sobravam. Sobravam professores de letras, de pedagogia, de psicologia, numa quantidade que não dava para o mercado absorver. Então vieram as lutas, em 47-48, começamos as lutas, em 52 criamos a APLB. Mas depois os próprios licenciados tiveram que ceder, deixando de ser uma associação de licenciados para se tornar uma associação de professores. Um campo mais abrangente, porque tinham que lutar pelo salário e não podiam pensar num salário específico para quem era licenciado e outro para quem não era”.

O professor Ramakrishna Bagavan dos Santos e o professor Antonio Pimenta, secretário do Diretório Acadêmico de Filosofia, tinham ideias e ideais semelhantes, o que facilitava a ocupação física do mesmo espaço para a APLB e o diretório.

“Ramakrishna (que você pode conhecer mais na página eletrônica http://www.yasni.com.br/i-am?name=Ramakrishna+Bagavan+dos+Santos&wpci) se utilizava muito das dependências do Diretório para fazer o movimento, porque ele não tinha uma sede própria. Ele ia lá para o diretório e utilizava as máquinas de datilografia e o mimeógrafo para fazer a expedição dos documentos da entidade recém-criada”, explica Antonio Pimenta.

Décadas de luta

A APLB percorreu os anos 50 com suas reivindicações, dificuldades várias, devido à falta de sede própria, mas manteve-se firme. Vieram os anos 60 e a entidade não se dobrou à ditadura militar. As lutas prosseguiram e são vários os fatos relatados no livro da professora Nilda Moreira Santos. Em 08 de agosto de 1967, por exemplo, o Jornal da Bahia estampou em manchete que “Professores defenderão na Assembléia Legislativa emendas à reforma da Educação”.

Nos anos 70, as manifestações e lutas se intensificaram. Em 16 de junho de 1978, Sérgio Guerra, então presidente da entidade, entrevistado pelo Jornal da Bahia dizia: “Se até o próximo dia 15, quinta-feira, não houver uma resposta objetiva e positiva do governo, em relação às reivindicações da classe, fica decretada uma greve geral até a solução do problema”.

Nos anos 80 a entidade toma novo impulso, há uma grande renovação de quadros que, juntos aos antigos e bravos militantes, dão uma verdadeira injeção de ânimo no sindicato, principalmente em 88 e 89 após a promulgação da Constituição Federal. É nesse contexto que os professores discutem nova formação estrutural para transformar a associação em sindicato.

As transformações em nível nacional

Voltemos outra vez no tempo para entender as alterações dos anos 1990.

Em 1948 teve início a luta pela escola pública e gratuita, com o envio do primeiro projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) ao Congresso Nacional. Em 1959, já somavam 11 estados brasileiros com seus professores primários organizados em associações. No ano de 1960, em Recife, foi fundada a primeira Confederação: a CPPB – Confederação dos Professores Primários do Brasil.

Em 1979, a CPPB teve uma mudança substancial em seu estatuto, incorporando os professores secundários dos antigos ginásios, e passou a se chamar CPB – Confederação dos Professores do Brasil. Era uma ferramenta fundamental para a articulação do movimento em nível nacional.

No período de 1982 a 1988, a CPB consolidou-se como entidade federativa e como principal via de organização do sindicalismo docente, mesmo no período em que era proibida a sindicalização para o funcionalismo público.

Em 1990 a CPB passou a se chamar CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, em um congresso extraordinário cujo objetivo foi unificar várias federações setoriais da educação numa mesma entidade nacional. Com a unificação da luta dos Trabalhadores em Educação e o surgimento de novas regras de organização sindical, a CNTE ganha força com a filiação de 29 entidades e quase 700 sindicalizados em todo o país. Atualmente, a CNTE conta com 43 entidades filiadas e mais de um milhão de sindicalizados.

Associação – Sindicato

A APLB esteve presente em todas essas mudanças estatutárias e legais em nível nacional e promoveu sua própria transformação de associação em sindicato em 9 de junho de 1989. “Era uma necessidade histórica a entidade se transformar em sindicato. A transformação em sindicato, ela vem assim num rastro de esperança de que a institucionalização, com a democratização brasileira, as instituições de fato que a servissem fossem democratizadas. A gente pensava assim: ‘Puxa, sendo sindicato pode-se instalar dissídio na Justiça e mesmo que os governantes, politicamente, não negociem, mas a Justiça julgará e provavelmente obteremos vitórias na Justiça”, disse Maria José Lima, que foi secretária de Imprensa da entidade de 1981 a 1983, e presidente de 1985 a 1990.

Inicialmente, a ideia foi criar o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (Sinteba). Em 28 de maio de 1989, foi manchete no Jornal da Bahia: “Professores criam mais um sindicato: Sinteba”. E explicava em seu texto que o sindicato teria um funcionamento jurídico diferente da Associação (APLB) e que os professores poderiam requerer, através do sindicato, o dissídio coletivo na Justiça do Trabalho, após impasse nas negociações.

De acordo com Maria José Lima, desde abril daquele ano os associados já viviam a mudança do nome da APLB, com alterações no painel e camisetas prontas para divulgação da nova entidade. Existia em todos uma grande disposição para a mudança do nome, mas o debate era intenso quanto à nova grafia.

Os professores reagiram à retirada da sigla APLB. Muitos diziam “Sinteba não diz nada”, “Que nome feio!”, “Parece fórmula de remédio”. A reação foi forte, principalmente dos professores mais antigos.

A maioria entendeu que seria uma bobagem jogar fora uma sigla que já estava fortalecida há décadas, conhecida em todo o Estado não só pelos professores, como por toda a população.

Em meio a esse debate, surgem informações de que o governo estadual que brigava naquele momento acirradamente com a Associação, decidira não repassar os recursos para os filiados a partir da mudança do nome. A diretoria da APLB checou com outros Estados o que ocorrera em situações semelhantes e verificou que os problemas eram os mesmos da Bahia. Comprovou-se que em alguns lugares a alteração da sigla fazia com que o governo deixasse de repassar os descontos dos filiados à entidade.

Assim, cinco dias antes de fundar o sindicato, houve uma reunião e veio a decisão: manter a sigla APLB como marca, como nome fantasia e pela tradição, acompanhado de Sindicato dos Trabalhadores em Educação.

Houve muitas divergências internas. Os nervos estavam à flor da pele,  e o momento era de muitos conflitos com a secretária estadual da Educação, Mariaugusta Rosa Rocha. Visando amenizar a situação, o governador Waldir Pires a substituiu pelo professor Joir Brasileiro. A categoria ficou satisfeita tanto com a substituição na SEC quanto com a manutenção da sigla APLB no recém-criado sindicato.

Dos anos 90 aos dias atuais as conquistas foram inúmeras e algumas delas estão pontuadas nos artigos de dirigentes do sindicato que compõem essa publicação.

Livro

O livro Movimento dos Professores da Rede Pública na Bahia (1952-1989), de autoria da professora Nilda Moreira Santos (atualmente professora na UCSal), foi lançado em 1995 pela Editora BDA-Bahia Ltda. A obra foi o resultado da dissertação de Mestrado da autora na Universidade Federal da Bahia.

A autora do livro enfatiza que os processos de transformação da APLB em Sindicato evidenciam que a História do professorado baiano é uma História de luta. A História da Associação dos Professores Licenciados da Bahia é uma História de suas reivindicações. Todas as reivindicações do professorado exigem formas específicas de luta e de ação organizativa. O processo de desenvolvimento da estrutura da organização APLB é razão direta das ações e conquistas efetivas da categoria no percurso de sua História, em que se vinculam intimamente as reivindicações econômicas, as questões pedagógicas e as formas de organização.

O livro de 171 páginas ainda é encontrado no Sebo Brandão, localizado na Rua Ruy Barbosa, número 15, em Salvador.

Site: http://sebobrandaosalvador.livronauta.com.br

Endereços

Hoje, a APLB-Sindicato tem sua sede própria na Rua Francisco Ferraro, nº 45, no bairro Nazaré, em Salvador, ao lado da lateral do Colégio Central, Além da sede central em Salvador, o sindicato tem 417 núcleos, 79 delegacias sindicais e 18 regionais em todo o Estado da Bahia. Mas para chegar a essa conquista a entidade esteve provisoriamente em vários locais, dos quais vamos falar década por década.

Década de 50

Faculdade de Filosofia

Rua Juliano Moreira, nº 1 – Centro

Colégio Estadual da Bahia (Colégio Central)

Década de 60

Pavilhão Carneiro Ribeiro

Salão de Faculdade de Filosofia

ICEIA (Instituto Isaías Alves)

Colégio Duque de Caxias

Sala em Prédio da Câmara dos Deputados na Praça 2 de Julho (Campo Grande)

Sala em Prédio da Associação dos Funcionários Públicos na Rua Carlos Gomes, nº 40

Sala 516 do Edifício da Caixa Econômica Federal

Sala 501 do Edifício Castro Alves na Rua Carlos Gomes

1º andar em prédio na Ladeira de São Bento, nº 16

Década 70

1º andar em prédio na Ladeira de São Bento, nº 16

Rua Amparo do Tororó, nº 44

Sala 301 em prédio na Avenida Joana Angélica, nº 118

Sala nº 01, em prédio do 1º andar, no Campo da Pólvora

Sala 302 em prédio da Avenida Sete de Setembro, nº 777

Sala em Prédio da Associação dos Funcionários Públicos na Rua Carlos Gomes, nº 40

Década 80

Sala em Prédio da Associação dos Funcionários Públicos na Rua Carlos Gomes, nº 40

Sala 5 no Edifício Frei Apolônio, nº 02, Ladeira dos Barris, na Piedade

Rua Conselheiro Spínola, nº 28, nos Barris

Década 90

Sede própria: inaugurada em 5 de setembro de 1990 – Rua Francisco Ferraro, nº 45, bairro Nazaré, ao lado da lateral do Colégio Central.

Fonte : Portal da APLB

segunda-feira, 17 de abril de 2017

28 DE ABRIL – GREVE GERAL EM TODO O BRASIL

Paralisação Nacional em defesa da aposentadoria e contra a terceirização


Uma grande resposta a esse processo de retirada de direitos que o governo golpista quer fazer com os trabalhadores. Na sexta, 31 de março, foi um dia histórico quando conseguimos a unidade de todas as centrais sindicais pra fazer a Greve Geral que será no dia 28 de abril! A ideia é fazer um dia de Greve, de paralisação nacional, em todos os setores, pra obrigar o governo a retirar as propostas – tanto a Reforma da Previdência, quanto a Reforma Trabalhista, quanto a terceirização. E nenhum direito à menos!

A adesão dos trabalhadores em educação de todo o estado da Bahia é fundamental!

VAMOS CONSTRUIR A GREVE!

- Intensificar as reuniões e debates nas escolas para tratar da reforma da previdência, trabalhista e a terceirização irrestrita;

- Intensificar as panfletagens nos bairros, nos terminais de ônibus, ferroviário, metrô com bandeiraço, caminhadas, carro de som;

-  Circular carro de som em vários pontos da cidade convocando a população para a greve geral;
- Veiculação pela imprensa (Rádios, Jornais e Tvs), redes sociais, sites, boletins, cartas à população;
- Nas próximas eleições não vote nos parlamentares que apoiarem as reformas da previdência e trabalhista;

- Pressão sobre os parlamentares para que não votem na PEC 287/2016 ePL 6787/2016– Mensagens eletrônicas (e-mail, face, whatsApp), telefonemas, para os endereços dos deputados que pretendem votar a favor da reforma da previdência (ver relação dos Deputados Federais com os respectivos telefones e endereços eletrônicos);

-  Realizar debate sobre a reforma da previdência e trabalhista;

- Encontro Ecumênico com lideranças de diversas religiões.


  
 


Moção de solidariedade à professora Magda Lima de Carinhanha/BA, mais uma vítima de ataques racistas nas redes sociais


Abaixo o racismo!

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, entidade representativa de mais de 4,5 milhões de trabalhadores das escolas públicas brasileiras de nível básico, vem a público manifestar sua solidariedade à professora Magda Lima, de Carinhanha, no oeste da Bahia, mais uma vítima de crimes raciais nas redes sociais, resultante de preconceito de raça e de cor.

O registro de ocorrência de crimes raciais só cresce em todo o Brasil. No Distrito Federal, por exemplo, os crimes raciais tiveram um aumento de mais de 25% no ano de 2016 quando comparado ao ano de 2015. Em São Paulo, a Delegacia Especializada em Crimes Raciais e Delitos de Intolerância – DECRADI vê crescer, há mais de três anos, a representatividade dos crimes raciais nos inquéritos instaurados por essa delegacia.

E esses crimes ganham, nos tempos de hoje, cada vez mais terreno no anonimato das redes sociais e da Internet. A professora Magda Lima foi somente mais uma vítima que, entre outros tantos casos, teve a coragem de denunciar. Sabemos que esses crimes são absolutamente subnotificados no Brasil. Nem todos o denunciam, vítima ou não desse que é uma das mais horrendas facetas humanas.

Esse caso de Carinhanha/BA deu-se por meio da rede social Facebook e gerou enorme repercussão na região da cidade da vítima. O agressor, identificado nominalmente, não pode ficar impune diante desse crime que estarrece a todos e envergonha o Brasil, país que possui uma das maiores populações negras do mundo. Suas ofensas se dirigiram ao cabelo da vítima, em uma atitude absolutamente provinciana, mas, sobretudo, criminosa.

Não nos omitiremos diante de casos como esse, que devem ser punidos com o máximo rigor. A agressão a uma professora negra é uma agressão a todos! Toda solidariedade e apoio dos educadores brasileiros à professora Magda Lima! E que não nos calemos e tampouco nos omitamos em casos de violência dessa magnitude, em pleno século 21. Abaixo o racismo!

Brasília, 11 de abril de 2017
Diretoria Executiva da CNTE