quarta-feira, 27 de julho de 2016

31 de julho: CTB convoca todos às ruas em defesa da democracia


“[...]este é o momento de a população manifestar seu repúdio contra este governo ilegítimo e golpista que quer acabar com os direitos conquistados pela classe trabalhadora”( Rogério Nunes)


A Frente Povo Sem Medo, organização que reúne diversos movimentos sociais do país entre eles a CTB, sairá às ruas de todo o Brasil, no próximo dia 31 de julho em defesa da democracia.

Leia também: Frente Povo Sem Medo convoca mobilização nacional no dia 31 de julho

Os principais eixos para a manifestação são o repúdio ao governo golpista de Michel Temer, a convocação de um plebiscito (clique aqui e participe da enquete da Central) para saber se a população é a favor de novas eleições presidenciais e a defesa dos direitos sociais e trabalhistas.

“Por não ter sido eleito por ninguém e aparentemente não buscar reeleição, [Temer] coloca-se numa situação em que não precisa prestar contas à sociedade”, denuncia a convocatória da FPSM (leia a íntegra aqui). 

De acordo com o secretário de Políticas Sociais da CTB, Rogério Nunes, “este é o momento de a população manifestar seu repúdio contra este governo ilegítimo e golpista que quer acabar com os direitos conquistados pela classe trabalhadora”, expressou o sindicalista.
Várias cidades já confirmaram suas mobilizações entre elas: São Paulo, Goiânia, Recife, Fortaleza, Brasília, João Pessoa, Curitiba e Uberlândia. 

Em São Paulo, a mobilização será a partir das 14 horas no Largo Da Batata (Av. Brigadeiro Faria Lima, Pinheiros – próximo da estação Faria Lima do metrô). Confirme sua participação no evento do facebook 

Especialista avalia consequências da redução do financiamento da educação

O PERIGO REAL DA REDUÇÃO DOS INVESTIMENTOS PARA A EDUCAÇÃO PÚBLICA


Em entrevista, dada ao programa Agenda Econômica, da TV Senado, no dia 13/07, o doutor em Educação João Monlevade analisou o financiamento da educação e discutiu questões decorrentes da redução de recursos para o ensino superior,– mais de 20% de 2015 para cá. A situação põe em risco as metas para a formação universitária e programas como o ProUni e o Pronatec.

Acesse abaixo a entrevista completa.

Parte 1

Parte 2 

Fonte: Portal da CNTE

Seminário debate rumos do petróleo brasileiro e sua importância para o futuro da educação


" [...]intensificar o processo de luta em defesa da Petrobras e do petróleo brasileiro e do uso desse recurso para a educação", ressaltou Selene Michielin



Mais de 30 sindicatos, federações, confederações e movimentos sociais de diversos estados brasileiros, além de trabalhadores da energia e atingidos por barragens de alguns países da América Latina estiveram reunidos desde a manhã de hoje (21), para o II Seminário Nacional da Energia, Educação e Indústria no Brasil, em Santa Tereza, no Rio de Janeiro (RJ).
Organizado pela Plataforma Operária e Camponesa para a Energia, o seminário tem o objetivo de discutir junto às organizações de trabalhadores, os rumos do petróleo brasileiro e sua importância para o futuro da educação e da indústria, atualizando o debate sobre o atual modelo energético e buscar uma pauta comum que balize as ações para os próximos anos.
De acordo com a Secretária de Assuntos Municipais da CNTE, Selene Michielin, presente no evento, "o seminário tem uma importância muito grande, pois pretende intensificar o processo de luta em defesa da Petrobras e do petróleo brasileiro e do uso desse recurso para a educação", ressaltou.

O encontro segue até amanhã (22), com análises sobre a conjuntura e apontamentos de mobilizações unitárias para o próximo período.

Coletivo indígena da CNTE é instituído oficialmente



A reunião dos educadores indígenas da CNTE foi encerrada hoje (22), em Brasília, com uma conquista para esses profissionais, a instituição oficial do Coletivo Indígena da Confederação.

De acordo com a Secretária Executiva da CNTE, Claudir Magalhães, a criação do coletivo havia sido uma das sugestões dos profissionais da educação, no 1º Encontro Nacional de Educadores Indígenas, que aconteceu em São Paulo, 2015.

"O objetivo do coletivo é se reunir periodicamente para organizar e unificar a luta dos trabalhadores indígenas em todo o país, além de conhecer suas dificuldades e perspectivas, ressaltou Claudir.

Os participantes se reuniram, hoje último dia do evento, para discutir e propor sugestões para a melhoria da educação escolar indígena.

Entre as sugestões estão, possuir representações indígenas dentro dos coletivos dos sindicatos, realizar encontros municipais, estaduais e nacional, para envolver profissionais e lideranças indígenas visando levá-los a compreender o movimento sindical e realizar campanhas de filiação.
Para a Secretária Executiva da CNTE, Lirani Maria Franco, o balanço do evento foi muito positivo. "Houve um interesse e participação efetiva dos educadores, que só reforça a decisão da CNTE de se apropriar mais das questões indígenas", afirmou.

Confira mais fotos no evento na página da CNTE no Facebook.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

A APLB SINDICATO EUNÁPOLIS CONVOCA REPRESENTANTES DAS ESCOLAS PÚBLICAS MUNICIPAIS







CONVOCAÇÃO

APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, Delegacia Costa Sul, vem através de seu representante legal, CONVOCAR uma reunião com todas e todos os representantes das Escolas Municipais para uma reunião no dia 26 de julho de 2016, às 10 horas na sede da APLB Sindicato.

Pauta:

*Informações sobre a reunião com o prefeito;

*Reposição da Greve Nacional

*O que ocorrer.

Observação:

Atenção companheiros (as) representantes,nossa festa está se aproximando e contamos com a sua atuação para escolha do tema.Seguem duas sugestões: Havaianas e Fantasia, e a escola querendo, apresente uma terceira sugestão. Por favor, façam a enquete na escola e traga o tema vencedor para a reunião.

Atenciosamente,

Egnaldo Alves Correia
Diretor em Exercício

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Lei Maria da Penha entra na mira dos golpistas

Projeto em discussão no Senado prejudica integralidade no atendimento às mulheres vítimas de violência.

Às vésperas de completar 10 anos de implementação, a Leia Maria da Penha (11.340/2006) corre o risco de sofrer um retrocesso pelas mãos de parlamentares que apoiaram o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff e que agora miram direitos sociais e trabalhistas.

Após ser aprovado no dia 29 de junho na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, o PLC 7/2016 (Projeto de Lei da Câmara), que permite ao delegado de polícia conceder medidas protetivas de urgência a mulheres vítimas de violência doméstica, deve ser votado em breve no plenário da Casa.

O parecer favorável à alteração foi apresentado pelo relator do PLC, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), um dos parlamentares que apoiam o golpe.

O delegado poderá determinar a medida protetiva em caso de risco à vida ou integridade física e psicológica da mulher, com a responsabilidade de remeter a decisão ao juiz em até 24 horas para que possa analisar e tomar providências complementares como a prisão. Nesse processo, o Ministério Público também deverá ser consultado no mesmo prazo.

Caso de polícia

Com o argumento de aumentar a celeridade no atendimento às vítimas de violência, o PLC 7 incorre em dois erros: ignorar a consulta às mulheres para apontar qualquer alteração e transformar um problema estrutural em caso de polícia.

Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Junéia Batista, apontou que o senador tucano, como é de seu perfil, ignorou movimentos sociais na construção do relatório.

“Esse projeto não passou por debate e avaliação da sociedade civil, dos movimentos sociais, das organizações feministas e sequer foi discutido pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher. Não temos estrutura na área de segurança e essa medida coloca em risco o papel do Judiciário ao tirar das mãos do juiz a decisão. Por isso, a CUT é contra”, disse.

Retrocesso na integração – Para a Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres durante o governo da presidenta Dilma Rousseff, Eleonora Menicucci, o PL 7 atinge um dos principais avanços da Lei Maria da Penha, a integração de outras ações necessárias ao acolhimento.

“As delegacias passam a ter um super poder policial, retirando, mesmo que em casos de medidas protetivas de urgência, a atribuição da expedição dessas medidas do Poder Judiciário especializado. E se retira essa atribuição, mesmo que nos casos das medidas de urgência, sai de um consórcio de serviços destinados à acolhida”, criticou.

Eleonora explica que a Lei Maria da Penha é um avanço porque traz junto outras conquistas necessárias para que funcione integralmente. Caso do programa Mulher sem Violência, que abriga a Casa da Mulher Brasileira, destinada a integrar dentro do mesmo espaço físico outros serviços para as vítimas de violência.

O projeto surgiu porque os estados não cumpriam plenamente o papel de oferecer essa estrutura.

“O Programa Mulher Viver Sem Violência prevê a criação e integração de uma rede nos estados com delegacia, sistema Judiciário, unidades básicas de saúde, hospitais, Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), Cras (Centro de Referência de Assistência Social). Mas como vimos que a rede estava insuficiente, criamos a Casa da Mulher Brasileira, onde há tudo isso”, apontou.

Nesses espaços, a vítima de violência terá acesso ao Ministério Público, delegacias, defensorias, juizados especializados, atendimento psicossocial, serviço de emprego e renda, linhas de crédito para romper ciclo de violência com possibilidade de trabalho, alojamento de passagem, brinquedoteca para crianças que acompanham as mães e ainda patrulha Maria da Penha que busca, traz e faz monitoramento das mulheres que estão sob medida protetiva.

Trator de direitos

O PL 7 é um desdobramento do Projeto de Lei que originalmente tramitou na Câmara dos Deputados como PL 36/2015 e propunha aprimorar o atendimento às vítimas de violência com medidas como atendimento 24 horas nas delegacias. Na Comissão de Constituição e Justiça, porém, ele recebeu o acréscimo do artigo 12-B, que dá poder de juiz à atividade policial.

Advogada e cofundadora da Rede Feminista de Juristas Marina Ganzarolli acredita que, na prática, a medida o texto é uma forma de fazer uma ‘gambiarra’ para mascarar os gargalos referentes à aplicação da lei em estados como São Paulo, por coincidência, governado por um representante do mesmo partido do relator do PLC 7.

“Temos gargalos na aplicação da lei como a ausência de delegacias 24 horas especializadas no atendimento às mulheres, mas resolvemos isso repassando a responsabilidade para quem não está qualificado a atender. Não abordamos o real problema estrutural que é a polícia civil, que sequer está preparada para resolver os problemas do dia a dia, que tem apenas 53% do efetivo em atividade, 13 mil cargos vagos", falou.

A tendência é que o atendimento à vítima de violência seja ainda mais prejudicado. "Se nas delegacias de mulheres, que são preparadas para esse atendimento, há problemas, imagina na comum”, pontuou.


Leia também: Maria da Penha pede a senadores que adiem votação e debatam PL que altera Lei Maria da Penha

CUT lamenta com pesar o falecimento de Luiza Bairros, ex-ministra da Igualdade Racial





É com imenso pesar que recebemos a noticia da morte da companheira Luiza Helena Bairros. Esta é mais uma voz que se cala. A morte de Luiza deixa uma grande lacuna na luta brasileira em defesa de uma sociedade sem racismo.

Num país marcado pelas desigualdades sociais e pelo racismo, a vida, a luta e a militância de Luiza fizeram a diferença para o povo brasileiro e para aquelas e aqueles que acreditam que é possível construir uma nova sociedade sem racismo.

Luiza era Mestra em Ciências Sociais e Doutora em Sociologia. Foi  Secretaria da Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) de 2011 à 2014 no Governo Dilma Rousseff e uma grande lutadora na defesa dos direitos das negras e negros .

A Central Única dos Trabalhadores lamenta profundamente o falecimento da companheira Luiza Helena Bairros ocorrido nesta manhã de terça-feira (12) e presta sua solidariedade e condolências aos familiares, movimento negro e aos amigos.


Luiza Bairros, Presente!

Frente Nacional contra o projeto Escola Sem Partido é lançada no Rio de Janeiro




 “Defender a escola sem partido é defender a escola com apenas um partido. Partido daqueles que são contra uma educação laica. Somos a favor da pluralidade de ideias e a liberdade de expressão e pensamento”, diz Elson Simões de Paiva, da direção da CNTE



Nesta quarta-feira (13), ocorreu no auditório do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) o lançamento da Frente Nacional, contra o Projeto “Escola Sem Partido”, com a presença de mais de 300 estudantes e trabalhadores.

A Frente reúne diversas entidades dos movimentos sociais, sindicatos, associações, e organizações da sociedade civil, entre elas, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), União Nacional dos Estudantes (UNE), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (CONTEE), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que já estão em mobilização contra o PL 867/2015, do Deputado Izalci (PSDB-DF), também conhecido como “Lei da Mordaça”.

A atividade é a primeira ação da Frente Nacional, que começará a articular as lutas em âmbito nacional até que a “Lei da Mordaça” seja retirada da pauta do legislativo federal.
De acordo com o Elson Simões de Paiva, da direção da CNTE, que esteve no lançamento, o principal objetivo da Frente é se contrapor frontalmente à aprovação do projeto, que visa censurar e acabar com o debate crítico na sala de aula. “Defender a escola sem partido é defender a escola com apenas um partido. Partido daqueles que são contra uma educação laica. Somos a favor da pluralidade de ideias e a liberdade de expressão e pensamento”, diz.

A "Lei da Mordaça", que veta temas como sexualidade, religião e política nas escolas, vem sendo repudiada por educadores de todo o Brasil, que apontam a iniciativa parlamentar como uma tentativa de calar a voz e o pensamento crítico dos professores em sala de aula, instituindo o patrulhamento ideológico, o cerceamento ao livre exercício profissional dos trabalhadores em educação.

O professor que desobedecer a lei está sujeito a sanções e penalidades previstas no Código de Ética e no regime jurídico dos servidores públicos. A punição pode ser apenas uma advertência ou até a exoneração do servidor, dependendo do julgamento.

Atualmente, ao menos nove estados, incluindo Rio de Janeiro e São Paulo, além do Distrito Federal e de diversos municípios, discutem projetos de lei aos moldes do PL 867.

Alagoas foi o primeiro estado a adotar a tal política. O Projeto de Lei n.º 7.800/16, chamado de "Escola Livre", do deputado Ricardo Nezinho, do PMDB, foi promulgado e publicado no Diário Oficial do dia 10 de maio, deste ano.

Sob protestos, Ministro da Educação dá posse a novos conselheiros do CNE


 “Quem perde é a educação, pois estes conselheiros não defendem a educação pública", ressaltou Marta Vanelli


Após nomeações de conselheiros para o Conselho Nacional da Educação (CNE), feitas pela presidenta afastada Dilma Rousseff serem revogadas, o atual Ministro da Educação Mendonça Filho nomeou nesta segunda-feira (11), 12 conselheiros para o CNE, escolhidos pelo presidente interino Michel Temer.

A cerimônia foi marcada por protestos. Com cartazes, com a frase “Golpistas: pela posse dos legítimos conselheiros do CNE”, e gritando palavras de ordem como “esse conselho não me representa” e “golpistas”, profissionais da educação, que estavam dentro e fora do CNE, exigiam a volta dos antigos conselheiros e a saída do ministro Mendonça Filho.
De acordo com a Secretária Geral, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Marta Vanelli, presente no ato, a nomeação dos conselheiros ilegítimos é consequência de um governo golpista. “Quem perde é a educação, pois estes conselheiros não defendem a educação pública", ressaltou.

“A participação dos professores da rede pública no protesto foi muito importante para mostrar nossa indignação e cobrar um Conselho Nacional de Educação sem golpistas, afirmou o conselheiro do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), Claumir Bento Rufini.

Entre os conselheiros nomeados por Dilma, está a presidente da APEOESP, Maria Isabel de Azevedo Noronha, indicada pela CNTE.

Conselho

O CNE tem a função de formular e avaliar a política nacional de educação, zelar pela qualidade do ensino, velar pelo cumprimento da legislação educacional e assegurar a participação da sociedade no aprimoramento da educação brasileira. Cabe ao conselho emitir pareceres e decidir privativa e autonomamente sobre os assuntos que lhe são pertinentes. O CNE é composto por 24 membros.