“Quem perde é a educação, pois estes conselheiros não defendem a educação pública", ressaltou Marta Vanelli
Após nomeações de conselheiros para o Conselho Nacional da Educação (CNE), feitas pela presidenta afastada Dilma Rousseff serem revogadas, o atual Ministro da Educação Mendonça Filho nomeou nesta segunda-feira (11), 12 conselheiros para o CNE, escolhidos pelo presidente interino Michel Temer.
A cerimônia foi marcada por protestos. Com cartazes, com a frase “Golpistas: pela posse dos legítimos conselheiros do CNE”, e gritando palavras de ordem como “esse conselho não me representa” e “golpistas”, profissionais da educação, que estavam dentro e fora do CNE, exigiam a volta dos antigos conselheiros e a saída do ministro Mendonça Filho.
De acordo com a Secretária Geral, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Marta Vanelli, presente no ato, a nomeação dos conselheiros ilegítimos é consequência de um governo golpista. “Quem perde é a educação, pois estes conselheiros não defendem a educação pública", ressaltou.
“A participação dos professores da rede pública no protesto foi muito importante para mostrar nossa indignação e cobrar um Conselho Nacional de Educação sem golpistas, afirmou o conselheiro do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), Claumir Bento Rufini.
Entre os conselheiros nomeados por Dilma, está a presidente da APEOESP, Maria Isabel de Azevedo Noronha, indicada pela CNTE.
Conselho
O CNE tem a função de formular e avaliar a política nacional de educação, zelar pela qualidade do ensino, velar pelo cumprimento da legislação educacional e assegurar a participação da sociedade no aprimoramento da educação brasileira. Cabe ao conselho emitir pareceres e decidir privativa e autonomamente sobre os assuntos que lhe são pertinentes. O CNE é composto por 24 membros.
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