segunda-feira, 23 de novembro de 2015

MARCHA DAS MULHERES NEGRAS



Usando roupas e turbantes coloridos, ao ritmo de muita música e dança, cerca de 25 mil pessoas participaram  na quarta-feira (18/11), em Brasília, da 1ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, em um protesto contra o racismo e a violência. A vice-coordenadora da APLB-Sindicato e titular da Secretaria da Mulher Trabalhadora da CTB-Ba Marilene Betros e a diretora Educacional professora Clarice Pereira se juntaram ao movimento, que saiu do Ginásio Nilson Nelson em direção à Praça dos Três Poderes, exigindo do Poder Público políticas que promovam equidade racial e de gênero.

Educadores de todo o Brasil se uniram à luta das mulheres e incluíram na pauta de empoderamento o esforço em fazer valer a lei 10.639/03, que torna obrigatório o estudo sobre a cultura e história afro-brasileira e africana, garantindo educação pública de qualidade e antirracista para todos.
“É tarefa da Educação e compromisso dos trabalhadores em educação promover ferramentas de conscientização dos estudantes e da sociedade de que não devemos aceitar a discriminação de qualquer pessoa pela cor da sua pele. Para que o Brasil avance e se transforme num país melhor é preciso respeitar o povo negro”, pondera Marilene.
Violência

O último censo do IBGE aponta que as mulheres negras representam 25,5% da população brasileira, ou seja, 48,6 milhões de pessoas. De acordo com o Mapa da Violência, estudo feito pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), a pedido da ONU Mulheres e divulgado no início do mês de novembro, os casos de homicídio envolvendo mulheres negras cresceram 54,2% entre 2003 e 2013, passando de 1.864 para 2.875. No mesmo período, o número de ocorrências envolvendo mulheres brancas caiu 9,8% (de 1.747 para 1.576).

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