O que é HIV
HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
Biologia – HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune.
O que é aids
A aids é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como também é chamada, é causada pelo HIV. Como esse vírus ataca as células de defesa do nosso corpo, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado.
Há alguns anos, receber o diagnóstico de aids era uma sentença de morte. Mas, hoje em dia, é possível ser soropositivo e viver com qualidade de vida. Basta tomar os medicamentos indicados e seguir corretamente as recomendações médicas.
Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda fazer o teste sempre que passar por alguma situação de risco e usar sempre o preservativo.
História da aids
2013
Anúncio do "3 em 1", unindo as drogas Lamivudina, Tenofovir e Efavirenz em um único comprimido;
Política de tratamento como prevenção do HIV é adotada no país;
Início de um protocolo de tratamento, substituindo o consenso médico;
Nova logo do Departamento é lançada, incluindo a representação gráfica das hepatites virais;
Diretoria do Departamento é renovada e Fábio Mesquita assume como novo diretor;
O uso dos medicamentos antirretrovirais é indicado para qualquer fase da doença;
Teste rápido através do fluído oral é anunciado para venda em farmácia;
Organizações não governamentais são capacitadas para a aplicação do novo teste rápido através do fluído oral em populações chave.
2012
Ampliação do uso precoce de antirretrovirais CD4 igual ou menos que 350células/mm³.
Ministério da Saúde inclui a possibilidade de antecipação do início do tratamento entre parceiros sexuais fixos sorodiscordantes.
Telaprevir e Boceprevir são incluídos na lista de inibidores de protease para o tratamento de hepatite C.
Nevirapina é ministrada em recém-nascidos expostos ao HIV.
337 milhões de unidades de preservativos masculinos são distribuídos
O governo brasileiro renova por cinco anos a licença compulsória do Efavirenz
Brasil e governo de Moçambique inauguram a primeira fábrica de medicamentos antirretrovirais no país africano.
Ações de enfrentamento às hepatites virais têm verba específica.
2011
Casas de Apoio de atendimento a adultos com HIV/aids contarão com incentivo financeiro do governo federal destinado ao custeio das ações desenvolvidas com crianças e adolescentes.
Representantes do Programa Nacional de DST e Aids da Bolívia conhecem estratégia de comunicação e prevenção do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
Ocorre a Reunião de Alto Nível sobre Aids, em Nova Iorque (EUA), para avaliar avanços e obstáculos, na resposta global à epidemia de aids.
Governo brasileiro doará US$ 2 de cada passagem internacional para medicamentos de aids.
Campanha mundial Cabeleireiros contra Aids celebra 10 anos com ação solidária.
Frente Parlamentar Nacional em HIV/Aids e outras DST é relançada no Congresso Nacional com a participação de 192 deputados e senadores.
Brasil anuncia produção nacional de dois novos medicamentos para aids - atazanavir e raltegravir - por meio de Parcerias Público-Privadas e versão genérica do tenofovir, indicado para aids e hepatites.
Brasil e França celebram 10 anos em cooperação científica nas áreas de DST, aids e hepatites virai.
Crianças de 2 a 6 anos podem utilizar o medicamento de resgate Tipranavir.
Centros de Testagem e Aconselhamento das capitais do Brasil oferecem testes rápidos para hepatites B e C.
Brasil doa medicamentos retrovirais para gestantes soropositivas de Guiné Bissau.
Cooperação internacional Rede Laços Sul-Sul é responsável por 100% dos tratamentos com Estavudina, Lamivudina, Nevirapina e Zidovudina, no Paraguai.
Itroduçãi da PEP sexual é introduzida no SUS.
2010
Realizada a XVIII Conferência Internacional de Aids, em Viena - Áustria.
Dirceu Greco assume diretoria do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
Governos do Brasil e da África do Sul firmam parceria inédita para distribuir 30 mil camisinhas e fôlderes sobre prevenção da aids e outras DST durante a Copa do Mundo de Futebol.
Lançada a PCAP 2008 (Pesquisa sobre Comportamento, Atitudes e Práticas Relacionadas às DST e Aids da População Brasileira de 15 a 64 anos de idade). Saiba mais.
2 mil agências dos Correios promovem campanha inédita contra a aids.
Lançada a campanha de carnaval de combate à aids. É a primeira campanha com dois momentos: antes e durante, que estimula o uso da camisinha, e depois, que incentiva a testagem.
Aprovado o relatório brasileiro de “Metas e compromissos assumidos pelos estados-membros na Sessão Especial da Assembleia Geral das Nações Unidas em HIV/Aids (UNGASS)”, versão 2008-2009. Saiba mais.
Contratos para compra de antirretrovirais ficam R$ 118 milhões mais baratos.
Travestis preparam material educativo sobre identidade e respeito e lançam campanha de combate ao preconceito no serviço de saúde e na sociedade.
Realização do VIII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids, I Congresso Brasileiro de Prevenção das Hepatites Virais, IV Mostra Nacional da Saúde e Prevenção nas Escolas e da I Mostra Nacional do Programa Saúde na Escola (SPE), em Brasília (DF).
Desde o início da epidemia, são notificados 592.914 casos de aids no país.
São distribuídos 493 milhões de unidades de preservativo masculino no país.
2009
Ministério da Saúde bate recorde de distribuição de preservativos. Só em 2009, foram 465,2 milhões de unidades distribuídas em todo o país.
Programa Nacional de DST e Aids torna-se departamento da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e o Programa Nacional para a Prevenção e Controle das Hepatites Virais é integrado a ele.
Desde o início da epidemia, são notificados 544.846 casos de aids no país.
2008
Inauguração da primeira fábrica estatal de preservativos do Brasil e a primeira do mundo a utilizar látex de seringal nativo. A indústria encontra-se em Xapuri (AC).
Conclusão do processo de nacionalização de um teste que permite detectar a presença do HIV em apenas 15 minutos. Fiocruz pode fabricar o teste, ao custo de US$ 2,60 cada. Governo gastava US$ 5 por teste.
Brasil investe US$ 10 milhões na instalação de uma fábrica de medicamentos antirretrovirais em Moçambique.
Realização do VII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e Aids, em Florianópolis (SC).
Prêmio Nobel de Medicina é entregue aos franceses Françoise Barré-Sinoussi e Luc Montagnier pela descoberta do HIV, causador da aids. O alemão Harald zur Hausen também recebe o prêmio pela descoberta do HPV, vírus causador do câncer do colo de útero.
2007
O Programa Nacional de DST/AIDS institui Banco de Dados de violações dos direitos das pessoas portadoras do HIV.
Em janeiro, a Tailândia decide copiar o antirretroviral Kaletra e, em maio, o Brasil decreta o licenciamento compulsório do Efavirenz.
É assinado acordo para reduzir preço do antirretroviral Lopinavir/Ritonavir.
Em um ano, a UNITAID reduz preços de medicamentos antirretrovirais em até 50%.
Aumenta a sobrevida das pessoas com aids no Brasil.
Campanha do Dia Mundial de Luta contra a Aids, cujo tema são os jovens, é lançada no Cristo Redentor.
Os ministérios da Saúde e Educação e as Nações Unidas premiam máquinas de preservativos.
Brasil registra 474.273 casos de infecção pelo HIV até junho.
2006
O terceiro sábado de outubro é promulgado como o Dia Nacional de Combate à Sífilis.
Toronto recebe 20 mil pessoas para a 16ª Conferência Mundial sobre Aids, o maior evento sobre aids no mundo.
Dia Mundial de Luta contra a Aids teve sua campanha protagonizada por pessoas vivendo com aids.
À noite, em uma ação inédita, a inscrição da RNP+ “Eu me escondia para morrer, hoje me mostro para viver” foi projetada em raio laser nas duas torres do Congresso Nacional, que ficou às escuras, como forma de lembrar os mortos pela doença.
Brasil reduz em mais de 50% o número de casos de transmissão vertical, quando o HIV é passado da mãe para o filho, durante a gestação, o parto ou a amamentação.
Acordo reduz em 50% preço do antirretroviral Tenofovir, representando uma economia imediata de US$ 31,4 milhões por ano.
Registros de aids no Brasil ultrapassam 433.000.
2005
Makgatho Mandela (filho do ex-presidente Nelson Mandela) morre em consequência da aids, aos 54 anos.
O tema do Dia Mundial de Luta Contra a Aids no Brasil aborda o racismo como fator de vulnerabilidade para a população negra.
Até junho, são 371.827 registros de aids no Brasil.
2004
Morrem duas lideranças transexuais, a advogada e militante Janaína Dutra e a ativista Marcela Prado (ambas grandes colaboradoras do Programa Nacional de DST e Aids).
Lançamento do algoritmo brasileiro para testes de genotipagem.
Recife reúne quatro mil participantes em três congressos simultâneos: o V Congresso Brasileiro de Prevenção em DST/Aids, o V Congresso da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids e o I Congresso Brasileiro de Aids.
Já é de 362.364 o total de casos de aids até junho.
2003
Realização do II Fórum em HIV/Aids e DST da América Latina, em Havana, Cuba.
O Programa Nacional de DST/Aids recebe US$ 1 milhão da Fundação Bill & Melinda Gates como reconhecimento às ações de prevenção e assistência no país. Os recursos foram doados para ONGs que trabalham com portadores de HIV/Aids. O Programa é considerado por diversas agências de cooperação internacional como referência mundial.
Os registros de aids no Brasil são 310.310.
2002
O Fundo Global para o Combate a Aids, Tuberculose e Malária é criado para captar e distribuir recursos, utilizados por países em desenvolvimento para controlar as três doenças infecciosas que mais matam no mundo.
Um relatório realizado pelo Unaids, programa conjunto das Nações Unidas para a luta contra a aids, afirma que a aids vai matar 70 milhões de pessoas nos próximos 20 anos, a maior parte na África, a não ser que as nações ricas aumentem seus esforços para conter a doença.
A 14ª Conferência Internacional sobre aids é realizada em Barcelona.
O número de casos de aids notificados no país, desde 1980, é de 258.000.
2001
Implantação da Rede Nacional de Laboratórios para Genotipagem.
Brasil ameaça quebrar patentes e consegue negociar com a indústria farmacêutica internacional a redução no preço dos medicamentos para aids.
Organizações médicas e ativistas denunciam o alto preço dos remédios contra aids. Muitos laboratórios são obrigados a baixar o preço das drogas nos países do Terceiro Mundo.
O HIV Vaccine Trials Network (HVTN) planeja testes com vacina em vários países, entre eles o Brasil.
Em duas décadas (1980 - 2001), o total de casos de aids acumulados são de 220.000.
2000
A 13ª Conferência Internacional sobre Aids, em Durban, na África do Sul, denuncia ao mundo a mortandade na África. Dezessete milhões morreram de Aids no continente, sendo 3,7 milhões crianças. Estão contaminados 8,8% dos adultos. O Presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, escandaliza o mundo ao sugerir que o HIV não causa a aids.
Realização do I Fórum em HIV/Aids e DST da América Latina, no Rio de Janeiro.
A partir de acordo promovido pelas Nações Unidas, cinco grandes companhias farmacêuticas concordam em diminuir o preço dos remédios usados no tratamento da aids para os países em desenvolvimento.
No Brasil, aumenta a incidência em mulheres. Proporção nacional de casos de aids notificados é de uma mulher para cada dois homens.
1999
Número de medicamentos disponibilizados pelo Ministério da Saúde já são 15.
Mortalidade dos pacientes de aids cai 50% e qualidade de vida dos portadores do HIV melhora significativamente.
Estudos indicam que, quando o tratamento é abandonado, a infecção torna-se outra vez detectável.
Pacientes desenvolvem efeitos colaterais aos remédios.
Marylin, um chimpanzé fêmea, ajuda a confirmar que o SIV (simian immunodeficiency virus ou vírus da imunodeficiência dos símios) foi transmitido para seres humanos e sofreu mutações, transformando-se no HIV. Testes genéticos mostram que o HIV é bastante similar ao SIV, que infecta os chimpanzés, mas não os deixa doentes.
1998
Validação do algoritmo nacional para diagnóstico das DST no Brasil.
Ministério da Saúde recomenda a aplicação da abordagem sindrômica das DST para seu tratamento oportuno e consequente diminuição da incidência do HIV.
Rede pública de saúde disponibiliza, gratuitamente, onze medicamentos.
Lei define como obrigatória a cobertura de despesas hospitalares com aids pelos seguros-saúde privados (mas não assegura tratamento antirretroviral).
Pesquisas detectam o HIV em gânglios linfáticos, medula e partes do cérebro de muitos soropositivos que apresentam cargas virais indetectáveis pelos exame.
Cientistas registram a imagem da estrutura cristalina da proteína gp 120 do vírus da aids, usada por ele para entrar nas células do sistema imunológico atacadas pelo HIV.
Lançamento das campanhas “Sem Camisinha não Tem Carnaval” e "A Força da Mudança: com os jovens em campanha contra a aids”.
1997
Implantação da Rede Nacional de Laboratórios para o monitoramento de pacientes com HIV em terapia com antirretroviral, com a realização de exames de carga viral e contagem de células CD4 (células que fazem parte do sistema de defesa do organismo ou sistema imunológico).
Morre o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho. Hemofílico, contaminado por transfusão de sangue, defendia o tratamento digno dos doentes de aids.
Já são 22.593 casos de aids no Brasil.
1996
Programa Nacional de DST e Aids lança o primeiro consenso em terapia antirretroviral (regulamentação da prescrição de medicações para combater o HIV).
Lei fixa o direito ao recebimento de medicação gratuita para tratamento da aids.
Disponibilização do AZT venoso na rede pública.
Queda das taxas de mortalidade por aids, diferenciada por regiões. Percebe-se que a infecção aumenta entre as mulheres, dirige-se para os municípios do interior dos estados brasileiros e aumenta significativamente na população de baixa escolaridade e baixa renda.
Casos da doença no Brasil somam 22.343.
1995
Até esse ano, a assistência medicamentosa era precária, contando somente com AZT (zidovudina), Videx e dideoxicitidina.
Uma nova classe de drogas contra o HIV, os inibidores de protease (dificultam a multiplicação do HIV no organismo), é aprovada nos EUA.
Zerti e Epivir, outros inibidores de transcriptase reversa, são lançados, aumentando as escolhas de tratamento.
Estudos revelam que a combinação de drogas reduz a progressão da infecção, mas o custo do tratamento é de US$ 10 mil a US$ 15 mil por ano.
Pesquisa demonstra que o tratamento precoce das DST, com consequente redução no tempo de evolução das doenças e de suas complicações, faz com que o risco de transmissão e aquisição do HIV diminuam. Com isso, a incidência do HIV reduz em 42%.
Os números de casos no Brasil já somam 19.980.
1994
Acordo com o Banco Mundial dá impulso às ações de controle e prevenção às DST e à aids previstas pelo Ministério da Saúde.
Estudos mostram que o uso do AZT ajuda a prevenir a transmissão do HIV de mãe para filho durante a gravidez e o parto.
Definição para diagnosticar casos de aids em crianças .
Brasil registra 18.224 casos de aids.
1993
Início da notificação da aids no Sistema Nacional de Notificação de Doenças (SINAN).
Morre de aids o bailarino russo Rudolf Nureyev.
A atriz Sandra Brea (1952-2000) anuncia que é portadora do vírus.
Brasil passa a produzir o AZT (coquetel que trata a aids).
Total de casos notificados no Brasil: 16.760.
1992
Primeiro estudo sobre o uso de várias drogas combinadas contra o HIV. Pesquisa aponta a importância das doenças sexualmente transmissíveis (DST) como cofator para a transmissão do HIV, podendo aumentar o risco de contágio do HIV em até 18 vezes.
Os médicos americano Robert Gallo e francês Luc Montagnier chegam a um acordo definitivo sobre o crédito da descoberta do vírus.
A sociedade brasileira indigna-se quando a menina Sheila Cartopassi de Oliveira, de cinco anos, tem a matrícula recusada em uma escola de São Paulo, por ser portadora de HIV.
Inclusão, no código internacional de doenças, da infecção pelo HIV.
Ministério da Saúde inclui os procedimentos para o tratamento da aids na tabela do SUS.
Início do credenciamento de hospitais para o tratamento de pacientes com aids.
Lançamento da campanha Vamos todos contra a aids de mãos dadas com a vida.
Os casos da infecção pelo HIV no Brasil chegam a 14.924.
1991
Inicia-se o processo para a aquisição e distribuição gratuita de antirretrovirais (medicamentos que dificultam a multiplicação do HIV).
Lançamento do Videx (ddl), que como o AZT faz parte de um grupo de drogas chamadas inibidores de transcriptase reversa.
Dez anos depois de a aids ser identificada, a Organização Mundial da Saúde anuncia que 10 milhões de pessoas estão infectadas com o HIV pelo mundo.
O jogador de basquete Magic Johnson anuncia que tem HIV.
Já são 11.805 casos de aids no Brasil.
1990
O cantor e compositor Cazuza morre, aos 32 anos, em decorrência da aids.
1989
Morre de aids o ator da TV Globo Lauro Corona, aos 32 anos.
Ativistas forçam o fabricante do AZT, Burroughs Wellcome, a reduzir em 20% o preço do remédio.
Durante Congresso de Caracas, na Venezuela, profissionais da saúde definem novo critério para a classificação de casos de aids.
Brasil registra 6.295 casos de aids.
1988
No Brasil, uma portaria assinada pelo ministro da Saúde, Leonardo Santos Simão, passa a adotar o dia 1º de dezembro como o Dia Mundial de Luta contra a Aids.
Morre o cartunista Henrique de Souza Filho, o Henfil, aos 43 anos, em decorrência da aids.
Criação do Sistema Único de Saúde.
O Ministério da Saúde inicia o fornecimento de medicamentos para tratamento das infecções oportunistas.
Primeiro caso diagnosticado na população indígena.
Os casos notificados no Brasil somam 4.535.
1987
Criação do Primeiro Centro de Orientação Sorológica (COAS), em Porto Alegre (RS).
Questiona-se a definição de comportamentos sexuais tidos como anormais.
Início da utilização do AZT, medicamento para pacientes com câncer e o primeiro que reduz a multiplicação do HIV.
Os ministérios da Saúde e do Trabalho incluem as DST/aids na Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho e Saúde.
A Assembleia Mundial de Saúde, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), decide transformar o dia 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta contra a Aids, para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão em relação às pessoas infectadas pelo HIV. A escolha dessa data seguiu critérios próprios das Nações Unidas.
Os casos notificados no Brasil chegam a 2.775.
1986
Criação do Programa Nacional de DST e Aids, pelo ministro da Saúde Roberto Santos.
1985
Fundação do Grupo de Apoio à Prevenção à Aids (GAPA), primeira ONG do Brasil e da América Latina na luta contra a aids.
Diferentes estudos buscam meio diagnóstico para a possível origem viral da aids.
O primeiro teste anti-HIV é disponibilizado para diagnóstico.
Caracterização dos comportamentos de risco no lugar de grupo de risco.
Descoberta que a aids é a fase final da doença, causada por um retrovírus, agora denominado HIV (Human Immunodeficiency Virus, em inglês), ou vírus da imunodeficiência humana.
Criação de um programa federal de controle da aids (veja portaria 236/85).
Primeiro caso de transmissão vertical (da mãe grávida para o bebê).
1984
A equipe de Luc Montagnier, do Instituto Pasteur, na França, isola e caracteriza um retrovírus (vírus mutante que se transforma conforme o meio em que vive) como o causador da aids.
Início da disputa, entre os grupos do médico americano Robert Gallo e do francês Luc Montagnier, pela primazia da descoberta do HIV.
Estruturação do primeiro programa de controle da aids no Brasil, o Programa da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.
1983
Primeira notificação de caso de aids em criança.
Relato de caso de possível transmissão heterossexual.
Homossexuais usuários de drogas são considerados os difusores do fator para os heterossexuais usuários de drogas.
Relato de casos em profissionais de saúde.
Primeiras críticas ao termo grupos de risco (grupos mais vulneráveis à infecção).
Gays e haitianos são considerados principais vítimas.
Possível semelhança com o vírus da hepatite B.
Focaliza-se a origem viral da aids.
No Brasil, primeiro caso de aids no sexo feminino.
1982
Adoção temporária do nome Doença dos 5 H, representando os homossexuais, hemofílicos, haitianos, heroinômanos (usuários de heroína injetável) e hookers (nome em inglês dado às profissionais do sexo).
Conhecimento do fator de possível transmissão por contato sexual, uso de drogas ou exposição a sangue e derivados.
Primeiro caso decorrente de transfusão sanguínea .
Primeiro caso diagnosticado no Brasil, em São Paulo.
1981
Primeiras preocupações das autoridades de saúde pública nos EUA com uma nova e misteriosa doença.
1980
Primeiro caso no Brasil, em São Paulo, também só classificado em 1982.
1977 e 1978
Primeiros casos nos EUA, Haiti e África Central, descobertos e definidos como aids, em 1982, quando se classificou a nova síndrome.
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