segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Dia 16: centrais vão às ruas em defesa do emprego e direitos


CUT e demais organizações sindicais promoverão um Dia Nacional de Mobiliziação para barrar retrocessos em conquistas trabalhistas e sociais












A CUT, CTB, CSP, CGTB, Força Sindical, Intersindical, NCST e UGT realizam em 16 de agosto o Dia Nacional de Mobilização e Luta por Emprego e Garantia de Direitos.

Além de paralisações nos locais de trabalho como bancos e fábricas, de uma, duas horas ou a manhã inteira, haverá atos em frente às sedes das principais federações patronais em todas as capitais do Brasil.

Um dos maiores desafios do movimento sindical brasileiro hoje é defender os direitos da classe trabalhadora, que estão sendo atacados pelo Congresso Nacional e pelo governo federal, e impedir que milhares de trabalhadores sejam demitidos.

A ampliação da terceirização que explora, mutila e mata; a flexibilização de direitos trabalhistas e a reforma da Previdência Social são algumas das ameaças que o atual governo está tentando aprovar. Se não houver resistência, luta e muita pressão, podemos ter mais desemprego, o fim da CLT e da política de valorização do salário mínimo, além de aposentadoria só aos 70 anos.

É isso que empresários, como o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e da CNI, Robson Andrade - aquele que falou em aumentar a jornada para 80 horas semanais - querem.

“Os empresários financiaram o golpe de Estado e agora estão cobrando a conta. Acham que nós é que vamos pagar. Estão enganados. Esse pato não é nosso”, diz o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.

Segundo Vagner, o Dia Nacional de Mobilização é um alerta ao governo e aos empresários. “Vamos resistir, vamos lutar para impedir o aumento da exploração e a retirada de direitos. A mobilização do dia 16 é um dos passos dessa resistência rumo a uma greve geral.”

Para ele, não é possível aceitar qualquer retrocesso nos direitos sociais. Uma das principais ameaças do momento é a tentativa de implantar o negociado sob o legislado. Neste caso, as relações entre empregado e patrão ditam as regras que ficarão acima dos direitos garantidos pela CLT.

“Não é porque os sindicatos têm medo de negociação ou são acomodados com a legislação. É porque o empresário brasileiro não avança para ter uma relação de igual para igual, muito pelo contrário. O que acontece hoje é uma campanha mundial contra os sindicatos”, argumentou Freitas.

“Aceitamos o negociado sob o legislado, desde que seja negociado com o trabalho mais do que está na CLT. Aceitamos desde que seja uma proposta melhor para o trabalhador, nada mais do que isso”, conclui o presidente da CUT.

DIA NACIONAL DE MOBILIZAÇÃO E LUTA POR EMPREGO E GARANTIA DE DIREITOS

Alagoas
8h – Ato de protesto na casa das Indústrias de Alagoas

Amapá
12/8 – Ao final do III Simpósio Amazônico Sobre Reforma Agrária, Desenvolvimento e Meio Ambiente – SARADAM, será feito um ato da CUT por nenhum direito a menos

Bahia
9h – Ato em frente à FIEB com todas as centrais

Mato Grosso
17h – Ato das centrais sindicais na Praça Ipiranga, no centro de Cuibá

Mato Grosso do Sul
Greve geral contra retirada de direitos

9h – Paralisação e ato em Campo Grande.

13h – Audiência Pública na Assembléia Legislativa

Pará
8h – Concentração com Café da Manhã na Escadinha (Próximo a Estação das Docas).

Às 9h sai em caminhada pela Presidente Vargas, fazendo paradas em frente a bancos e agencia dos correios. Termina com um ato em frente a agencia do INSS de Nazaré.

Paraíba
15h – Parque Solon de Lucena – Centro João Pessoa

Pernambuco
8h – Fetape realizará ato na secretaria de agricultura

17h – Ato com a Frente Povo Sem Medo e Conlutas na Praça da Independência, no centro do Recife

Piauí
Ato acontece dia 23, às 8h, na Praça do Marques

Rio de Janeiro
10h – Os Bancários vão lançar a campanha salarial e a CUT vai se incorporar na atividade,  no Boulevard Olímpico, praça Mauá

Rondônia
Plenária das Mulheres CUTistas do Estado em Ji-Paraná

Rio Grande de Sul
7h – Ato estadual unificado em defesa da CLT e da Justiça do Trabalho e contra a Reforma        da Previdência, em frente à Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), na Avenida Assis Brasil, zona norte de Porto Alegre

Sergipe
Dia 15, às 15h – O Ato será antecipado por conta da visita do Ministro da Saúde do Governo Interino em Teresina, em frente ao Hospital Universitário. Com CTB e Conlutas

Santa Catarina
13h – Ato em frente à UDESC com todas as centrais

São Paulo
10h – Ato em frente à Fiesp

Câmara tira recursos da educação e saúde para pagar juros


Parlamentares votaram com Temer a favor da PEC que tira investimento em recursos públicos

 Ao aprovar a admissibilidade da PEC 241/16 (Proposta de Emenda à Constituição), nesta terça-feira (9), a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) da Câmara dos Deputados mandou um recados aos brasileiros: para a base do governo golpista, pagar juros é mais importante do que oferecer serviços de qualidade à população.

Com 33 votos a favor e 18 contra, a medida aprovada limita o crescimento de gastos públicos federais por 20 anos e acaba com o investimento obrigatório na saúde pública e educação vinculado às receitas, conforme prevê a Constituição.

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Ainda ruim

Também nessa terça, o deputado Espiridião Amin (PP-SC) apresentou o relatório do PLP 257/16 (Projeto de Lei Complementar 257/16, do Executivo), de negociação das dívidas dos estados e arrocho do funcionalismo.

Foi retirada do texto a obrigatoriedade de congelar o reajuste salarial dos servidores por dois anos para os estados e o Distrito Federal que renegociarem a dívida com a União. Porém, foi mantida a condicionante de os gastos primários e, consequentemente, os aumentos aos trabalhadores não excederem a correção pela inflação pelos próximos 24 meses.

Outra condicionante que ficou de fora foi a alteração na Lei de Responsabilidade Fiscal responsável por incluir na contabilidade os custos com trabalhadores terceirizados.

Para a secretária de Relações do Trabalho da CUT, Graça Costa, os projetos tem como meta rasgar o atual modelo de desenvolvimento e estabelecer uma nova ordem.

“O que está em curso nesses projetos é a modificação do estado brasileiro. Até agora, tínhamos um modelo que apostava em políticas sociais para combater a desigualdade. Com a aprovação da PEC 241 e do PLP 257 isso acaba. Se com o aumento do investimento em educação, que passou de R$ 24 bilhões para R$ 94 bilhões durante os governos Lula e Dilma, não atingimos ainda um patamar satisfatório, imagina com o congelamento dos investimentos por 20 anos”, apontou.

Para o Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), apesar de não haver um dispositivo que impeça a realização do concurso público, a medida tende a impedir isso, já que o limite de reajuste vai barrar qualquer investimento em infraestrutura.

“A PEC foca no ajuste de valores aplicados pela União em setores essenciais, especialmente para a população mais pobre, como serviços públicos de saúde, educação e segurança, e prioriza o pagamento de juros e da dívida pública. Na prática, o governo interino segue o eixo de deslocar recursos da parte social do orçamento, considerados já insuficientes, para o setor privado”, define o assessor parlamentar do Diap, Neuriberg Dias.

Reação do funcionalismo

Diante dos retrocessos, a reação do funcionalismo deve ser a unidade. Em reunião nesta quarta-feira (10), na capital federal, o Fórum dos Servidores Federais discute uma data de mobilização nacional que amplie a pressão para além dos gabinetes dos deputados, como destaca o secretário-adjunto de Relações do Trabalho da CUT, Pedro Armengol.

“Com o teto de despesas para o servidor, não precisa nem proibir o reajuste, porque não terão mesmo dinheiro para investir. Então, o Fórum dos Federais, que já está integrado à paralisação nacional em defesa da democracia e contra a retirada de direitos, no próximo dia 16, também definirá um ato unificando todas as esferas do funcionalismo aqui em Brasília. Temos que fazer um trabalho de dentro para fora da Câmara ou será o fim do serviço público no Brasil”, apontou.

Fonte: Portal da CUT   

ENTENDA POR QUE OS PETROLEIROS ENTRARAM EM GREVE



Abastecimento de combustível é interrompido com greve dos petroleiros da BR Distribuidora; confira o vídeo:

O primeiro dia de greve dos petroleiros da BR Distribuidora começou nessa segunda-feira, 15/08, com  adesão de 100% dos trabalhadores nas unidades de Salvador (sede Stiep), Camaçari (BACAM), Mataripe  (BAMAT)  e Itabuna (BAUNA). 

confira o vídeo  

Com a greve foi interrompido o abastecimento de combustíveis oriundo da base de Mataripe - distribuído para Salvador e Região Metropolitana - e também da base de Itabuna - que abastece todo o Sul da Bahia. Com a paralisação, os caminhões tanques estão congestionando as margens da rodovia BA 523 e outros permanecem na garagem.

O objetivo do movimento paredista é  barrar a venda da subsidiária da Petrobrás, assim como o desmonte da empresa pelo governo interino, que já colocou à venda diversos ativos da estatal. A greve é nacional, além da Bahia, estão em greve  os trabalhadores de MG, AM, SE, PE, RJ, SP e RS.  

A diretoria do Sindipetro Bahia vem se solidarizando com a categoria e com o SIMCOLBA, nesse movimento grevista.       
Por que entrar em greve?

As paralisações nas unidades da Petrobrás Distribuidora só tem um objetivo: barrar a venda empresa. Apesar de não ser divulgada como privatização, a parte estratégica da companhia vai para as mãos do capital estrangeiro. A Petrobrás Distribuidora é a maior distribuidora de combustíveis e lubrificantes do país, já a Liquigás é a segunda maior na distribuição de GLP. Entenda porque privatizar as duas companhias é ruim para o Brasil.


- Além de serem fundamentais para o fluxo de caixa da Petrobrás, a BR e a Liquigás têm função estratégica e social fundamentais para o País.

- Ambas garantem o escoamento dos derivados produzidos pela Petrobrás evitando a asfixia das refinarias.

- Abastecem de combustíveis e botijões de gás de cozinha os confins do Brasil.

- Operam, a preços competitivos, o suprimento de toda a cadeia de insumos das atividades de prospecção, perfuração e produção de petróleo e gás. Além disso, atuam de forma sustentável, pois são lucrativas e eficientes.

- A BR integra o Sistema de Segurança Nacional, pois atende aos abastecimentos das Forças Armadas, que assim, não depende de entidades privadas ou de empresas de capital estrangeiro em qualquer situação que o País enfrente. Esse fato reflete diretamente na defesa da soberania nacional.

- A BR abastece e presta assistência técnica para a maioria das indústrias nacionais.

- A Liquigás é líder em venda de gás de cozinha (P13) e atua em 23 estados brasileiros, já a BR está em todos os estados brasileiros. Ambas as empresas estão em locais aonde as suas concorrentes não vão, dado o baixo retorno e o que é essencial: geram milhares de empregos indiretos em todo o País.

- A BR garante aos três níveis de governo o fornecimento de asfaltos e emulsões para o desenvolvimento e implantação de estradas em todo o País.

- Ambas as empresas regulam os preços do mercado e introduzem desenvolvimento tecnológico.

-  possui a maior fábrica de lubrificantes da América Latina, produzindo com altas e recentes tecnologias.


A marca BR, antes restrita à rede de postos, projetou-se em todo o País e foi adotada para identificar todo o Sistema Petrobrás. Já a Liquigás, é grande conhecida da população. Não podemos esquecer da Transpetro, que também corre sérios riscos. 

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Uma homenagem da APLB Sindicato aos Estudantes.


   Uma Homenagem da APLB Sindicato aos Estudantes.
A cada ano, de energia renovada e cheios de esperança, nos preparamos para, de alguma forma, auxiliarmos na transformação de nosso País em uma grande nação. E hoje, especialmente, apostamos antes de mais nada na sua capacidade de criar e transformar a realidade. Não basta ter sonhos para realizá-los. É preciso sonhar, mas com a condição de crer em nossos sonhos. 

Feliz dia do Estudante!

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

CNTE discute saúde do professor e o impacto na educação

“Como prevenir ou tratar problemas de saúde dos professores é uma discussão que vem ocorrendo em diferentes níveis, pois sabemos que o profissional doente atinge diretamente a qualidade da educação, pois os sintomas acabam afastando os professores da sala de aula," afirmou Francisca.



Aconteceu nesta terça-feira (2/8), em Brasília, o Seminário Nacional de Saúde do Trabalhador em Educação, realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

O objetivo do evento é conhecer a realidade dos profissionais de educação nos seus estados para que sejam elaboradas políticas de prevenção de doenças que atingem esses profissionais.

A Secretária de Saúde da CNTE, Francisca Pereira Seixas, destacou que é necessário que os trabalhadores se submeterem a exames médicos periódicos, para que seja possível o acompanhamento e a reversão do quadro atual de precarização do trabalho que afeta diretamente a saúde desses trabalhadores.

“Como prevenir ou tratar problemas de saúde dos professores é uma discussão que vem ocorrendo em diferentes níveis, pois sabemos que o profissional doente atinge diretamente a qualidade da educação, pois os sintomas acabam afastando os professores da sala de aula, afirmou Francisca.
O evento iniciou com a mesa de debate sobre a saúde do trabalhador em educação, ministrada pela doutora em Políticas Públicas e Formação Humana, Leda Nabuco de Gouvêa.

De acordo com Gouvêa, entre as doenças que atingem os educadores estão as provocadas pelo pó de giz, pelo ruído em sala de aula e jornadas excessiva de trabalho, que causam problemas de alergia, coluna, varizes, dores musculares, entre outras.

“A compreensão da saúde dos trabalhadores em educação tem que ser ampla, não focada em uma categoria e a CNTE tem essa preocupação, pois a saúde desses profissionais não está desvinculada de melhores condições de trabalho e salários”, ressaltou a professora.

WhatsApp Image 2016 08 02 at 14.39.40No período da tarde, a doutora em Políticas Públicas e Gestão da Educação Básica e membro do Comitê Editorial da Revista Retratos da Escola, da CNTE, Juçara Dutra, apresentou a proposta de protocolo de pesquisa sobre a saúde dos trabalhadores em educação.

"Temos que detectar os elementos e situações que, pela própria importância, ou pela combinação com outros fatores, incidem sobre a qualidade de seu trabalho e, consequentemente, sobre a própria qualidade da educação púbica."

No encerramento do Seminário, os sindicatos apresentaram o trabalho que desenvolvem na área da saúde em suas regiões, trocando experiências e práticas.

Para Manoel Alves Filho, do Sinpro DF, o adoecimento dos profissionais é consequência da precarização do trabalho. “Nós realizamos um trabalho com um grupo de psicólogos que tem como objetivo melhorar as condições relacionais no local de trabalho. Entendemos que o trabalhador precisa ser fortalecido para não perder a sua identidade profissional

Confira mais fotos do evento na página da CNTE no Facebook.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

31 de julho: CTB convoca todos às ruas em defesa da democracia


“[...]este é o momento de a população manifestar seu repúdio contra este governo ilegítimo e golpista que quer acabar com os direitos conquistados pela classe trabalhadora”( Rogério Nunes)


A Frente Povo Sem Medo, organização que reúne diversos movimentos sociais do país entre eles a CTB, sairá às ruas de todo o Brasil, no próximo dia 31 de julho em defesa da democracia.

Leia também: Frente Povo Sem Medo convoca mobilização nacional no dia 31 de julho

Os principais eixos para a manifestação são o repúdio ao governo golpista de Michel Temer, a convocação de um plebiscito (clique aqui e participe da enquete da Central) para saber se a população é a favor de novas eleições presidenciais e a defesa dos direitos sociais e trabalhistas.

“Por não ter sido eleito por ninguém e aparentemente não buscar reeleição, [Temer] coloca-se numa situação em que não precisa prestar contas à sociedade”, denuncia a convocatória da FPSM (leia a íntegra aqui). 

De acordo com o secretário de Políticas Sociais da CTB, Rogério Nunes, “este é o momento de a população manifestar seu repúdio contra este governo ilegítimo e golpista que quer acabar com os direitos conquistados pela classe trabalhadora”, expressou o sindicalista.
Várias cidades já confirmaram suas mobilizações entre elas: São Paulo, Goiânia, Recife, Fortaleza, Brasília, João Pessoa, Curitiba e Uberlândia. 

Em São Paulo, a mobilização será a partir das 14 horas no Largo Da Batata (Av. Brigadeiro Faria Lima, Pinheiros – próximo da estação Faria Lima do metrô). Confirme sua participação no evento do facebook 

Especialista avalia consequências da redução do financiamento da educação

O PERIGO REAL DA REDUÇÃO DOS INVESTIMENTOS PARA A EDUCAÇÃO PÚBLICA


Em entrevista, dada ao programa Agenda Econômica, da TV Senado, no dia 13/07, o doutor em Educação João Monlevade analisou o financiamento da educação e discutiu questões decorrentes da redução de recursos para o ensino superior,– mais de 20% de 2015 para cá. A situação põe em risco as metas para a formação universitária e programas como o ProUni e o Pronatec.

Acesse abaixo a entrevista completa.

Parte 1

Parte 2 

Fonte: Portal da CNTE