terça-feira, 16 de abril de 2019

CNTE lança campanha da 20ª Semana Nacional de Educação


"Vivemos hoje um dos momentos mais críticos de retirada de direitos, inclusive na área educacional."



Ao longo de duas décadas, a CNTE e seus sindicatos filiados têm convocado os/as trabalhadores/as em educação e a sociedade para debater os rumos da Escola Pública dentro de uma concepção de atendimento educacional com qualidade e para todos/as.

A Constituição Federal de 1988 assegura direitos à educação, que nem sempre são observados pelos gestores públicos. A Emenda Constitucional (EC) 59 ampliou a obrigatoriedade do ensino da pré-escola ao ensino médio (4 a 17 anos), assegurando, inclusive, a oferta de educação básica gratuita para todos que a ela não tiveram acesso na idade própria. E a mesma Emenda determinou que o atendimento às crianças e jovens em idade escolar deveria ser universalizado até 2016!
Hoje, decorridos quase dez anos da promulgação da EC 59, o Brasil conta com mais de 50 milhões de pessoas com 25 anos ou mais de idade sem terem completado o ensino fundamental e quase 80 milhões não concluíram o ensino médio! Entre as crianças de 6 a 14 anos, aproximadamente 2,5 milhões estão fora da escola. Quanto aos jovens, apenas a metade dos que têm 15 a 17 anos está matriculada no ensino médio e somente 18% da população entre 18 e 24 anos cursam o ensino superior.

O Plano Nacional de Educação, aprovado em 2014, chegará à metade de sua vigência, neste ano de 2019, muito longe de ser concretizado. Inúmeras metas intermediárias, que representam compromissos assumidos pelo Estado brasileiro, já foram abandonadas e outras estão prestes a expirar. E cabe à sociedade organizada lutar para que o PNE e outras políticas educacionais sejam priorizadas com o objetivo de transformar a realidade de nosso país tão desigual.

Neste sentido, a 20ª Semana Nacional de Educação da CNTE tem o compromisso de denunciar os descasos do Poder Público em diversas áreas da educação, os retrocessos e perigos de inúmeras medidas que estão sendo tomadas em sentido contrário aos direitos assegurados na Constituição Federal, a exemplo da Lei da Mordaça, da privatização da escola e da universidade pública, da desvinculação de recursos para a educação, da militarização das escolas, da implantação de conteúdos mínimos e direcionados a uma formação escolar adestradora, além dos constantes ataques aos trabalhadores e trabalhadoras em educação, que afetam negativamente não apenas a valorização desses profissionais, mas a qualidade de todo o sistema educacional.

Vivemos hoje um dos momentos mais críticos de retirada de direitos, inclusive na área educacional. E a sociedade, especialmente a comunidade escolar, precisa se apropriar dessa realidade para poder intervir o quanto antes.



BAIXE AQUI AS PEÇAS DA SEMANA






sexta-feira, 12 de abril de 2019

Ato "Mulheres Unidas em Defesa da Aposentadoria" conta com a participação da CNTE



“Estamos aqui para dar um grito de resistência."




Nesta quinta-feira (11/4), a secretária de Aposentados e Assuntos Previdenciários da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Selene Michielin, participou do Ato “Mulheres Unidas em Defesa da Aposentadoria”, no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados.

Durante sua fala, Selene destacou alguns motivos para não defender a PEC 6/2019, do governo Bolsonaro. “Estamos aqui para dar um grito de resistência. Quando nos perguntam porque queremos tempo diferenciado para aposentadoria, temos no mínimo três argumentos: nós trabalhamos 7h a mais por semana, que no final das contas representa muitos anos a mais; nós cumprimos o papel do estado, quando cuidamos dos idosos, das crianças, dos doentes; e defendemos a proteção social para o nosso aluno, para o pai do nosso aluno, para todos aqueles que contribuem e não tem condições de contribuir”.

Selene encerrou sua participação convocando todos os trabalhadores a aderirem a Greve Geral, marcada para o dia 15 de maio. “Vamos nos unir, nos mobilizar, parar as ruas para mostrar a nossa voz. Temos que lutar pelos nossos direitos. Não podemos rasgar a Constituição Federal”.

O ato foi comandado pela Líder da Minoria na Câmara, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), e contou com a participação de diversas autoridades, movimentos sociais, sindicatos, associações, federações, centrais sindicais e parlamentares.


Querem acabar com a sua aposentadoria. Não deixe isso acontecer!


QUEREM ACABAR COM NOSSA APOSENTADORIA!!!


Ao contrário do que diz o governo Bolsonaro, a reforma da Previdência não irá acabar com privilégios e estabelecer justiça social nas aposentadorias. Pelo contrário, ela reduz brutalmente direitos da maioria da população e mantém privilégios de militares, políticos e do alto escalão do funcionalismo público.

Para que todos entendam o que a PEC 6/2019 causará na vida dos brasileiros mais pobres, a CNTE preparou este Jornal Mural para sanar todas as dúvidas.